Ken Follett é um autor que dispensa apresentações. Cada vez estou mais fascinada pelas suas obras. Não me esqueço do primeiro livro que li, A Ameaça, que me tornou ávida em ler mais e mais do autor. E desde então que li O Homem de Sampetersburgo e O Terceiro Gémeo, tendo já reservado duas leituras futuras, O Vale dos Cinco Leões e A Chave para Rebecca,
Publicado originalmente em 1977, O Preço do Dinheiro é possivelmente uma das obras menos conhecidas do autor, tendo sido uma das primeiras que Follett escreveu, e sob um pseudónimo.
Este livro trata-se de um thriller que se passa num espaço de um dia e debruça-se sobre personagens tão diferentes como um membro do Parlamento Britânico, um magnata de negócios, um criminoso e um jovem repórter de um jornal. Existem algumas personagens secundárias, cujo papeis terão de certa forma algum destaque, de forma a complementar as diferentes acções subjacentes às personagens anteriormente mencionadas.
Tim Fitzpeterson acorda com uma jovem ruiva a seu lado. Com vergonha de ser o primeiro membro do Parlamento Britânico divorciado, pensa numa forma de ficar com a rapariga sem que coloque a sua família em risco. Este será o primeiro acontecimento que irá condicionar todo um conjunto de acções sobre a vasta gama de personagens.
Isto porque Follett não destaca uma personagem em especial, debruçando-se sobre os vários protagonistas, formulando para todos uma linha de acontecimentos no mínimo imprevisível.
Dada a particularidade do espaço temporal estar definido e limitado a umas horas no mesmo dia, desencadeia no leitor uma vontade incontrolável de ler um pouco mais, afim de descobrir o destino das personagens. Por outro lado, este mesmo facto origina uma caracterização muito peculiar nas mesmas: é que Follett descreve-as sem grande background passado, limitando o conhecimento do autor sobre as vivências passadas das personagens. Os juízos de valor que vamos formulando sobre estas reside essencialmente nas acções que elas têm naquele preciso momento.
Na minha opinião, o fascinante deste livro assiste precisamente no facto de Follett ter arquitectado um argumento tão real e plausível que interliga estas personagens de cariz tão diferente. E embora divergentes, as personagens em geral, são munidas de uma característica: a ganância. E as acções das personagens regem-se a partir deste que é considerado um pecado mortal, levando-as aos actos mais infames.
Um enredo que aparte do suspense que o autor nos tem habituado, há uma dose de outros ingredientes que apimentam a complexa história: infidelidade, conspiração, tentativas de suicídio, perseguições policiais, corrupção no jornalismo, embora não haja uma profundidade das personagens a que Follett nos habituou. Há uma dose de acção e adrenalina que se estende constantemente por toda a trama, não ocorrendo, na minha opinião, momentos parados.
Na minha opinião, o final do livro ficou um pouco em aberto relativamente a algumas personagens, tendo pessoalmente preferido, que todas as pontas soltas tivessem ficado resolvidas.
Nota-se portanto, que este terá sido um dos primeiros romances de Follett, no entanto a sua mestria em formular enredos de suspense é inquestionável. Tenho como preferidos O Terceiro Gémeo e O Homem de Sampetersburgo, não obstante, O Preço do Dinheiro é um livro de que gostei, e não deixo de recomendar. É uma leitura compulsiva e interessante, que dará que reflectir sobre a sociedade londrina dos anos sessenta.
Publicado originalmente em 1977, O Preço do Dinheiro é possivelmente uma das obras menos conhecidas do autor, tendo sido uma das primeiras que Follett escreveu, e sob um pseudónimo.
Este livro trata-se de um thriller que se passa num espaço de um dia e debruça-se sobre personagens tão diferentes como um membro do Parlamento Britânico, um magnata de negócios, um criminoso e um jovem repórter de um jornal. Existem algumas personagens secundárias, cujo papeis terão de certa forma algum destaque, de forma a complementar as diferentes acções subjacentes às personagens anteriormente mencionadas.
