Sinopse: Um belo desconhecido... um coração destroçado... o amor de uma vida. A jovem Maggie Brown viajou até uma estância balnear, com a esperança de esquecer a dor causada pela recente morte da mãe. Nunca imaginou que a sua agridoce estada a submetesse ao abraço mágico de um misterioso desconhecido, ou que ele apenas lhe deixasse recordações. Contudo, em seguida, por ironia do destino, reuniu-se ao homem que tanto amava - que lhe tinha dado o coração, mas não o seu nome.Para escapar a pressões familiares, o marquês de Belmont disfarçou-se de plebeu a fim de passar umas férias à beira-mar - e perdeu o coração para uma mulher com quem nunca poderia casar. No entanto, determinado a que nenhum outro homem a possuísse, arrastou-a para um amor apaixonado que em breve se transformou em mágoa. Agora, embora receie que possa ser demasiado tarde, jura convencer Maggie de que trocará sem hesitar o seu legado por toda a vida nos braços dela.
Opinião: Parabéns à editora Quinta Essência. A capa é lindíssima, como já é habitual nestes livros. As fitas de cetim dão um toque requintado à obra. E que bem que fica na minha biblioteca de livros eróticos, onde constam os outros da autora. Por falar nisso, gosto imenso dos livros de Cheryl Holt mas tenho que confidenciar que este foi o que menos gostei. A meu ver, na presente obra, a autora coibiu-se nas cenas sexuais sendo este livro um romance histórico. Não sou grande fã do género, confesso, e a autora habituara-me a um desfile de passagens ousadas, pelo que senti falta dessa componente em Meu Único Amor.
A segunda razão pela qual considero Meu Único Amor como o menos bom da autora prende-se com a formulação das personagens. Cheryl Holt dotou o protagonista masculino, Adam, com o pior carácter que já lera num livro do género. Ele é completamente intragável. Em síntese, uma personagem que foge dos clichés, portanto, exceptuando no final em que ele encontra a redenção, mas ainda assim não me convenceu.
Compreendo que o comportamento da mulher na sociedade do século XIX se caracterize por uma passividade e submissão mas as atitudes de Maggie foram mais do que isso, um atentado à auto estima. A meu ver, Maggie foi bastante permissiva, e até humilhada com os comportamentos irascíveis de Adam e isso deixou-me algo irada.
Não tendo gostado dos protagonistas, as minhas preferências recaíram sobre Anne e James, um casal determinado na união ainda que com alguns preconceitos a ultrapassar.
A história acaba por se caracterizar num intenso registo dramático, focando-se maioritariamente no casal Maggie e Adam. Confesso que não consegui sentir uma química mútua, como é habitual neste género literário.
Críticas à parte, há um conjunto de factores que tornaram, ainda assim, esta leitura como plazerosa. O primeiro é o óbvio, uma leitura do género ajuda a descomprimir dos homicídios dos meus livros de eleição. Estes eróticos, e Meu Único Amor não é excepção, são livros que, geralmente, se lêem muitíssimo bem, proporcionando leituras descontraídas e céleres. Além disso, gosto de viajar à epoca vitoriana e revisitar os hábitos e costumes da altura.
Em suma, Meu Único Amor está repleto de emoções, embora um pouco pobre em matéria de passagens quentes. É um romance histórico cuja trama desperta na leitora uma palete de sentimentos, desde a raiva até à comoção. Um livro que peca por um conjunto exagerado de atitudes por parte do herói (e consequentes desculpas por parte da mulher). Embora não seja dos meus preferidos da autora, pretendo continuar a seguir as suas obras.
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