Opinião: Nem precisei de chegar ao terceiro para constatar o quão fantástica é esta série. Já o sabia e apenas lera dois livros mas mostraram-se de uma qualidade imensa, por isso, nem hesitei quando escolhi aquela que seria a primeira leitura deste ano. Estaria assegurado um excelente começo de ano, no que concerne a livros.
Além do caso criminal que se destaca na trama, o aparecimento de ossadas numa vala descoberta numa região montanhosa, há um segundo mistério que capta também a atenção do leitor: o desaparecimento de um indivíduo, de nacionalidade afegã, residente na Suécia que leva a esposa do mesmo a envidar esforços que a levem ao seu paradeiro. Confesso que este último não me atraiu tanto quanto o primeiro. Não obstante sentir-me curiosa com esta sub-trama que me fez constatar, uma vez mais, o quão diminuto é o papel da mulher na sociedade islâmica e do consequente contraste que existe entre essa e a cultura ocidental, tendo como reflexo, na presente obra, as crescentes barreiras que acabaram por obstar a qualquer avanço da personagem feminina na busca pelo marido.
Este foi o ingrediente novidade da trama pois, como os autores nos têm vindo a habituar, ambos os casos de investigação se entrelaçam com o desenvolvimento das vidas pessoais das personagens, com ênfase na
que é mais interessante, a de Sebastian Bergman que vê o seu segredo
cada vez mais perto de se tornar conhecido. Agradou-me muito e devo dizer que a iminência da revelação do esqueleto no seu armário deixou-me tão entusiasmada quanto o própria investigação, componente que, como sabeis, valorizo de sobremaneira nas minhas leituras. Não obstante o seu papel na aludida investigação ser diminuto, comparativamente com as obras antecessoras.
Ainda que o livro ascenda às 500 páginas, não creio que, em momento algum, se tenha tornado maçador, antes pelo contrário. Li com avidez, sedenta de mais desenvolvimentos na trama sobre Sebastian e a investigação policial. Note-se que, embora Sebastian exerça um fascínio sobre mim, considero que a personagem Ellinor foi igualmente importante. Arquitectou uma situação complexa e melhor, fez com que o desfecho de O Homem Ausente me deixasse em choque e a ansiar pela publicação do próximo volume quanto antes!
Em suma, esta série está no pódio das sagas nórdicas policiais. Reúne duas componentes que considero importantíssimas: um protagonista a quem me afeiçoei (ainda que, inicialmente, tenha demonstrado uma atitude desprezível para com as mulheres) e casos policiais intrincados, verossímeis e surpreendentes. O Homem Ausente não destronou meu livro preferido da série, O Discípulo, mas o seu final deixou-me a suspirar por mais.
Olá! Tenho ouvido falar muito bem desta série e gostava de conhecer, mas não encontro o 1° livro em lado nenhum. Está esgotado nas livrarias mais conhecidas. Por acaso sabes onde posso encontrar? Obrigada. Bjinhos, Rita.
ResponderEliminarRita, já tentou os sites de usados? (Olx / Custojusto...)
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