sexta-feira, 30 de maio de 2014

Caroline Graham - Morte em Palco [Opinião]


Sinopse: AQUI

Opinião: Apesar dos policiais clássicos não serem os meus favoritos em termos de literatura (pessoalmente gosto mais de livros mais gráficos), devo dizer que estou apaixonada pela colecção Crime à Hora do Chá desde o lançamento do primeiro livro. As capas, todas elas, são lindíssimas e estes livros permitiram-me conhecer autores que nunca ouvido falar pois tenho contemplado autores policiais contemporâneos nas minhas escolhas literárias.
Morte em Palco é o quarto volume, escrito pela autora do meu livro preferido da colecção, Morte na Aldeia. Ainda que tenha gostado do presente livro, este não destronou o antecessor da posição de preferido.

Ressalvo que Morte em Palco é o segundo livro protagonizado pelo inspector chefe Barnaby, o que é de valorizar dado que, actualmente, séries como estas nem sempre são publicadas de forma cronológica. Por isso apraz-me que a ASA tenha publicado este título e congratulo a editora na escolha do mesmo.

A trama começa com os ensaios de uma companhia teatral para a peça Amadeus. A tensão paira no ar: os actores estão a lidar com os seus papéis e as encenações são muito amadoras. O director, Harold Winstanley, comporta-se com a sua habitual prepotência. Harold é talvez assim, a personagem com quem o leitor é imediatamente levado a antipatizar. No outro extremo está Joyce Barnaby (e quem é que não gostou desta personagem em Morte na Aldeia?) que também ensaia na peça.
O elenco do teatro e os ensaios reproduzem aquele ambiente de cidade pequena que acho tão engraçado e onde a intriga e o boato imperam. Um ambiente apelativo para umas personagens curiosos, portanto. As personagens são imensas e valha a apresentação inicial das mesmas logo no início do livro para o leitor não se perder no meio de tantos intervenientes e respectivas tramas.

Em relação à presente obra, constatei que a primeira parte é de um ritmo deveras moroso. Não deixa de ser curioso como o crime ocorre na noite de estreia (logo para terem uma ideia de muitas páginas de ensaio antes do homicídio propriamente dito) e em moldes deveras curioso.
Por abordar temáticas como a homossexualidade e bissexualidade, creio que esta autora tenha estado na vanguarda aquando a publicação não só do seu livro antecessor, como também deste.

Graças a esta colecção, tive oportunidade de conhecer esta autora. Faço votos que Crime à Hora do Chá contemple mais livros da mesma pois esta é a minha favorita dentro da colecção.
Em última análise, embora seja de um ritmo lento, Morte em Palco não deixa de apresentar uma boa história policial da velha escola, onde a dedução e a lógica são soberanas no deslindar do crime. 
Adianto já que o próximo volume de Crime à Hora do Chá está prestes a ser lançado. Ainda não sabiam? Ora espreitem lá aqui.


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