Sinopse: AQUI
Opinião: A colecção Vampiro existe desde os anos 40 e é um must have
para pessoas como eu, ávidos por um bom crime! Acontece que eu,
vergonhosamente, não tinha nenhum Vampiro devido a três razões: a) Não
sou fã de clássicos (no entanto, sinto-me mais open minded para
enveredar mais por esta categoria); b) A colecção Vampiro abarcava mais
de 700 títulos e eu começando a fazer uma colecção, quero os volumes
todos (seria portanto, difícil terminá-la) e c) Não sou grande fã de
livros de bolso (tenho que começar a olhar para o quão prático eles são
para serem transportados fora de casa). Resumindo: sou esquisita.
Contudo, assim
de surpresa recebi os dois primeiros livros da reedição da colecção e
fiquei pasmada. O que chama a atenção, à primeira vista, é o facto
destes Vampiros revivalistas manterem o classicismo das capas, sem
perder o toque actual. A edição está melhorada: são um pouco maiores
(creio que são do tamanho dos livros 11x17 da Bertrand), a capa é resistente e são novos!
Em todos os Vampiro que vi até então, as marcas do tempo e do uso eram
visíveis nas capas.
E eu apaixonei-me. Vou querer, decididamente, esta colecção na minha estante!
Entretanto já são 3 os novos vampiros que habitam a minha estante e escolher de entre estes foi fácil. Já há muito que queria ler Ellery Queen, um "autor" clássico de renome que ombreia com Dashiell Hammett, Rex Stout ou Raymond Chandler. Ambiciono ler todos estes autores! E parece-me que Ellery Queen foi inovador para a altura pois é o pseudónimo de dois autores. Hoje vemos Erik Axl Sund ou Lars Kepler e achamos que a escrita a quatro mãos funciona bem. Imagino as reacções a Ellery Queen aquando o autor surgiu.
A minha estreia com Ellery não poderia ter corrido melhor. Logo nas primeiras páginas fiquei intrigada com a sucessão de acontecimentos trágicos na aclamada Vivenda Calamidade que se abatem sobre três irmãs: Lola, Nora e Patricia. Curiosamente, esta última não é vítima dos sucessivos azares, juntando-se a Ellery para tentar desvendar um mistério.
Não obstante o cenário ser estranhamente duvidoso, o cerne da história reside na irmã do meio, Nora. A personagem está prestes a casar com Jim que desapareceu há três anos, na véspera do casamento. Parece que volvidos três anos está mais que na hora de casar e Jim reaparece para esse propósito! No entanto, nesta vida de casado nem tudo são rosas: começam a acontecer algumas situações bastante estranhas que culmina num homicídio.
Embora haja uma morte, esta é isenta de cenas gráficas. Como até seria de esperar. O ritmo é algo moroso, embora a meu ver, as primeiras páginas foram fulcrais para despertar a curiosidade do leitor. Além disso, há uma longa passagem com cenário num tribunal, remetendo-nos para o subgénero de thriller judicial.
É curioso ver como é feita a resolução do crime, baseando-se unicamente pela lógica, afinal de contas, Vivenda Calamidade tem lugar nos anos 40, altura em que a tecnologia de hoje era uma utopia. Foi igualmente interessante desvendar a identidade do assassino bem como o motivo, uma vez que todas as suspeitas apontavam para Jim. Era demasiado óbvio, daí ter desconfiado de todos os que frequentavam a Vivenda Calamidade. Contudo, fiquei mais surpreendida com o motivo que encerrou uma trama intrincada e estimulante. Começo a mudar de ideias sobre os clássicos e pretendo ler mais este subgénero. A colecção Vampiro ajudar-me-á, certamente!
Interessante a sua opinião.
ResponderEliminarPois, para mim, Ellery Queen é um dos mais fabulosos mestres da literatura pocial e esta reedição da coleção vampiro de bolso deixou-me maravilhada. Escrita em português de Portugal,torna quase obrigatório a sua leitura.
Obrigada Elsa. Tenciono ler mais obras do autor. Para já, vou comprando os Vampiros novos ;) Um beijinho e boas leituras
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