Opinião: Em vésperas de ser publicado mais um livro daquele que é um dos meus autores de eleição, lembrei-me que ainda não tinha tecido um comentário sobre A Sede. Apercebi-me que esta obra é a última, até então, protagonizada por Harry Hole.
Por um lado fico feliz pela célere publicação destas obras, e pelo facto de não ter havido nenhum salto, por outro começa a avolumar-se um sentimento de saudades da carismática personagem Harry Hole.
Em plena era digital, o primeiro aspecto que me chamou à atenção foi o facto das vítimas estarem registadas na rede social dedicada ao engate, Tinder. Alertando-nos para a iminência do perigo nos encontros fortuitos com estranhos na esperança de encontrar o amor, A Sede é um poderosíssimo thriller com um vilão memorável. Não querendo desvendar demasiado sobre o antagonista, posso apenas afiançar que este tem um prazer invulgar com sangue humano.
Posso afiançar que este psicopata fascinou-me devido à sua caracterização tão excêntrica que levou a ser denominado por Vampirista.
Portanto. a meu ver, este título é, talvez, uma das tramas mais gráficas de Nesbø.
Além disso, um aspecto digno de ser salientado é, indubitavelmente, a vida pessoal de Hole. Confesso ter-me sentido chocada com os acontecimentos relacionados com Rakel. Agora reconheço que esta componente terá servido certamente para entusiasmar (ainda mais) os leitores com algo que não a investigação policial. Quer queiramos quer não, os esqueletos no armário de Hole, relacionados com a luta contra a bebida e a sua relação com Rakel Fauke (que remota à obra O Pássaro de Peito Vermelho) são tão fascinantes quanto os casos policiais.
Além disso, um aspecto digno de ser salientado é, indubitavelmente, a vida pessoal de Hole. Confesso ter-me sentido chocada com os acontecimentos relacionados com Rakel. Agora reconheço que esta componente terá servido certamente para entusiasmar (ainda mais) os leitores com algo que não a investigação policial. Quer queiramos quer não, os esqueletos no armário de Hole, relacionados com a luta contra a bebida e a sua relação com Rakel Fauke (que remota à obra O Pássaro de Peito Vermelho) são tão fascinantes quanto os casos policiais.
Assim, a narrativa combina as duas componentes de uma forma extremamente cativante. Apesar de ser um livro extenso, com mais de 500 páginas, é deveras empolgante e não perde o ritmo da acção. Além disso, os assassinatos são brutais e as reviravoltas na trama são verdadeiramente surpreendentes.
O final foi muito intenso e dramático. Foi um culminar que fez jus a uma trama tensa e intrincada.
Em suma, foi um deleite apreciar A Sede. Confesso que sentirei saudades de Harry Hole enquanto aguardo que o autor proponha um novo caso para esta personagem Até lá, espero que Sangue na Neve (a ser publicado no próximo dia 20) atenue esta nostalgia que se vai instalando.
Uma série imprescindível na minha estante!
Acabei de ler A Sede este fds (obg pelo fds de chuva intensa) :) Gostei muito deste livro, e por momentos acreditei mesmo que à imagem de outras personagens marcantes, o fim tinha chegado para a Rakel (seria por um lado um choque, por outro um desafio, ver a reacção de uma figura tão conturbada como o Harry). Tenho já saudades do Harry, dado que li os 11 livros da saga de seguida, sem ter lido qualquer livro no meio. Passei agora para o Caçador de Cabeças (irei ler os restantes 3 de seguida também).
ResponderEliminarContinua com o bom trabalho :)
Agradecemos fins de semana chuvosos, propícios a um bom livro e uma chávena de chá. Obrigada pelo teu apoio :) Beijinho e boas leituras!
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