Flores Caídas no Jardim do Mal é o quarto volume da que inicialmente era a tetralogia de Mons Kallentoft, correspondente às estações do ano. Mas este livro não encerra a saga de Malin Fors, que tanto ainda tem por contar. Efectivamente, a trama referente a Maria Murvall e que tem vindo a arrastar-se durante a saga, ainda não tem solução conhecida, o que me deixa uma vez mais, a ansiar pela leitura do próximo livro protagonizado por Fors.
Antes de mais nada, penso que a primeira coisa a destacar é a capa, lindíssima. De toda a saga é a minha favorita, e é bastante representativa da estação primaveril, época onde ocorre a acção. Mais tarde vim a perceber o porquê da presença de um varano.
A trama inicia-se com um atentado bombista numa praça de Linköping, fazendo duas vítimas: duas irmãs gémeas de seis anos Tuva e Mira Vigerö. A mãe fica em estado grave, dando entrada no hospital. A trama adensa-se quando de averigua as verdadeiras intenções do atentado...
Ora estamos perante uma temática até bastante actual dado o atentado por parte de Anders Breivik o ano passado na Noruega. O que acontece é que se duvida que o atentado aqui detalhado pelo autor, tenha motivações políticas ou ideológicas. Desde os estereotipados motoqueiros até extremistas de esquerda, todos são considerados suspeitos até que a investigação os leva numa pista, desencadeando uma espiral de revelações por parte das personagens que deixarão o leitor bastante surpreendido.
Como o autor nos tem vindo a habituar, existe uma ênfase da componente pessoal das personagens face à trama policial. E assim, em Flores Caídas no Jardim do Mal, Fors sofre um abalo face à morte da mãe, que lhe trás a revelação de inúmeros segredos que perduram desde a infância da personagem. Face ao que sabemos sobre Fors nos anteriores livros, esta revelação pode parecer um pouco abrupta, mas o facto é que eu até gostei. Assim, a reflexão principal neste livro são as relações familiares e o paradigma que reside na ocultação ou na revelação de um segredo que poderá abalar por completo uma relação tão forte como a de pai/filho.
Por outro lado, a fórmula de Mons que tanto me fascina, é o testemunho dos falecidos que apelam a Fors para a rápida resolução do caso, transparecendo uma certa sobriedade perante a morte. Neste caso o autor recorre às meninas de seis anos, sendo a primeira vez na saga que estes discursos sejam feito por alguém de tão tenra idade. Não se nota, o autor simplesmente mune estes testemunhos de uma maturidade não muito comum se tivermos em conta a idade das meninas.
Outro aspecto incomum é a forma como o autor introduz o animal varano, originário da Indonésia, num país tão climaticamente diferente como a Suécia. Se este se dará bem na gélida Suécia, bem, isso desconheço. O certo é que o varano é por si, um animal temido e ameaçador (eu por mim falo, que não sou muito amiga de répteis), o que auxilia na tensão e suspense nas passagens em que estes bichinhos são cabeças de cartaz.
Tal como os livros anteriores de Kallentoft, Flores Caídas no Jardim do Mal cativou-me imenso o que se reflectiu na rápida e compulsiva leitura. Adoro a escrita do autor que se consagrou precocemente num dos autores escandinavos da minha preferência. Através de quatro partes que exploram as vertentes policial e pessoal de Fors, trazendo revelações em catadupa, aliando-se a uma investigação com contornos pouco previsíveis, este é um livro que altamente recomendo juntamente com os restantes volumes da saga.
Antes de mais nada, penso que a primeira coisa a destacar é a capa, lindíssima. De toda a saga é a minha favorita, e é bastante representativa da estação primaveril, época onde ocorre a acção. Mais tarde vim a perceber o porquê da presença de um varano.
A trama inicia-se com um atentado bombista numa praça de Linköping, fazendo duas vítimas: duas irmãs gémeas de seis anos Tuva e Mira Vigerö. A mãe fica em estado grave, dando entrada no hospital. A trama adensa-se quando de averigua as verdadeiras intenções do atentado...
