Perseguida é o terceiro livro da autoria de Brian Freeman e protagonizado pelo já nosso carismático Jonathan Stride. Já li os outros livros do autor editados na nossa língua: Segredos Imorais, Cidade Inquieta e O Voyeur e desde já confesso que Freeman é um dos meus escritores preferidos. Freeman combina harmoniosamente o género policial com o thriller psicológico como poucos o sabem fazer.
Nesta terceira história, a história recai numa personagem que teve um papel demasiado subtil em Cidade Inquieta. Falo de Maggie Bei, a parceira de Stride. Uma personagem que tem grande destaque no romance de estreia de Freeman mas na sequela tem um papel muito reduzido, cingindo-se quase como uma mera figurante. Neste livro, ela vai ser incriminada pelo homicídio do seu marido Eric. Dada a ligação directa entre as personagens Bei e Stride, o responsável pela investigação será Abel Teitscher que aponta o dedo a Maggie. Ele próprio teve uma parceira, Nicole Castro, agora detida pelo homicídio do seu marido.
Entretanto Serena Dial lida com um caso de chantagem a Dan Erickson, um advogado com uma grande influência em Duluth. Ela será a mediadora entre o chantagista e Erickson, o que poderá ser um risco para Serena... Por sua vez, Stride é responsável pela investigação do desaparecimento de Tanjy Powell, uma mulher que é tão atraente como de estranha e que trabalha precisamente na boutique da esposa de Dan Erickson.
E nisto há um voyeur, com desejos reprimidos e que quer concretizá-los a todo o custo...
Um dos pontos interessantes do livro é a forma como a trama se inicia, enfatizando a fuga da prisão de um homem cuja identidade desconhecemos. Ora, dadas as três subtramas anteriormente mencionadas, o leitor não tem como cruzar os vários tipos de informação. Fica assente que, aparentemente estas acções independentes provavelmente têm um ponto em comum. E à medida que a acção se desenvolve, as várias questões deixadas como peças de puzzle sem explicação, serão devidamente fundamentadas à medida que caminhamos para o final do livro. Entretanto são muitas as reviravoltas no enredo e nada, mas nada está garantido!
Entretanto Serena Dial lida com um caso de chantagem a Dan Erickson, um advogado com uma grande influência em Duluth. Ela será a mediadora entre o chantagista e Erickson, o que poderá ser um risco para Serena... Por sua vez, Stride é responsável pela investigação do desaparecimento de Tanjy Powell, uma mulher que é tão atraente como de estranha e que trabalha precisamente na boutique da esposa de Dan Erickson.
E nisto há um voyeur, com desejos reprimidos e que quer concretizá-los a todo o custo...
Um dos pontos interessantes do livro é a forma como a trama se inicia, enfatizando a fuga da prisão de um homem cuja identidade desconhecemos. Ora, dadas as três subtramas anteriormente mencionadas, o leitor não tem como cruzar os vários tipos de informação. Fica assente que, aparentemente estas acções independentes provavelmente têm um ponto em comum. E à medida que a acção se desenvolve, as várias questões deixadas como peças de puzzle sem explicação, serão devidamente fundamentadas à medida que caminhamos para o final do livro. Entretanto são muitas as reviravoltas no enredo e nada, mas nada está garantido!
Como já tem sido hábito, Brian Freeman escreve uma história que gira sobre a imoralidade. Esta é sobretudo devido à falta dos valores éticos que as personagens vão desfilando, bem como segredos obscuros que se relacionam com a sua sexualidade. Ora em Perseguida é notável esta fórmula que tão bem resulta em enredos de elevada tensão psicológica. Esta componente intensifica-se quando há momentos de grande acção, especialmente quando tememos pela vida de Stride.
No entanto, neste livro, a temática abordada por Freeman por ser demasiado sórdida. O tema da violação ultrapassa aqui todos os seus limites, onde orgias e clubes de sexo são o ponto forte da história. Se uma violação já é por norma, um relato angustiante, então acreditem que neste enredo muitas serão as passagens que vos deixarão chocados.
A frisar este aspecto, não nos esqueçamos que Freeman é um autor descritivo, sem qualquer pudor na descrição tanto de elementos violentos, bem como passagens sexuais explícitas, intensificando a sensação de desconforto perante determinadas cenas. Existe também alguma repulsa nos relatos do ex-presidiário na forma como a inibição da sexualidade o caracteriza doravante e como isso influenciará na definição dos seus maquiavélicos planos. Estas passagens são cruas e eventualmente de linguagem chocante.
No entanto, neste livro, a temática abordada por Freeman por ser demasiado sórdida. O tema da violação ultrapassa aqui todos os seus limites, onde orgias e clubes de sexo são o ponto forte da história. Se uma violação já é por norma, um relato angustiante, então acreditem que neste enredo muitas serão as passagens que vos deixarão chocados.