Tim Fitzpeterson acorda com uma jovem ruiva a seu lado. Com vergonha de ser o primeiro membro do Parlamento Britânico divorciado, pensa numa forma de ficar com a rapariga sem que coloque a sua família em risco. Este será o primeiro acontecimento que irá condicionar todo um conjunto de acções sobre a vasta gama de personagens.
Isto porque Follett não destaca uma personagem em especial, debruçando-se sobre os vários protagonistas, formulando para todos uma linha de acontecimentos no mínimo imprevisível.
Dada a particularidade do espaço temporal estar definido e limitado a umas horas no mesmo dia, desencadeia no leitor uma vontade incontrolável de ler um pouco mais, afim de descobrir o destino das personagens. Por outro lado, este mesmo facto origina uma caracterização muito peculiar nas mesmas: é que Follett descreve-as sem grande background passado, limitando o conhecimento do autor sobre as vivências passadas das personagens. Os juízos de valor que vamos formulando sobre estas reside essencialmente nas acções que elas têm naquele preciso momento.
Na minha opinião, o fascinante deste livro assiste precisamente no facto de Follett ter arquitectado um argumento tão real e plausível que interliga estas personagens de cariz tão diferente. E embora divergentes, as personagens em geral, são munidas de uma característica: a ganância. E as acções das personagens regem-se a partir deste que é considerado um pecado mortal, levando-as aos actos mais infames.
Um enredo que aparte do suspense que o autor nos tem habituado, há uma dose de outros ingredientes que apimentam a complexa história: infidelidade, conspiração, tentativas de suicídio, perseguições policiais, corrupção no jornalismo, embora não haja uma profundidade das personagens a que Follett nos habituou. Há uma dose de acção e adrenalina que se estende constantemente por toda a trama, não ocorrendo, na minha opinião, momentos parados.
Na minha opinião, o final do livro ficou um pouco em aberto relativamente a algumas personagens, tendo pessoalmente preferido, que todas as pontas soltas tivessem ficado resolvidas.
Nota-se portanto, que este terá sido um dos primeiros romances de Follett, no entanto a sua mestria em formular enredos de suspense é inquestionável. Tenho como preferidos O Terceiro Gémeo e O Homem de Sampetersburgo, não obstante, O Preço do Dinheiro é um livro de que gostei, e não deixo de recomendar. É uma leitura compulsiva e interessante, que dará que reflectir sobre a sociedade londrina dos anos sessenta.
O Ken Follett é, seguramente, um dos meus autores favoritos! Descobri-o há cerca de 3 anos e entretanto li TODOS os livros dele (a maioria em castelhano, não havia muitos traduzidos para português). Este não é dos meus livros favoritos, mas não deixa de ser muito bom! Recomendo
ResponderEliminarPatrícia
Eu partilho da mesma opinião, se bem que ainda li poucos dele. Patrícia, que livros me recomendas dele? :)
ResponderEliminarBeijinho, boas leituras!
Estou neste momento a ler O Terceiro Gémeo e a adorar, claro!
EliminarDo autor só me falta ler este e o Noite sobre as Águas.
Gosto de todos em geral, mas para mim os históricos são os melhores! Sei que não é tanto a tua "praia" mas por favor não deixes de ler Os Pilares da Terra, Um Mundo sem Fim, ou principalmente a Queda dos Gigantes! São magistrais!
Curiosamente, a Ameaça foi o que menos me deslumbrou.
Boas Leituras!
Estás a gostar Ana? Muito bom né?
EliminarDos históricos ainda não li nenhum mas estou curiosa com os Pilares da Terra (vi a série e adorei!)
Agora tenho cá do autor para ler: Uma Chave para Rebecca, O Vale dos Cinco Leões, Os Filhos do Paraíso e Contagem Decrescente.
Boas leituras :) Beijinho e bom domingo!