Sinopse: Paul Sheldon, um escritor famoso de romances cor-de-rosa, acaba de "matar" Misery, a personagem que o celebrizou. Depois de o fazer tem um acidente. Quando acorda, descobre que foi salvo por uma ex-enfermeira, Anne Wilkes, que o leva para sua casa e trata dele. Anne, fanática da heroína de Paul, está furiosa com a morte ficcional de Misery. Sob tortura, obriga Sheldon a escrever um novo livro, um regresso de Misery. Paradoxalmente, este virá a ser o seu melhor livro.
Opinião: Creio que esta é uma obra que dispensa apresentações.
Sou grande fã do filme baseado na obra homónima, protagonizado por Kathy Bates e James Caan mas sentia curiosidade em ler a versão original, assim, aproveitando o desafio Um Ano com Stephen King, quis incluir este título e ainda bem que o fiz.
Apesar de conhecer a história a priori, esperava ficar impressionada com a mesma, sensação que, de facto, me acompanhou constantemente no decorrer da leitura. Sem dúvida que existem alguns pontos mais intensos do que a adaptação cinematográfica e é inevitável rendermo-nos a esta invulgar história alicerçada sobre obsessão por um ídolo.
Uma das consequências de ter visto o filme foi a impossibilidade de dissociar as personagens aos actores que as interpretam. Apesar de ter presente todo o o desenvolvimento da acção entre as duas personagens, como referi, esperava que a narrativa me surpreendesse com elementos desconsiderados no filme. Realmente há factos novos, que me chocaram ou acontecimentos que foram amenizados na adaptação cinematográfica. Um deles é, sem dúvida, a apresentação da história que Paul Sheldon é obrigado a escrever para agradar a Annie. De contornos peculiares - afinal de contas é quase como um livro dentro de outro livro - esta história acabou por ser perturbadora na medida em que Misery regressa à vida de uma forma arrepiante. Confesso que, exceptuando a forma como Misery é ressuscitada, os trechos referentes ao novo livro não me deslumbraram, percepção que atribuo à minha ânsia em saber os novos desenvolvimentos da interacção Paul - Annie.
Para mim, esta história é Annie Wilkes. Durante muitos anos, considerei-a como uma das minhas vilãs preferidas, percepção que se intensificou após a leitura do livro. Para mim, ela tem o rosto e a voz de Kathy Bates e compreendo agora a razão da escolha da actriz para este papel ambicioso e tão fielmente representado a partir da obra. A personagem do livro é, como esperava, mais desenvolvida. A passagem em que Paul encontra os recortes, permitindo-nos construir o passado da personagem está ainda mais sombrio e completo que a adaptação.
O comportamento de Annie é extremamente doentio e perturbador, fazendo com que me sentisse incomodada ao longo da leitura. Embora soubesse que a narrativa era tensa e antecipasse algumas das situações, não esperava sentir-me desta forma, percepção que atribuo à forma peculiar que Stephen King relata os factos.
Este livro recordou-me O Jogo de Gerald pelo teor aparentemente simplista da história, protagonizada por apenas duas personagens e desenvolvida num ambiente claustrofóbico. Apesar das características redutoras, temos tanto em O Jogo de Gerald como em Misery, histórias verdadeiramente brilhantes.
Esta é uma trama completamente isenta da componente sobrenatural a que King nos habituou nas suas demais obras, sendo, portanto, mais assustadora. Tenho para mim que estes comportamentos mais obsessivos são comuns, constituindo, assim, uma ameaça mais real e, por conseguinte, mais tenebrosa. É chocante testemunhar como um sentimento de admiração pelos ídolos, tão comum e banal, se pode transformar numa obsessão doentia.
Posto isto, considerei Misery como uma das obras imperdíveis do autor. Não dispensem a obra só porque já viram o filme, garanto-vos que serão surpreendidos! Misery vai, definitivamente, para o pódio dos meus preferidos. Adorei!
Sou grande fã do filme baseado na obra homónima, protagonizado por Kathy Bates e James Caan mas sentia curiosidade em ler a versão original, assim, aproveitando o desafio Um Ano com Stephen King, quis incluir este título e ainda bem que o fiz.
