Sinopse: Uma bonita jovem caminhava pela rua quando de repente...
Julia Carroll sabe que muitas histórias começam assim. Bela e inteligente, com os seus dezanove anos, recém chegada à universidade, deveria viver despreocupadamente. Mas tem medo. Porque na sua cidade estão a desaparecer raparigas muito jovens. Primeiro foi Beatrice Oliver, uma estudante. Em seguida, Mona Sem Sobrenome, uma jovem sem abrigo. Ambas desaparecidas em plena rua. Ambas sem deixar rasto.
Julia está decidida a averiguar os motivos por trás destes desaparecimentos. E não quer ser a próxima...
Opinião: Arrancada é um pequeno conto, de apenas 73 páginas, que serve de prequela à história de Flores Cortadas. No livro físico, o conto encontra-se nas páginas finais. Eu li em e-book, durante o dia de hoje. Sendo um conto de poucas páginas, lê-se de uma assentada.
Este conto serve, portanto, para contextualizar o leitor dos desaparecimentos e violações de algumas jovens ainda Julia era adolescente e vivia com as irmãs. A história debruça-se precisamente sobre os últimos momentos dela com a família, amigos e pseudo-namorado.
Desde que terminei o livro Flores Cortadas, que estava curiosa em ler mais sobre o universo de Julia Carroll, ainda esta era adolescente e as irmãs, Lydia e Claire eram crianças.
Por ser uma prequela, creio ser indiferente a ordem da leitura do conto. Como afirmei, li-o depois de Flores Cortadas mas conheço quem tenha optado por ler primeiro e ter disfrutado de ambas as leituras.
Dei apenas 3 estrelas no Goodreads a este livro (arrecadando assim, a pontuação mais baixa que alguma vez dei a uma obra de Karin Slaughter) pelas razões que irei enunciando. Sei perfeitamente que este é um conto, e como tal, há um subdesenvolvimento das personagens a não ser sobre Julia que tem os seus típicos dilemas de adolescente. Sobre as personagens que participam mais activamente em Flores Cortadas, Lydia e Claire, pouco é desenvolvido. Eram ainda umas crianças traquinas.
Estamos perante um cenário de várias raparigas desaparecidas mas é apenas isto. Falta aquela escrita típica de Karin Slaughter que se debruça sobre os detalhes mais mórbidos. E é precisamente esse tom tão negro que aprecio nas histórias de Slaughter.
Por fim, creio que este conto pouco acrescentou à história que não o desaparecimento de Julia. Até o final de Arrancada é dúbio, e, caso o leitor não tenha lido Flores Cortadas, vai instalar a dúvida sobre o que terá acontecido a Julia. Eu, que li antes, sei o que aconteceu à jovem.
Não me querendo alongar mais ainda sobre o conto, este é apenas uma pequena história sobre Julia e a sua família, ainda a tragédia não se tinha abatido sobre eles e eram felizes. Uma trama curta que revela pouco mais que um role de dilemas de uma jovem numa sociedade em que as raparigas adolescentes estão na mira de um violador. Como tal, queria mais.
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