Estou cada vez mais fã de Mary Higgins Clark, devo dizer. Este foi-me recomendado por uma amiga e mal o livro chegou a casa, foi directamente para a pilha dos "ler em breve".
O livro tem um rápido arranque na medida em que se inicia com um homicídio. Não se sabe a identidade do executante, é certo, mas a forma como é levado a cabo, é extremamente arrepiante, tornando o primeiro capítulo como promissor. E de facto é! Rico em detalhes sobre a morte da senhora e posteriormente a ocultação do seu cadáver, mal comecemos a ler esta simples história, não conseguimos parar. Eu que o diga, li este livro num dia!
Ethel Lambston, uma autora de colunas sociais, não era uma pessoa fácil de tolerar. Por isso a primeira "aparição" da personagem é precisamente a sua morte. Dada a sua personalidade, o leitor vai apercebendo-se que a lista dos suspeitos poderia ser longa.
Seamus é o ex-marido, de quem Ethel continua a abusar financeiramente, privando-o de ajudar monetariamente a sua actual família; o sobrinho, Doug, que serve a sua tia com esperança de herdar o seu espólio e um designer de moda que enriqueceu graças à prática de actividades ilegais.
Todos os três homens tinham o motivo, a oportunidade e os meios para silenciar Ethel Lambston para sempre.A única pessoa que se preocupa com a invulgar ausência de Ethel foi a sua consultora de moda, Neeve Kearny. Esta é filha de um ex polícia e atormentada pelo assassínio da sua mãe à dezassete anos atrás.
Intrigas secundárias compõem uma história repleta de emoções fortes. Por um lado temos Seamus que é manipulado pela ex mulher. Este homem mete dó, completamente! Por isso esta personagem está envolta por uma subtrama quase tão importante como a história principal, dotando-a também de vários aspectos que poderiam ter levado a matar Ethel. O sobrinho ostenta grandezas e teme que venha ao de cima o seu segredo para com a tia. E finalmente qual é o fio condutor entre os homicídios de Ethel e da mãe de Neeve?
A protagonista é corajosa e independente e junto com o pai, Myles, que vive amedrontado agora que o assassino da esposa saiu da prisão, espelham os sentimentos de perda.
Assim, este ponto intensifica as saudosas recordações através de flashbacks em que relatam momentos de Renata com Myles ou com a filha ainda em tenra idade.
Agora o que é de louvar é o facto de Clark contar estas histórias de forma tão humana mas ao fim e ao cabo, tão sucinta e completa (até porque o livro tem cerca de 200 páginas e aborda uma diversidade de intrigas), sendo um livro que não é parado, tem uma base de mistério que culmina na resolução do crime, que, para não variar, é quem menos se espera. Mas o que me surpreendeu verdadeiramente nem foi a identidade do homicida (até porque a lista dos suspeitos era bastante reduzida) mas sim o que motivou um homem a praticar tal acto.
Sendo um livro dos anos 80s, segue aquela fórmula do clássico policial que cai sempre bem: uma descrição aprimorada do homicídio, sem elementos gráficos de violência e sobretudo muita tensão psicológica.
Em suma, Enquanto o meu Amor Dorme é um cativante policial. Embora date de 1989 é bastante actual, abordando não só o mundo do glamour da alta costura enfatizando as intrigas e invejas que naturalmente desabrocham neste meio como o perigoso submundo da máfia. É uma história relativamente simples mas a forma como Clark a conta, fez com que a obra me proporcionasse uma excelente leitura. Recomendo!
O livro tem um rápido arranque na medida em que se inicia com um homicídio. Não se sabe a identidade do executante, é certo, mas a forma como é levado a cabo, é extremamente arrepiante, tornando o primeiro capítulo como promissor. E de facto é! Rico em detalhes sobre a morte da senhora e posteriormente a ocultação do seu cadáver, mal comecemos a ler esta simples história, não conseguimos parar. Eu que o diga, li este livro num dia!
Ethel Lambston, uma autora de colunas sociais, não era uma pessoa fácil de tolerar. Por isso a primeira "aparição" da personagem é precisamente a sua morte. Dada a sua personalidade, o leitor vai apercebendo-se que a lista dos suspeitos poderia ser longa.
Seamus é o ex-marido, de quem Ethel continua a abusar financeiramente, privando-o de ajudar monetariamente a sua actual família; o sobrinho, Doug, que serve a sua tia com esperança de herdar o seu espólio e um designer de moda que enriqueceu graças à prática de actividades ilegais.
Todos os três homens tinham o motivo, a oportunidade e os meios para silenciar Ethel Lambston para sempre.A única pessoa que se preocupa com a invulgar ausência de Ethel foi a sua consultora de moda, Neeve Kearny. Esta é filha de um ex polícia e atormentada pelo assassínio da sua mãe à dezassete anos atrás.
Intrigas secundárias compõem uma história repleta de emoções fortes. Por um lado temos Seamus que é manipulado pela ex mulher. Este homem mete dó, completamente! Por isso esta personagem está envolta por uma subtrama quase tão importante como a história principal, dotando-a também de vários aspectos que poderiam ter levado a matar Ethel. O sobrinho ostenta grandezas e teme que venha ao de cima o seu segredo para com a tia. E finalmente qual é o fio condutor entre os homicídios de Ethel e da mãe de Neeve?
A protagonista é corajosa e independente e junto com o pai, Myles, que vive amedrontado agora que o assassino da esposa saiu da prisão, espelham os sentimentos de perda.
Assim, este ponto intensifica as saudosas recordações através de flashbacks em que relatam momentos de Renata com Myles ou com a filha ainda em tenra idade.
Agora o que é de louvar é o facto de Clark contar estas histórias de forma tão humana mas ao fim e ao cabo, tão sucinta e completa (até porque o livro tem cerca de 200 páginas e aborda uma diversidade de intrigas), sendo um livro que não é parado, tem uma base de mistério que culmina na resolução do crime, que, para não variar, é quem menos se espera. Mas o que me surpreendeu verdadeiramente nem foi a identidade do homicida (até porque a lista dos suspeitos era bastante reduzida) mas sim o que motivou um homem a praticar tal acto.
Sendo um livro dos anos 80s, segue aquela fórmula do clássico policial que cai sempre bem: uma descrição aprimorada do homicídio, sem elementos gráficos de violência e sobretudo muita tensão psicológica.
Em suma, Enquanto o meu Amor Dorme é um cativante policial. Embora date de 1989 é bastante actual, abordando não só o mundo do glamour da alta costura enfatizando as intrigas e invejas que naturalmente desabrocham neste meio como o perigoso submundo da máfia. É uma história relativamente simples mas a forma como Clark a conta, fez com que a obra me proporcionasse uma excelente leitura. Recomendo!
Amiga eu tinha quase a certeza de que irias gostar, confirmo assim a minha previsão!
ResponderEliminarEstou fã da autora! Obrigado amiga por esta recomendação de leitura, foi mesmo muito cativante! Livros assim, já sabes que acato de bom grado as tuas sugestões ;))
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