Apesar de conhecer a história a priori, esperava ficar impressionada com a mesma, sensação que, de facto, me acompanhou constantemente no decorrer da leitura. Sem dúvida que existem alguns pontos mais intensos do que a adaptação cinematográfica e é inevitável rendermo-nos a esta invulgar história alicerçada sobre obsessão por um ídolo.
Uma das consequências de ter visto o filme foi a impossibilidade de dissociar as personagens aos actores que as interpretam. Apesar de ter presente todo o o desenvolvimento da acção entre as duas personagens, como referi, esperava que a narrativa me surpreendesse com elementos desconsiderados no filme. Realmente há factos novos, que me chocaram ou acontecimentos que foram amenizados na adaptação cinematográfica. Um deles é, sem dúvida, a apresentação da história que Paul Sheldon é obrigado a escrever para agradar a Annie. De contornos peculiares - afinal de contas é quase como um livro dentro de outro livro - esta história acabou por ser perturbadora na medida em que Misery regressa à vida de uma forma arrepiante. Confesso que, exceptuando a forma como Misery é ressuscitada, os trechos referentes ao novo livro não me deslumbraram, percepção que atribuo à minha ânsia em saber os novos desenvolvimentos da interacção Paul - Annie.
Para mim, esta história é Annie Wilkes. Durante muitos anos, considerei-a como uma das minhas vilãs preferidas, percepção que se intensificou após a leitura do livro. Para mim, ela tem o rosto e a voz de Kathy Bates e compreendo agora a razão da escolha da actriz para este papel ambicioso e tão fielmente representado a partir da obra. A personagem do livro é, como esperava, mais desenvolvida. A passagem em que Paul encontra os recortes, permitindo-nos construir o passado da personagem está ainda mais sombrio e completo que a adaptação.
O comportamento de Annie é extremamente doentio e perturbador, fazendo com que me sentisse incomodada ao longo da leitura. Embora soubesse que a narrativa era tensa e antecipasse algumas das situações, não esperava sentir-me desta forma, percepção que atribuo à forma peculiar que Stephen King relata os factos.
Este livro recordou-me O Jogo de Gerald pelo teor aparentemente simplista da história, protagonizada por apenas duas personagens e desenvolvida num ambiente claustrofóbico. Apesar das características redutoras, temos tanto em O Jogo de Gerald como em Misery, histórias verdadeiramente brilhantes.
Esta é uma trama completamente isenta da componente sobrenatural a que King nos habituou nas suas demais obras, sendo, portanto, mais assustadora. Tenho para mim que estes comportamentos mais obsessivos são comuns, constituindo, assim, uma ameaça mais real e, por conseguinte, mais tenebrosa. É chocante testemunhar como um sentimento de admiração pelos ídolos, tão comum e banal, se pode transformar numa obsessão doentia.
Posto isto, considerei Misery como uma das obras imperdíveis do autor. Não dispensem a obra só porque já viram o filme, garanto-vos que serão surpreendidos! Misery vai, definitivamente, para o pódio dos meus preferidos. Adorei!
é sempre um prazer regressar aqui e ler os teus textos que tanto apimentam a leitura.
ResponderEliminarobrigado pelas partilhas
Ohh que bom... fico tão mas tão contente! Um beijinho e obrigada pelo cuidado! Boas leituras!
EliminarSou uma vergonha... Nunca li Stephen King
ResponderEliminarÉs lá agora! Nada disso! Mas se quiseres experimentar, estamos num projecto que consiste em ler um por mês, ainda consegues ler 4 este ano ehehe Grande beijinho e boas leituras com ou sem SK :)
EliminarOlá :)
ResponderEliminarMisery é dos poucos livros que não acabei de ler!! Tentei por duas vezes e não consegui! Além de aborrecido esperava ficar chocada mas as descrições não me convenceram!
Talvez um dia dê uma 3ª oportunidade :D
bloguinhasparadise
Ohhh mas ficaste mais ou menos em que página? Ainda te faltava muito? Dir-te-ia para continuar mas não forces, quando tiveres vontade, pegas no livro. Já viste o filme? Grande beijinho e boas leituras!
EliminarPágina 98/480 de uma edição de bolso fofinha :D
EliminarNão vi o filme :D
Quando tiver muita vontade de saber o final volto a pegar :D
bloguinhasparadise
É isso Bárbara! Quando tiveres vontade, voltas ao livro ou vês o filme e ficas, quiçá, curiosa em terminar :) Grande beijinho e boas leituras
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