Foi por esta altura de férias que, no ano passado, me tornei fã incondicional da dupla Douglas Preston e Lincoln Child. Tenho acompanhado os autores, nomeadamente a saga de Pendergast, ainda que não siga estritamente a leitura dos livros por ordem cronológica. Depois de ter lido a trilogia Diogenes, Dança no Cemitério e os Corvos enveredei por aquele que foi o terceiro livro protagonizado pelo agente do FBI mais invulgar da história da literatura.
Neste livro, Pendergast é arrastado para investigar uma série de assassinatos que datam do século XIX e cujos cadáveres são descobertos durante um projecto de construção. Parece que estaria soterrado um gabinete de curiosidades (que é quase como um mini museu privado). O cenário piora quando surge um imitador moderno que recria estes crimes, inspirado por uma reportagem escrita por William Smithback, uma personagem igualmente repetente nas andanças da saga Pendergast. É neste livro que a arqueóloga Nora Kelly contacta pela primeira vez com Pendergast, o que não deixar de ser curioso.
Falo tanto de Pendergast mas tenho a perfeita noção que nem toda a gente o conhece. Esta personagem destaca-se como um carácter único, extremamente misterioso e perspicaz, com uma força e resistência quase sobre-humanas e um conhecimento enciclopédico. Ninguém fica indiferente a este agente do FBI, que é, sem sombra de dúvida, a genialidade em pessoa.
Apenas falta o nosso Vincent D´Agosta, que juntamente com Pendergast formam uma dupla extremamente eficiente na resolução dos mais variados casos. Ao invés de D´Agosta surge a personagem Patrick O´Shaughnessy. A meu ver, este está bastante aquém de D´Agosta e transmite menos empatia.
Quem está familiarizado com os livros de DP & LC sabe de antemão que estes autores recorrem a indícios do sobrenatural como forma de explicar certas situações narradas nas aventuras de Pendergast. Ora neste livro, certos pormenores são suficientemente baseados na ciência, de forma a tornar a trama até relativamente plausível. Associado a este realismo subjacente, há ainda uma componente assustadora, através da descrição de pormenores macabros sobre o estranho Enoch Long, um homem estranho que terá vivido no século XIX e também terá trabalhado num gabinete de curiosidades. De certa forma, lembrou-me o filme do Rob Zombie, a Casa dos 1000 Cadáveres.
Depois uma fórmula bastante própria destes autores é a fórmula como mantêm o suspense e os níveis de adrenalina constantes, através na narração de situações limite com certas personagens. Deixam o leitor de coração na boca, como se costuma dizer. E dados os capítulos curtos, intercalando as várias situações com as demais personagens, conhecemos a acção das várias personagens e nas suas demais vertentes em simultâneo. Vagueando em cenários riquíssimos em pormenores como o Museu de História Natural ou o panorama dos gabinetes de curiosidades, aliado a alguns factos históricos de Nova Iorque, o leitor sente uma empatia e familiaridade com o espaço físico envolvente.
Um suspense com laivos de arqueologia e muita especulação no campo antropológico, são os temas que, de grosso modo, envolvem os crimes propriamente ditos. O humor é fundamental e indispensável, bem como um toque de romance e dissabores entre os então namorados Nora Kelly e William Smithback.
Ainda que tenha gostado mais da trilogia Diogenes, achei que o Gabinete de Curiosidades é um livro rápido, assustador, emocionante, angustiante, acelerado! É um bom thriller o qual não devem certamente perder! Recomendo acima de tudo, ler a saga Pendergast de acordo com a ordem cronológica, afim de evitar o que aconteceu comigo (sabia previamente o destino futuro das demais personagens.)
Neste livro, Pendergast é arrastado para investigar uma série de assassinatos que datam do século XIX e cujos cadáveres são descobertos durante um projecto de construção. Parece que estaria soterrado um gabinete de curiosidades (que é quase como um mini museu privado). O cenário piora quando surge um imitador moderno que recria estes crimes, inspirado por uma reportagem escrita por William Smithback, uma personagem igualmente repetente nas andanças da saga Pendergast. É neste livro que a arqueóloga Nora Kelly contacta pela primeira vez com Pendergast, o que não deixar de ser curioso.
Falo tanto de Pendergast mas tenho a perfeita noção que nem toda a gente o conhece. Esta personagem destaca-se como um carácter único, extremamente misterioso e perspicaz, com uma força e resistência quase sobre-humanas e um conhecimento enciclopédico. Ninguém fica indiferente a este agente do FBI, que é, sem sombra de dúvida, a genialidade em pessoa.
Apenas falta o nosso Vincent D´Agosta, que juntamente com Pendergast formam uma dupla extremamente eficiente na resolução dos mais variados casos. Ao invés de D´Agosta surge a personagem Patrick O´Shaughnessy. A meu ver, este está bastante aquém de D´Agosta e transmite menos empatia.
Quem está familiarizado com os livros de DP & LC sabe de antemão que estes autores recorrem a indícios do sobrenatural como forma de explicar certas situações narradas nas aventuras de Pendergast. Ora neste livro, certos pormenores são suficientemente baseados na ciência, de forma a tornar a trama até relativamente plausível. Associado a este realismo subjacente, há ainda uma componente assustadora, através da descrição de pormenores macabros sobre o estranho Enoch Long, um homem estranho que terá vivido no século XIX e também terá trabalhado num gabinete de curiosidades. De certa forma, lembrou-me o filme do Rob Zombie, a Casa dos 1000 Cadáveres.
Depois uma fórmula bastante própria destes autores é a fórmula como mantêm o suspense e os níveis de adrenalina constantes, através na narração de situações limite com certas personagens. Deixam o leitor de coração na boca, como se costuma dizer. E dados os capítulos curtos, intercalando as várias situações com as demais personagens, conhecemos a acção das várias personagens e nas suas demais vertentes em simultâneo. Vagueando em cenários riquíssimos em pormenores como o Museu de História Natural ou o panorama dos gabinetes de curiosidades, aliado a alguns factos históricos de Nova Iorque, o leitor sente uma empatia e familiaridade com o espaço físico envolvente.
Um suspense com laivos de arqueologia e muita especulação no campo antropológico, são os temas que, de grosso modo, envolvem os crimes propriamente ditos. O humor é fundamental e indispensável, bem como um toque de romance e dissabores entre os então namorados Nora Kelly e William Smithback.
Ainda que tenha gostado mais da trilogia Diogenes, achei que o Gabinete de Curiosidades é um livro rápido, assustador, emocionante, angustiante, acelerado! É um bom thriller o qual não devem certamente perder! Recomendo acima de tudo, ler a saga Pendergast de acordo com a ordem cronológica, afim de evitar o que aconteceu comigo (sabia previamente o destino futuro das demais personagens.)
a triologia não começa com "Exofre" Agora fiquei na dúvida??
ResponderEliminarSim senhor! A trilogia começa com o Enxofre, Este é o livro que antecede essa trilogia :)) É o terceiro, logo depois de A Reliquia e o Relicário.
ResponderEliminarBeijinho, boas leituras