Ontem teve lugar uma sessão com o tema Literatura Policial na Fundação Calouste Gulbenkian.
Claro que, perante tema tão apelativo, estive presente na dita sessão, moderada por Gonçalo Vilas-Boas e com a participação de Claudia Piñeiro, Florent Couad-Zotti e Raphael Montes. Confesso que apenas conhecia a autora Claudia Piñeiro (tenho lido uma obra de sua autoria intitulada Tua) e o autor Raphael Montes (que vê agora publicada a sua obra Dias Perfeitos em Portugal pela Companhia das Letras).
Basicamente a sessão visou por um enquadramento do género policial, desde as suas origens com Edgar Allan Poe até fazer um apanhado da literatura do género em países de origem dos convidados. Deste modo, pude perceber como é encarada a literatura policial na Argentina, em África e no Brasil.
Foram desenvolvidos aspectos muito interessantes e que acabaram por condicionar a literatura em geral como, sucintamente, a ditadura na Argentina, o analfabetismo em África e o hábito de leitura pouco enraizado no Brasil. Senti muita afinidade com a última intervenção, que foi justamente a de Raphael Montes, que partilhou algo tão pessoal (relacionado com o gosto pela leitura) como alguns episódios de violência não explícita com que se deparou na pesquisa para a escrita do seu livro, Suicidas.
No final, troquei algumas impressões com o autor e fiquei com a sensação que irei gostar muito das suas obras. Infelizmente, não comprei o livro Dias Perfeitos atempadamente para que o Raphael mo pudesse autografar, contudo, de tão curiosa que fiquei, não resisti a iniciar a leitura da obra no Kobo.
Embora não seja grande fã do formato electrónico, estou a gostar imenso da trama!
A sessão prosseguiu na parte da tarde, no tema de Ficção Científica, com a participação de Lauren Beukes, autora de As Raparigas Cintilantes. Infelizmente não consegui ir, mas fica registado aqui o meu agradecimento à Fundação pela iniciativa tão interessante! E um apelo para que venham mais, nestes moldes.
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