segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Adam Blake - O Enigma do Mar Morto [Opinião]

Com este livro me estreio nas obras do autor Adam Blake. Com notórias semelhanças a Código da Vinci, este é um thriller baseado na busca por um manuscrito, com revelações incrédulas sobre Jesus Cristo. Um livro que suscitou o meu interesse desde o dia em que li a sua sinopse.

O ex mercenário Leo Tillman e a polícia Heather Kennedy investigam uma série de mortes desconcertantes, aparentemente sem qualquer ligação. Mas as pistas convergem para o Mar Morto e a existência de um manuscrito que contém o segredo de como Jesus Cristo realmente morreu. Tudo indica que as mortes e o manuscrito estão de certa forma, interligados. Não se sabe é como...

Como já referi anteriormente, esta narrativa é bastante semelhante à do Código Da Vinci, incluindo as já temáticas deja vu de sociedades secretas, mistérios antigos e crimes actuais. Quando já se leu esta obra, rapidamente estabelece semelhanças com o que terá sido o pioneiro neste tipo de thriller, Dan Brown.
Ainda assim, o autor tentar distanciar-se de eventuais comparações e, na minha modesta opinião, isso é facilmente detectado na escrita. Adam Blake é bastante espirituoso, incluindo comentários de cariz humorístico em vários diálogos das personagens.

O que mais me fascinou neste livro, foi como o autor formulou as mortes, que inicialmente seriam independentes, mas que acabam por convergir. Casos isolados em locais tão aparentemente aleatórios e sem ligação como o México, a Grã Bertranha e os Estados Unidos acabam por ver conhecido um padrão. Mais do que isso, há toda uma sucessão de acontecimentos quase sobrenaturais que deixarão o leitor literalmente embasbacado.

A história é de facto muito inteligente, e como considero, estes thrillers são quase como quebra cabeças. As revelações surgem em catadupa, e as possíveis explicações, à priori, deixarão o leitor ávido para chegar ao desfecho do livro.
Este é um livro grande, com quase 600 páginas, justificando os pormenores intrínsecos à acção bem como à caracterização das personagens.

A profundidade da pesquisa por parte do autor é deveras impressionante, mostrando perícia na ciência da paleografia. Provavelmente este terá passado algum tempo debruçado sobre manuscritos antigos, pelo que neste ponto desconheço se o próprio não será ele um paleógrafo.

Mais do que uma história frenética, o livro destaca-se sobretudo pelas personagens: Tillman tem uma missão própria: descobrir o destino da sua esposa e dois filhos, desaparecidos há 13 anos. Já Kennedy é uma agente impopular, atormentada pelos seus colegas devido ao seu passado. De certa forma, Kennedy e Tillman constituem uma parceria relutante, afinal de contas são personagens contrastantes e destacadas por conflitos de personalidade, mas é óbvio que eles se complementam muito bem.

Este é definitivamente, um livro altamente recomendado para os fãs de thrillers à moda de Dan Brown. 


1 comentário:

  1. Li este Verão e gostei muito. Daria umbom filme/serie, bem como um outro livro que se chama "A equação Dante" de Jane Jense

    ResponderEliminar