Ora estamos perante uma temática até bastante actual dado o atentado por parte de Anders Breivik o ano passado na Noruega. O que acontece é que se duvida que o atentado aqui detalhado pelo autor, tenha motivações políticas ou ideológicas. Desde os estereotipados motoqueiros até extremistas de esquerda, todos são considerados suspeitos até que a investigação os leva numa pista, desencadeando uma espiral de revelações por parte das personagens que deixarão o leitor bastante surpreendido.
Como o autor nos tem vindo a habituar, existe uma ênfase da componente pessoal das personagens face à trama policial. E assim, em Flores Caídas no Jardim do Mal, Fors sofre um abalo face à morte da mãe, que lhe trás a revelação de inúmeros segredos que perduram desde a infância da personagem. Face ao que sabemos sobre Fors nos anteriores livros, esta revelação pode parecer um pouco abrupta, mas o facto é que eu até gostei. Assim, a reflexão principal neste livro são as relações familiares e o paradigma que reside na ocultação ou na revelação de um segredo que poderá abalar por completo uma relação tão forte como a de pai/filho.
Por outro lado, a fórmula de Mons que tanto me fascina, é o testemunho dos falecidos que apelam a Fors para a rápida resolução do caso, transparecendo uma certa sobriedade perante a morte. Neste caso o autor recorre às meninas de seis anos, sendo a primeira vez na saga que estes discursos sejam feito por alguém de tão tenra idade. Não se nota, o autor simplesmente mune estes testemunhos de uma maturidade não muito comum se tivermos em conta a idade das meninas.
Outro aspecto incomum é a forma como o autor introduz o animal varano, originário da Indonésia, num país tão climaticamente diferente como a Suécia. Se este se dará bem na gélida Suécia, bem, isso desconheço. O certo é que o varano é por si, um animal temido e ameaçador (eu por mim falo, que não sou muito amiga de répteis), o que auxilia na tensão e suspense nas passagens em que estes bichinhos são cabeças de cartaz.
Tal como os livros anteriores de Kallentoft, Flores Caídas no Jardim do Mal cativou-me imenso o que se reflectiu na rápida e compulsiva leitura. Adoro a escrita do autor que se consagrou precocemente num dos autores escandinavos da minha preferência. Através de quatro partes que exploram as vertentes policial e pessoal de Fors, trazendo revelações em catadupa, aliando-se a uma investigação com contornos pouco previsíveis, este é um livro que altamente recomendo juntamente com os restantes volumes da saga.
excelente critica, mais uma vez e como sempre dona Vera!!
ResponderEliminareu como verdadeiro Monsòdependente leio já mais esta magnifica história, excelentemente escrita por este autor que me enche as medidas de uma forma fabulosa!!
aconselho e recomendo, mesmo para quem não gosta de policiais, pois este livro(toda a série|) é bem mais que um policial ou trilher, são verdadeiras histórias de vida que podiam muito bem passar pelas nossas ,tal é a realidade dada em cada capitulo escrito por Mons.
obrigado pela dica dada para este autor Vera!!!
beijo!
Ricardo Capinha
é verdade amigo Ricardo, grande monsdependente :P é muito bom esta saga de malin fors e além de policial, são grandes reflexões sobre a vida e ainda por cima numa cultura tão diferente quanto a nórdica.
ResponderEliminarObrigado pelo elogio :))
Um grande beijinho, boas leituras
Olá. Faz sentido ler este volume antes dos anteriores?
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarEu recomendaria ler os outros primeiros. Os casos são independentes mas acho que assim acompanhas melhor a evolução das personagens. A saga é: inverno-primavera-outono-verão. Este é precisamente o último.
Beijinhos e boas leituras!
Ola mais uma vez! Pois este sera, certamente, o meu proximo livro. Conto comecar amamha ou segunda. Ja li todos os outros dele e gostei muito. Este ja esta na minha estante ha um ano. Nunca e tarde... Porem, A Vera ja me despertou para outros "maus" caminhos...logo lhe digo alguma coisa. Ate la! Beijinhos
ResponderEliminarAhhh este vale bem a pena, sim :D E já tem a Quinta Estação que se debruça sobre o caso da Maria Murval. Para mim este autor é top! Beijinho grande, Patrícia!
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