Esta foi a minha estreia no autor, pelo que percebi, conhecido no nosso país apenas por este livro, editado há uns aninhos sob a chancela da Temas&Debates. Após uma pesquisa exaustiva, apercebi-me que este livro é realmente o único do autor em português, o que é pena, porque o livro é bastante bom!
O mote da história até é bastante simples e começa quando Cynthia Bigge, de apenas 14 anos, acorda e não encontra a sua família em casa. Passados 25 anos, ela é Cynthia Archer, casada com Terry e com uma filha de 8 anos, Grace. Cynthia participa num programa de televisão que relata este caso, levantando algumas hipóteses para o sucedido. A partir daí, uma espiral de acontecimentos faz com que Cynthia reflicta se terá sido uma boa ideia desenterrar o passado.
Este autor é tipo Harlan Coben. OK, com menos twists... o facto é que a narrativa surpreendeu-me e muito. Dentro do desaparecimento ou da possível morte, equacionei uma série de situações que poderiam ter acontecido aos pais e irmão de Cynthia e à medida que caminhei para o final do livro, o enredo foi numa direcção completamente diferente e que me deixou genuinamente surpreendida.
Não só a estrutura do enredo que achei semelhante aos moldes de Coben, dotado de twists e reviravoltas inesperadas. Talvez a acção seja, neste caso particular, e numa primeira fase, mais parada. Até porque inicialmente há um desfile de personagens aparentemente trapaceiras ou outras situações dignas de ultraje e burla. O próprio narrador é professor de literatura, e aborda muitos aspectos inerentes à sua actividade profissional, sem que tenha grande importância no decorrer da acção. Exceptuando talvez a apresentação da sua aluna Jane Scavullo, que terá um papel acima do meramente figurante.
A estrutura do livro por si remete subtis pistas para deslindar o caso. O que acontece é que, por entre as narrativas de Terry, há uns pequenos capítulos, a itálico, que referem diálogos, cuja identidade dos intervenientes se desconhece, bem como a altura em que estes tiveram lugar. Este pormenor poderá à partida, confundir o leitor mas acima de tudo, todos os diálogos deste modo apresentados, constituem importantes peças de puzzle que apenas terão sentido no final.
A própria linguagem de Barclay é fluída, dotada de grande adrenalina, sem que o autor utilize linguagem ofensiva ou violenta.
Todo o livro se encontra escrito de forma a que possa dar uma excelente adaptação para cinema.
Gostei do facto da narrativa ser na primeira pessoa e contrariamente ao que seria de esperar, esta é relatada pelo marido de Cynthia, Terry Archer, o que envolve o leitor na história de uma forma mais intensa. E claro, este narrador dá que pensar nos sacrifícios pela pessoa amada e a forma como o esposo ou esposa, se deixa comprometer até pelos mais sórdidos problemas que alguém possa ter. Isto vai além do amor, é a dedicação a 100%, sentimento que se deixa passar de uma forma genuína ao leitor, o que contribui e muito, na empatia que Terry transmite. Acaba por ser esta personagem, mais querida ao público, do que a própria Cynthia. O outro aspecto é a forma como o casal lida com os acontecimentos traumáticos de Cynthia, embora esta não consiga abstrair-se e tenha uma atitude com a filha de sobreprotecção quase exagerada.
Se há bons valores por trás da trama como o poder do amor e dedicação, então o lado mais negro reside nas várias traições, más escolhas e as consequências que daí advêm permanentemente, bem como segredos que virão ao de cima à medida que a história caminha para o desfecho, para mim absolutamente surpreendente mas que mantém a lógica dos factos narrados até então.
Sem Dizer Adeus foi uma agradável surpresa tendo em conta que é um livro que está num anonimato sem fundamento. Espero que esta ausência de destaque nas prateleiras das livrarias se deva meramente ao facto do livro ter sido publicado em 2008 (e mesmo assim nem é muito antigo). É altamente recomendável para quem gosta de um thriller com acção e mistério ao estilo de Dean Koontz ou Harlan Coben. Um livro que me cativou imenso, devido precisamente à capacidade do autor em surpreender-me e como tal, recomendo vivamente!
O mote da história até é bastante simples e começa quando Cynthia Bigge, de apenas 14 anos, acorda e não encontra a sua família em casa. Passados 25 anos, ela é Cynthia Archer, casada com Terry e com uma filha de 8 anos, Grace. Cynthia participa num programa de televisão que relata este caso, levantando algumas hipóteses para o sucedido. A partir daí, uma espiral de acontecimentos faz com que Cynthia reflicta se terá sido uma boa ideia desenterrar o passado.
Este autor é tipo Harlan Coben. OK, com menos twists... o facto é que a narrativa surpreendeu-me e muito. Dentro do desaparecimento ou da possível morte, equacionei uma série de situações que poderiam ter acontecido aos pais e irmão de Cynthia e à medida que caminhei para o final do livro, o enredo foi numa direcção completamente diferente e que me deixou genuinamente surpreendida.
