Antes de começar a minha crítica sobre este livro, creio ser pertinente referir que a obra já foi publicada em português pela editora TopSeller e qualquer informação sobre a mesma, encontra-se neste link. Eu li em inglês, por impulso. Não tinha sequer equacionado esta leitura num Maio que, pensava eu, seria repleto, uma vez mais, de thrillers e policiais.
Parti para esta leitura completamente em branco. Apenas tinha presente as inúmeras recomendações nas redes sociais embora já conhecesse a autora pelas obras Um Caso Perdido, Uma Nova Esperança e Amor Cruel. Talvez por isso, pela minha completa ignorância sobre o tema principal abordado na obra, fiquei genuinamente surpreendida com a história. Vou, portanto, abster-me de tecer comentários que eventualmente possam desvendar demasiado sobre a trama.
A verdade é que gostei muito deste livro. Já vi o tema retratado e vou-me coibir em mencionar algumas obras que se debruçam nesta problemática ainda tão actual nos dias de hoje. Sempre que encontro esta temática retratada, emociono-me sempre por reconhecer esta situação em duas pessoas que conheci, uma delas muito recentemente.
Talvez tenha sido por isso que a história me tenha absorvido tanto e li esta obra, em inglês, em cerca de dois dias. Porém, não é apenas de momentos tristes que vive esta história. A presença de um casal secundário, Alyssa e Marshall, com discurso pautado pela comicidade acaba por mitigar o dramatismo do enredo. Confesso que esperava ver mais desenvolvido o pequeno drama referente a este casal que foi efémero. Compreendo a abordagem muito ligeira, afinal de contas, esta história não pretende centrar-se na infertilidade.
As personagens principais são, de facto, carismáticas, especialmente Lily, a protagonista.
Gostei muito dos seus diários para a Ellen DeGeneres em que falava sobre os seus 15 anos, altura em que conheceu uma pessoa muito especial. Além disso, é através destes diários que o leitor compreende a interacção familiar de Lily, um dos ingredientes que, a meu ver, tornam esta história memorável.
Não posso deixar de mencionar o outro componente que intensifica esta minha percepção: o epílogo. Nunca um epílogo foi tão emocionante quando este. Também me vou abster de comentar o conteúdo do mesmo, onde Hoover confidencia alguns aspectos de cariz mais pessoal e eu senti-me sensibilizada, uma vez mais...
Agora que penso no enredo, creio que este é repleto de lições de vida que vão muito além dos lugares comuns e dos clichés que ouvimos quando se fala do tema central.
Esta trama é simplesmente dilacerante e intensa. Confesso que me senti bastante comovida no decorrer da leitura e a história tocou-me como poucas o fazem. Desta vez ter saído da minha zona de conforto compensou. Seguramente este livro não me sairá da cabeça durante os próximos tempos.
Olá Vera
ResponderEliminarSe tu, a rainha do sangue gostou então eu também devo gostar de ler este livro.
Sair da zona de conforto trás sempre algo novo e por vezes muito bom.
Beijinhos e boas leituras
Concordo que "IT"não me sairá tão cedo da cabeça (ainda não parei de pensar nele... Deus do Céu!).
ResponderEliminarÉ pena que o "IT" tenha sido o principal responsável pela quase extinção dum emprego que até então era reconhecido com carinho: Os palhaços. Depois de uma geração inteira interagir com a obra aterradora do Stephen King, as pessoas optaram por escolher diversões menos perigosas para as suas crianças.
Já agora, Vera, reparou nos olhos do palhaço? Se fixarmos um dos olhos do pennywise e, depois, o outro, notamos que um dos olhos está a seguir as personagens, enquanto que o outro está constantemente a perseguir-nos? Que posição aberrante!
A minha opinião está aqui — https://paraladakapa.blogspot.pt/