Ken Follett. O nome diz tudo! Detentor de inúmeras obras de cariz diversificado (desde o romance histórico ao puro thriller), é um autor que já está na lista dos meus favoritos. Noite Sobre as Águas foi o último livro que li e posso desde já constatar que é uma obra magistral!
Sob pano de fundo, o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, grande parte da acção passa-se a bordo de um hidroavião, um Boing 314 Clipper, que terá de facto existido. Nota-se que há um trabalho exaustivo de investigação, nomeadamente sobre o avião. Follett descreve pormenorizadamente o luxo e o conforto que este extinto hidroavião oferecia aos passageiros. Para elucidar convenientemente o leitor, o autor expõe uma planta do hidroavião. Esta é importante não só para que nos apercebamos a configuração do transporte como ilustra a disposição dos passageiros, conferindo uma ideia mais clara do que vem relatado na acção.
E não é apenas na descrição do transporte que o autor se esmera. O moroso arranque (afinal de contas apenas na página 169 é que o avião levanta voo) não é de todo, um mau presságio. Follett caracteriza as suas personagens como tão bem o sabe fazer, de uma forma genuinamente cativante. Afinal Follett consegue dotar cada uma das personagens, de uma forma bastante real, humana, fazendo com que haja desde início, uma relação única e empática entre leitor e cada personagem. Depois há uma variedade de personalidades, desde um ladrão, um assassino, uma família aristocrática, um cientista alemão entre outras, de carácteres tão diferentes mas que resultam como conjunto.
Cada uma das personagens representa não só uma experiência de vida diferente como também lhe traz associada uma perspectiva de vida agora que a guerra se instala.
Dizer que o enredo é o equivalente aéreo do Expresso do Oriente, como o Publishers Weekly refere na capa do livro é talvez um pouco enganador pois não há um crime a bordo. A semelhança reside talvez na subtil sensação de claustrofobia pois toda a tensão se restringe maioritariamente ao espaço fechado do avião. A acção converge num culminar de emoções fortes que culmina num twist completamente inesperado e arrebatador.
Uma história altamente completa, que tem como principais abordagens as temáticas da segunda guerra, conspiração, relações humanas e sexo numa história tensa, que se lê num fôlego. Eu que não sou propriamente interessada em História Contemporânea, fiquei fascinada com o retrato da sociedade da época.
As passagens sobre sexo, e sim, estas existem de facto, são explícitas, detalhadas, mas não caem no ordinário. Há uma naturalidade e sensualidade por parte do autor que eu desconhecia até então.
Adorei! Prendeu-me desde o início e findas as 522 páginas, ainda queria mais. Um livro que decididamente recomendo! Follett é inquestionavelmente um dos meus autores de eleição.
Sob pano de fundo, o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, grande parte da acção passa-se a bordo de um hidroavião, um Boing 314 Clipper, que terá de facto existido. Nota-se que há um trabalho exaustivo de investigação, nomeadamente sobre o avião. Follett descreve pormenorizadamente o luxo e o conforto que este extinto hidroavião oferecia aos passageiros. Para elucidar convenientemente o leitor, o autor expõe uma planta do hidroavião. Esta é importante não só para que nos apercebamos a configuração do transporte como ilustra a disposição dos passageiros, conferindo uma ideia mais clara do que vem relatado na acção.
E não é apenas na descrição do transporte que o autor se esmera. O moroso arranque (afinal de contas apenas na página 169 é que o avião levanta voo) não é de todo, um mau presságio. Follett caracteriza as suas personagens como tão bem o sabe fazer, de uma forma genuinamente cativante. Afinal Follett consegue dotar cada uma das personagens, de uma forma bastante real, humana, fazendo com que haja desde início, uma relação única e empática entre leitor e cada personagem. Depois há uma variedade de personalidades, desde um ladrão, um assassino, uma família aristocrática, um cientista alemão entre outras, de carácteres tão diferentes mas que resultam como conjunto.
Cada uma das personagens representa não só uma experiência de vida diferente como também lhe traz associada uma perspectiva de vida agora que a guerra se instala.
Dizer que o enredo é o equivalente aéreo do Expresso do Oriente, como o Publishers Weekly refere na capa do livro é talvez um pouco enganador pois não há um crime a bordo. A semelhança reside talvez na subtil sensação de claustrofobia pois toda a tensão se restringe maioritariamente ao espaço fechado do avião. A acção converge num culminar de emoções fortes que culmina num twist completamente inesperado e arrebatador.
Uma história altamente completa, que tem como principais abordagens as temáticas da segunda guerra, conspiração, relações humanas e sexo numa história tensa, que se lê num fôlego. Eu que não sou propriamente interessada em História Contemporânea, fiquei fascinada com o retrato da sociedade da época.
As passagens sobre sexo, e sim, estas existem de facto, são explícitas, detalhadas, mas não caem no ordinário. Há uma naturalidade e sensualidade por parte do autor que eu desconhecia até então.
Adorei! Prendeu-me desde o início e findas as 522 páginas, ainda queria mais. Um livro que decididamente recomendo! Follett é inquestionavelmente um dos meus autores de eleição.
Também gostei muito!*
ResponderEliminarEna mais um livro em comum :)
ResponderEliminarBem, a tua opinião é muito semelhante à minha. Custou um pouco ficar preso à história já que a mesma quase só começa (ou se junta) efetivamente quando o avião levanta voo. Até lá uma bela e fundamentada explicação e apresentação de todas as personagens.
Diria que os romances imediatos entre algumas das personagens são algo forçados, mas em termos de história e suspense, muito muito aliciante e interessante.
Já reparei que temos gostos em comum! Por isso é que acho que vou gostar das sugestões que me deste ;)
EliminarPois tal e qual! Achei o mesmo ehehe
Mas note-se que gostei do livrinho ;)
Adorei, magistral como todos os livros dele.
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