Não só a estrutura do enredo que achei semelhante aos moldes de Coben, dotado de twists e reviravoltas inesperadas. Talvez a acção seja, neste caso particular, e numa primeira fase, mais parada. Até porque inicialmente há um desfile de personagens aparentemente trapaceiras ou outras situações dignas de ultraje e burla. O próprio narrador é professor de literatura, e aborda muitos aspectos inerentes à sua actividade profissional, sem que tenha grande importância no decorrer da acção. Exceptuando talvez a apresentação da sua aluna Jane Scavullo, que terá um papel acima do meramente figurante.
A estrutura do livro por si remete subtis pistas para deslindar o caso. O que acontece é que, por entre as narrativas de Terry, há uns pequenos capítulos, a itálico, que referem diálogos, cuja identidade dos intervenientes se desconhece, bem como a altura em que estes tiveram lugar. Este pormenor poderá à partida, confundir o leitor mas acima de tudo, todos os diálogos deste modo apresentados, constituem importantes peças de puzzle que apenas terão sentido no final.
A própria linguagem de Barclay é fluída, dotada de grande adrenalina, sem que o autor utilize linguagem ofensiva ou violenta.
Todo o livro se encontra escrito de forma a que possa dar uma excelente adaptação para cinema.
Gostei do facto da narrativa ser na primeira pessoa e contrariamente ao que seria de esperar, esta é relatada pelo marido de Cynthia, Terry Archer, o que envolve o leitor na história de uma forma mais intensa. E claro, este narrador dá que pensar nos sacrifícios pela pessoa amada e a forma como o esposo ou esposa, se deixa comprometer até pelos mais sórdidos problemas que alguém possa ter. Isto vai além do amor, é a dedicação a 100%, sentimento que se deixa passar de uma forma genuína ao leitor, o que contribui e muito, na empatia que Terry transmite. Acaba por ser esta personagem, mais querida ao público, do que a própria Cynthia. O outro aspecto é a forma como o casal lida com os acontecimentos traumáticos de Cynthia, embora esta não consiga abstrair-se e tenha uma atitude com a filha de sobreprotecção quase exagerada.
Se há bons valores por trás da trama como o poder do amor e dedicação, então o lado mais negro reside nas várias traições, más escolhas e as consequências que daí advêm permanentemente, bem como segredos que virão ao de cima à medida que a história caminha para o desfecho, para mim absolutamente surpreendente mas que mantém a lógica dos factos narrados até então.
Sem Dizer Adeus foi uma agradável surpresa tendo em conta que é um livro que está num anonimato sem fundamento. Espero que esta ausência de destaque nas prateleiras das livrarias se deva meramente ao facto do livro ter sido publicado em 2008 (e mesmo assim nem é muito antigo). É altamente recomendável para quem gosta de um thriller com acção e mistério ao estilo de Dean Koontz ou Harlan Coben. Um livro que me cativou imenso, devido precisamente à capacidade do autor em surpreender-me e como tal, recomendo vivamente!
Também já o li e gostei bastante dele....
ResponderEliminarAquele final, saber as revelações e o porque de ter acontecido....fiquei chocada!
Tb eu! Que livro fantástico! Adorei :D
ResponderEliminarDado que os meus Brian Freeman estão a acabar lol acha que consigo encontrar este livro nas livrarias apesar de ser antigo?
ResponderEliminarOlá batatsa
ResponderEliminarEste livro é meio antigo e já não vejo muitos da Temas e Debates à venda, mas tenta entrar em contacto com eles. Ou se fores de Lisboa, se puderes passa na feira do Oriente, foi lá que comprei o meu :)
Beijinho, boas leituras!
acabei de ler! tal como lhe aconteceu a si, a mim tambem me surpreendeu bastante! e pela positiva! foi uma amiga minha que me emprestou, ainda mesmo antes de ela própria o ler, confesso que nenhuma de nós dava muito por ele assim à partida! mas eu devorei em 3 dias! assim que comecei a ler não consegui parar! a história agarrou-me! e de facto ao longo do percurso fui invadida por imensos cenário, imaginei imensos finais, imensas hipóteses ... até que as peças do puzzle começam a juntar-se e tudo começa a direccionar-se para aquilo que realmente aconteceu... e UAU! :D surpreendente! nunca tinha pensado nessa hipótese :D mas agora faz todo o sentido!! incluse os tais pequenos capítulos em itálico que até então não encaixavam em nada...Adorei!! e recomendo!!!
ResponderEliminarTal e qual! Não poderia concordar mais! Um beijinho e venham mais livros como estes ;) Boas leituras!
EliminarA reler... 9 anos depois😊
ResponderEliminarTambém és grande fã? Adorei este livro, que pena nunca mais terem publicado nada do autor... :(
EliminarGostava tanto de conseguir novamente este livro. Na altura q o li foi me emprestado agora não encontro em lado nenhum. Alguem pode ajudar?
ResponderEliminar