Sinopse: AQUI
Opinião: Don´t Wake Up, traduzido cá como Não Adormeças (simplesmente não consigo compreender a tradução contraditória do título para português que, na minha modesta opinião, deveria ser Não Acordes) é o thriller de estreia da autora britânica Liz Lawler. Pelo que pude apurar, a actividade profissional da autora relacionou-se com Enfermagem, o que terá, certamente, contribuído para a construção desta fantástica história.
O ambiente, maioritariamente situado em contexto hospitalar, é, a meu ver, o ponto forte da trama, sendo também o aspecto que destaca esta obra dos demais thrillers que tenho lido. Relembrou-me, de certa forma, as histórias de Robin Cook, as quais têm o condão de me transportar para um estado de hipocondria que, confesso, nunca sinto aquando da leitura de outros títulos do género, por mais violentos que sejam. Confesso que revivi esse estado de espírito durante a leitura de Não Adormeças. Creio que nem todas as obras têm este poder de mexer tanto com o leitor.
A trama inicia-se com um sinistro episódio: não tive como não me imaginar ali, numa marquesa, imobilizada e à mercê de um estranho. Embora desconheçamos o que terá acontecido à Dra. Alex, não há como não sentir algum desconforto com a situação e, na minha opinião, esta ocorrência foi determinante para que surja uma empatia quase imediata com a protagonista.
Portanto, a trama cativou-me e prendeu a minha atenção desde o primeiro instante.
Ainda que a protagonista seja médica, uma actividade profissional de elevada consideração, o suspense da história advém da convicção da Dra. Alex em provar o que lhe aconteceu ou melhor, o que ela acha que aconteceu. No meu ponto de vista, o leitor ficará convencido que os acontecimentos do primeiro capítulo são reais, não obstante pairar a dúvida se terá sido apenas uma alucinação da protagonista.
Tal como a grande parte dos thrillers psicológicos publicados ultimamente, a personagem principal não é confiável, facto que dificulta a tarefa de tentar descortinar o sucedido, contudo, no caso em apreço, a situação inicial poderá ser confundida com um episódio psicótico, o que, a meu ver, reforça o suspense da trama na perfeição.
O desenvolvimento, repleto de situações sufocantes e falsas pistas, entrosadas com crimes bem suspeitos, facto que se revelou deveras entusiasmante. Senti-me genuinamente intrigada com a história e, acima de tudo, com a impossibilidade em apontar um vilão. Gostei de ler algumas considerações mais técnicas do foro médico, uma área que sempre me fascinou.
Creio que o factor que constitui a maior surpresa relaciona-se com o desvendar da identidade do vilão, bem como das motivações do mesmo. Desse modo estamos perante um clímax digno desse nome.
Em suma um thriller empolgante e diferente devido, como já frisei, ao ambiente no qual se desenrola.
A sinopse cativou-me e a tua opinião confirmou que tenho de ler!
ResponderEliminarEu era viciada nos livros do Robin Cook e do Michael Palmer ;)