A frisar este aspecto, não nos esqueçamos que Freeman é um autor descritivo, sem qualquer pudor na descrição tanto de elementos violentos, bem como passagens sexuais explícitas, intensificando a sensação de desconforto perante determinadas cenas. Existe também alguma repulsa nos relatos do ex-presidiário na forma como a inibição da sexualidade o caracteriza doravante e como isso influenciará na definição dos seus maquiavélicos planos. Estas passagens são cruas e eventualmente de linguagem chocante.
Muita acção, adrenalina e momentos que literalmente tiram o fôlego tornam este livro como compulsivo. A juntar o ingrediente da imprevisibilidade que se abate sobre as personagens complexas, tão típicas do autor.
Neste enredo apenas há três personagens comuns aos restantes romances de Freeman: Jonathan Stride, Serena Dial e Maggue Bei, o que torna mais interessante a leitura dos livros do autor por ordem. É notória a evolução entre as duas primeiras personagens, que não estão tão presos aos seus fantasmas como outrora. As personagens estão mais evoluídas e maduras, e claro, a sensação de familiaridade e empatia estão asseguradas dos livros anteriores. Em geral as personagens femininas, novidade deste livro, são muito passivas. Um aspecto que me chocou particularmente foi a definição da rapariga alfa, uma mulher alvo de inúmeras práticas sexuais, por vezes descabidas. Basicamente a sensação que estas personagens nos transmitem é o facto de nós não as conhecermos tão profundamente como desejaríamos, e todas acabam por omitir algum segredo, mais normalmente ligado a desvios de sexualidade os fetiches menos comuns.
Não fosse este um livro cuja sexualidade está patente em toda a trama, as personagens são um pouco promíscuas. deixando antever que existe uma teia de ligações entre as mesmas. As constantes revelações deixarão o leitor ávido para descobrir a resolução dos três mistérios.
O desfecho foi até convincente mas relativamente ao desvendar a terceira da peça do puzzle (o autor do homicídio de Eric), achei-o muito rápido e quase como um cliché dado que é semelhante ao final de um mau da fita de um outro livro do autor.
Pessoalmente gostei mais de Segredos Imorais e Cidade Inquieta, em que existem de facto, crimes associados à sexualidade e violação desta, no entanto mais comedidos. Perseguida é além de um sórdido e extenso desfile de práticas sexuais, um enredo repleto de intrigas, segredos, mistério e crimes.
Mas devo dizer que este foi um livro que gostei e recomendo, aliás bem como os restantes do autor!
Neste enredo apenas há três personagens comuns aos restantes romances de Freeman: Jonathan Stride, Serena Dial e Maggue Bei, o que torna mais interessante a leitura dos livros do autor por ordem. É notória a evolução entre as duas primeiras personagens, que não estão tão presos aos seus fantasmas como outrora. As personagens estão mais evoluídas e maduras, e claro, a sensação de familiaridade e empatia estão asseguradas dos livros anteriores. Em geral as personagens femininas, novidade deste livro, são muito passivas. Um aspecto que me chocou particularmente foi a definição da rapariga alfa, uma mulher alvo de inúmeras práticas sexuais, por vezes descabidas. Basicamente a sensação que estas personagens nos transmitem é o facto de nós não as conhecermos tão profundamente como desejaríamos, e todas acabam por omitir algum segredo, mais normalmente ligado a desvios de sexualidade os fetiches menos comuns.
Não fosse este um livro cuja sexualidade está patente em toda a trama, as personagens são um pouco promíscuas. deixando antever que existe uma teia de ligações entre as mesmas. As constantes revelações deixarão o leitor ávido para descobrir a resolução dos três mistérios.
O desfecho foi até convincente mas relativamente ao desvendar a terceira da peça do puzzle (o autor do homicídio de Eric), achei-o muito rápido e quase como um cliché dado que é semelhante ao final de um mau da fita de um outro livro do autor.
Pessoalmente gostei mais de Segredos Imorais e Cidade Inquieta, em que existem de facto, crimes associados à sexualidade e violação desta, no entanto mais comedidos. Perseguida é além de um sórdido e extenso desfile de práticas sexuais, um enredo repleto de intrigas, segredos, mistério e crimes.
Mas devo dizer que este foi um livro que gostei e recomendo, aliás bem como os restantes do autor!
Excelente artigo de opinião! Parabéns! Gosto bastante de visitar este espaço. Já li Cidade Inquieta, livro que ganhou imediatamente um lugar especial na minha estante. Mas ultimamente vejo-me curioso para ler outro livro de Freeman... Perseguida supera Cidade Inquieta? Ou deveria optar por Segredos Imorais?
ResponderEliminarOlá Pedro!
EliminarAgradeço muito o seu contacto :) Fico bastante contente que o visite e que escreva para trocarmos umas quantas impressões literárias ;)
De facto Cidade Inquieta é muito bom! Esse e Segredos Imorais, que recomendo vivamente por ser o primeiro com o Jonathan Stride ;)
Para mim os livros são todos muito bons, mas de facto têm um lugar cativo os dois primeiros livros do autor, ou seja, Segredos Imorais e Cidade Inquieta ;)
Um beijinho, muito obrigado uma vez mais e votos de excelentes leituras