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Opinião: Confesso que demorei a iniciar a leitura de Domina por ter lido Maestra há algum tempo e não me recordar dos mais ínfimos pormenores protagonizados pela audaz Judith. Domina intensifica o que acho sobre esta trilogia, é, sem sombra de dúvida, uma série diferente por aliar o thriller ao erotismo e à sofisticação do mundo da arte.
Os meus receios eram infundados. Logo nas primeiras páginas, somos recordados sobre os eventos passados. E claro, gostei de rever a intrépida Judith, agora conhecida por Elisabeth. Creio que, e como referi na opinião do livro antecessor, esta se assemelha a um Tom Ripley no feminino.
Com a mudança de identidade, sendo algo necessário para despistar os eventos ocorridos em Maestra, a minha percepção mais imediata prendeu-se com o pressuposto de vai começar tudo de novo. Confesso que senti alguma repetição a nível da história. O sexo explícito e os variados homicídios, fórmula original de Maestra, reproduzem-se pelas mesmas razões que, basicamente, são em prole da manipulação e calculismo de Judith. De certa forma, desta vez, achei que a protagonista agia de forma previsível em respostas às variadas situações.
É certo que Domina é uma continuação da trama, não obstante sentir ao longo da leitura que o primeiro livro me alentou mais.
Contudo houve um aspecto que merece ser frisado: a menção do passado de Judith. Não desresponsabilizando os seus actos, creio que
esta componente foi importante para tentarmos perceber um pouco mais
sobre esta complexa personagem. A minha teoria sobre a mesma
intensificou-se: Judith é claramente sociopata. Mas daquelas que, tal
como Tom Ripley, torcemos para que safe das situações.
O final é um autêntico cliffhanger e deixou-me curiosa para ler o desfecho da história. Valorizo que a Editorial Presença tenha publicado a obra muito pouco depois da edição da mesma lá fora. Aguardo que aconteça o mesmo com o terceiro volume da série que, pelo que sei, está em curso pela autora.
Em suma, estamos perante uma série inovadora no que concerne ao género de thriller que agradará a um público mais vasto, como as fãs de literatura erótica.
Confesso que, por uma razão que não consigo explicar, a leitura de Domina não me despertou a mesma emoção que sentira ao ler Maestra.
Por um lado sinto que o intervalo entre as leituras não devia ter sido tão espaçado, provavelmente lembrar-me-ia muito melhor dos detalhes de Maestra. Ou talvez por achar que a obra antecessora foi original pois, de facto, nunca lera até então uma história que imiscuísse tão bem sexo, homicídios e glamour, em doses generosas.
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