Sinopse: AQUI
Opinião: O projecto "Um Ano com Stephen King" prosseguiu em Fevereiro com Doutor Sono, que é geralmente referido como a sequela de The Shining. Devo dizer que, pessoalmente, não concordo com este rótulo, pois a história apenas tem como denominador comum a personagem de Danny Torrance (que entretanto já adulto, é tratado por Dan).
Uma vez que a trama se desenvolve a partir das suas habilidades psíquicas, aludindo apenas esporadicamente aos acontecimentos de The Shining, não creio que seja obrigatória a leitura prévia desta afamada obra, não obstante recomendá-la afim de compreender melhor a essência da personagem de Dan.
A título de curiosidade devo dizer que na presente obra o próprio Stephen King sugere a leitura da verdadeira história da família Torrance, a que ele imaginou e escreveu em The Shining em vez do filme.
A narrativa desenrola-se em três frentes: primeiramente, o autor confronta-nos com o homem que Dan se tornou após uma vida corrompida pelo vício do álcool, tal como acontecera a seu pai, Jack Torrance; posteriormente conhecemos Rose, uma personagem que é levada à força para se juntar a um grupo de nómadas e, por último, somos apresentados a uma criança muito especial, Abra Stone, também ela pertencente ao grupo dos que "brilham" alguém que, portanto, tem capacidades similares às de Dan. Escusado será dizer que os destinos destas três personagens se cruzam ao longo do enredo.
Numa primeira fase do livro, considerei a trama algo morosa, centrando-se na caracterização destas personagens sendo que, devo confessar, fiquei bastante agradada com a profundidade que o autor conferiu às mesmas, especialmente a pequena Abra por quem nutri uma enorme empatia. Desde o seu nascimento, a menina demonstra ter habilidades fora do comum, sendo que me surpreenderam alguns episódios protagonizados por ela, sobretudo tratando-se de uma criança pequena.
Confesso, no entanto, ter sentido algo entediada quando a narrativa se debruçava sobre uma comunidade de errantes, que se autoproclamava como o Verdadeiro Nó. Tal como em romances anteriores do autor, em que é notória a distinção entre o bem e o mal, em Doutor Sono, esta comunidade consubstancia, claramente, o papel de antagonista da trama, apresentando então uma missão muito peculiar: a de sugar o vapor de crianças que, tal como Dan, apresentam as habilidades psíquicas de O Brilho.
Depara-mo-nos, nesse contexto, com uma narrativa com um teor mais fantástico e terror, como o autor já nos habituou.
Uma vez que a trama se desenvolve a partir das suas habilidades psíquicas, aludindo apenas esporadicamente aos acontecimentos de The Shining, não creio que seja obrigatória a leitura prévia desta afamada obra, não obstante recomendá-la afim de compreender melhor a essência da personagem de Dan.
A título de curiosidade devo dizer que na presente obra o próprio Stephen King sugere a leitura da verdadeira história da família Torrance, a que ele imaginou e escreveu em The Shining em vez do filme.
A narrativa desenrola-se em três frentes: primeiramente, o autor confronta-nos com o homem que Dan se tornou após uma vida corrompida pelo vício do álcool, tal como acontecera a seu pai, Jack Torrance; posteriormente conhecemos Rose, uma personagem que é levada à força para se juntar a um grupo de nómadas e, por último, somos apresentados a uma criança muito especial, Abra Stone, também ela pertencente ao grupo dos que "brilham" alguém que, portanto, tem capacidades similares às de Dan. Escusado será dizer que os destinos destas três personagens se cruzam ao longo do enredo.
Numa primeira fase do livro, considerei a trama algo morosa, centrando-se na caracterização destas personagens sendo que, devo confessar, fiquei bastante agradada com a profundidade que o autor conferiu às mesmas, especialmente a pequena Abra por quem nutri uma enorme empatia. Desde o seu nascimento, a menina demonstra ter habilidades fora do comum, sendo que me surpreenderam alguns episódios protagonizados por ela, sobretudo tratando-se de uma criança pequena.
Confesso, no entanto, ter sentido algo entediada quando a narrativa se debruçava sobre uma comunidade de errantes, que se autoproclamava como o Verdadeiro Nó. Tal como em romances anteriores do autor, em que é notória a distinção entre o bem e o mal, em Doutor Sono, esta comunidade consubstancia, claramente, o papel de antagonista da trama, apresentando então uma missão muito peculiar: a de sugar o vapor de crianças que, tal como Dan, apresentam as habilidades psíquicas de O Brilho.
Depara-mo-nos, nesse contexto, com uma narrativa com um teor mais fantástico e terror, como o autor já nos habituou.
Depois da extensa caracterização das personagens, devo afirmar que a trama se torna bem mais ágil e emocionante, sobretudo a partir do momento em que as subtramas se interligam.
Uma vez que o autor investiu na minha empatia pela Abra, temi várias vezes por ela, pois sendo uma criança, creio que poderia estar mais vulnerável a esse intemporal conflito entre o Bem e o Mal.
Considerei que a trama era intrincada e o conceito do Verdadeiro Nó, os sugadores de vapor das crianças com brilho, como se vampiros se tratassem, bastante inovador. De certa forma, era previsível que a trama se encaminhasse para um confronto entre as três personagens: Dan, Abra e os constituintes do grupo nómada.
Doutor Sono afigura-se pois como um livro muitíssimo bem conseguido. Resgatar a personagem Danny de um livro de 1977 parecia-me um enorme desafio que, creio, o autor superou. Apesar de haver algum estigma concernente a uma eventual quebra de qualidade das sequelas face às obras originais, a meu ver, tal não se verificou em Doutor Sono.
Senti igualmente entusiasmo na leitura de The Shining e Doutor Sono. Entre as duas obras, chego a sentir bastante dificuldade em eleger uma favorita.
Mesmo que sejam cépticos relativamente a sequelas, a meu ver, Doutor Sono é pois uma obra que merece ser apreciada.
Adorei adorei adorei este livro! Não sei porque demorei tanto tempo a pegar nele :D É certo que começa de forma lenta, mas quando entra no ritmo certo, é brilhante. 5 estrelas!
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