Sinopse: AQUI
Opinião: Estava curiosa com as obras do autor Nelson DeMille desde que adquiri, há uns bons tempos atrás, o livro Crepúsculo Fatal. Apenas não li a obra em questão pois constatei que a mesma é a terceira de uma série protagonizada por John Corey. Valeu a pena aguardar pelo lançamento da A Ilha do Medo, apesar de ter constatado que esta obra já fora publicada em Portugal pela Círculo de Leitores, uma edição bastante difícil de encontrar.
Centrando-se num duplo homicídio, um casal de biólogos, A Ilha do Medo é um thriller que me despertou sensações ambíguas. Se por um lado gostei imenso do rumo da história, abordando a manipulação de vírus em laboratórios (recordando-me um pouco das minhas aulas de Microbiologia no IST), acabei por não sentir afinidade quando esta assenta sobre explicações do cariz histórico/arqueológico. Sinceramente, não sou assim grande fã da temática dos piratas e caças aos tesouros por muito apelativa que seja a história local.
Ainda assim, esta trama apela à curiosidade em folhear a página seguinte, sensação essa provocada por inúmeras reviravoltas em torno das personagens como da própria história.
O personagem principal é simplesmente delicioso. John Corey consegue cativar pela forma sarcástica com que encara as situações do foro pessoal bem como alguns aspectos alusivos à investigação. Não consigo contar o número de vezes em que esbocei um sorriso em resposta às suas espirituosas tiradas. Emparelha bem com a sua colega e co-protagonista Beth Penrose, numa primeira fase da investigação. Posteriormente, ele alia-se à historiadora Emma Whitestone. Embora existam duas personagens femininas com destaque na história, gostei da interacção de Corey com Penrose, tanto que fui conferir se a mesma protagonizaria o volume seguinte. Com alguma decepção, verifiquei que esta será substituída por uma outra personagem feminina. Fica a curiosidade de saber como Corey trabalhará com esta.
De certa forma, A Ilha do Medo acabou por me relembrar de um outro livro muito bom que li este ano, A Lei do Deserto de Wilbur Smith, embora mais comedido nos contornos gráficos. À semelhança da referida obra, esta tem o condão de misturar o romance com uma dose aliciante de acção, tendo um protagonista masculino altamente marcante.
O aspecto que menos me agradou, devo referir, foi a descoberta quase que precoce da identidade do assassino. Os motivos esses, não me surpreenderam como gostaria, apesar de estarem coerentes com a restante narrativa.
Finda a obra, fico satisfeita por ser a orgulhosa detentora dos volumes dois e três da série, correspondendo respectivamente a O Jogo do Leão e Crepúsculo Fatal (ou Quando a Noite Cai, edição da Marcador). Ao fim e ao cabo, o presente livro foi impulsionador para ler mais obras
do autor.
Devo reforçar o quanto gostei do protagonista John Corey e a
sua forma tão peculiar de encarar as situações. Em suma, A Ilha do Medo é
um livro que vale muito pela personagem e por certos pormenores da
investigação do duplo crime.
Uma interessante e introspectiva leitura,
diria. Gostei!
Reparei que a Marcador já publicou todos os livros de DeMille com a personagem de John Corey à excepção de um, o "Wildfire". Há alguma informação se o vão publicar?
ResponderEliminarBom dia! De facto não lhe consigo dar essa informação mas vou tentar saber e já lhe digo qualquer coisa ;)
EliminarOlá bom dia,
ResponderEliminarAcabei de trazer da biblioteca o livro "Crepúsculo Fatal", mas nunca li nada de Nelson Demille... Apesar de este ser o terceiro da série será que se pode (deve) ler de modo independente? A sinopse não faz qualquer referência ao facto de ser ou não uma continuação e como a achei muito interessante acabei por trazer o livro. Obrigada.
Olá Célia
EliminarAcho que não fará mal. O protagonista tem umas tiradas mesmo engraçadas. Quando terminar de ler, diga o que achou ;) Também tenho esse para ler!
Um beijinho e boas leituras
Obrigada pela opinião :)
ResponderEliminarAssim que o leia venho dizer o que achei.
Beijinhos e bom fim de semana.
Boas leituras.