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Opinião: Sequela de O Ritual da Sombra, O Irmão de Sangue apesar de ter uma história independente, deverá ser lido após a obra de estreia para se apreciar devidamente. O protagonista continua a ser o mação Antoine Marcas e todo o seu background está precisamente em O Ritual da Sombra.
A maçonaria é precisamente o elemento chave das novelas destes autores, que abordam a organização sem qualquer tabus. Não é à toa que Marcas assume que é mação perante a comunidade que o rodeia. Em comum nos dois livros, em adição à temática, está a acção e o suspense, ingredientes que tornaram ávida esta leitura.
Gostei particularmente da estrutura do livro, dividido em três partes, em que, inicialmente, alternam duas narrativas aparentemente independentes. Ora os capítulos intercalam entre a acção em 1355 e a que ocorre actualmente, permitindo que o leitor acompanhe simultaneamente as duas narrativas.
Os autores delineiam os espaços temporais, chamando eu à atenção o cuidado na caracterização da acção em 1355, descrevendo o bairro de Paris naquele ambiente tão tipicamente medieval e atendendo à pormenorização da linguagem formal, traduzindo-se no tratamento pela segunda pessoa do plural. Em antítese, é notável a forma contemporânea do ambiente/linguagem a que os autores descrevem a acção actual, como se de duas tramas independentes se tratassem.
Assim, a narrativa correspondente ao período medieval incide sobre a personalidade Nicolas Flamel, um copista associado à pedra filosofal. Curiosa como sou, não pude deixar de ler o artigo da wikipedia de Flamel, tendo constatado que a narrativa em que participa tem algum fundo de verdade.
E claro, na trama actual, o fascinante é sem dúvida o facto dos autores desmistificarem os aspectos da Maçonaria, como os ritos e a simbologia que influenciam o carácter dos elementos pertencentes à ordem. Penso que se a Maçonaria tem alguma conotação negativa, a mesma se dissipa nas obras de Giacometti e Ravenne, pela forma como os autores abordam, ora não fosse um dos autores também mação.
Não que eu seja grande fã deste tipo de histórias, mas aprecio esta parelha de autores pelo tom extremamente inteligente que é conferido aos seus livros. Reunindo elementos do simbolismo mação, tanto O Irmão de Sangue como O Ritual da Sombra afiguram-se histórias bastante intrigantes.
Fará, sem sombra de dúvida, as delícias principalmente para os fãs de Dan Brown.
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