Foi com um grande prazer, com a colaboração da Bizâncio, que tive a oportunidade de ler O Olho de Jade. À primeira vista, e dado que sou fanática pela literatura de policial/thriller, a capa não me daria indicações do conteúdo do livro que, apesar de não se encaixar totalmente no meu género preferido, é bastante interessante!
Tendo como cenário Pequim, nos anos 90, o livro retrata a história de Mei Wang, uma rapariga com cerca de 30 anos e que pediu demissão do Ministério de Segurança Pública para criar a sua empresa própria investigação privada ilegal. Quando o seu tio Chen, um velho amigo da mãe, pede-lhe para encontrar um artefacto muito importante, Mei não hesita. A busca leva-a para lojas de antiguidades, estações de comboio, casas de jogo, e até mesmo ao passado da sua família.
Achei que este livro representa um olhar penetrante na China moderna. Assim o enredo contempla aspectos como a relação entre a intervenção do Estado e rebeldes, tanto quanto os oportunistas, os camponeses que são mal vistos pela os moradores da cidade e os vícios de jogo. Através da história da família de Mei, o leitor aprende sobre este país e as suas muitas normas culturais que são tão diferentes daquelas com os quais estamos familiarizados no Ocidente.
Nos primeiros capítulos, a autora tem uma necessidade de enquadrar a personagem Mei ao tipo de vida que ela tem, dando ao leitor uma imagem clara da agência, da sua família, e até mesmo dos seus amigos. O mistério só é realmente introduzido no sexto capítulo, mas porque os capítulos são relativamente curtos, não achei que a introdução se arrastava, antes pelo contrário, foi neste seguimento que o leitor estabelece uma relação de empatia com Mei. Além disso, devo dizer que gostei particularmente de "assistir" ao casamento de Lu, a irmã de Mei, com Lining.
Diane Wei Liang tem uma escrita bastante fluída e clara, e para primeiro livro, penso que mostra muita habilidade em conectar dois enredos bastante característicos: uma componente dramática no seio da família de Mei e outra mais relacionada com o mistério, na busca do artefacto de jade, abraçando-os com o rico panorama cultural chinês.
Os leitores que esperam um suspense cheio de pistas falsas e twists no enredo podem ficar desapontados com este Olho de Jade. No entanto o livro é mais do que um mero drama familiar, pela exposição cultural da China com uma pitadinha de acção, o livro constitui-se numa agradável leitura, rápida e que entretém. Daí recomendar a quem procura um mistério light e claro, aos ávidos curiosos em culturas orientais!
Ainda assim, fiquei curiosa em ler o segundo livro da autora, intitulado "Borboleta de Papel", uma vez que o enredo sugere ser mais abrangente, em toda a China, contendo um mistério ainda mais interessante.
Tendo como cenário Pequim, nos anos 90, o livro retrata a história de Mei Wang, uma rapariga com cerca de 30 anos e que pediu demissão do Ministério de Segurança Pública para criar a sua empresa própria investigação privada ilegal. Quando o seu tio Chen, um velho amigo da mãe, pede-lhe para encontrar um artefacto muito importante, Mei não hesita. A busca leva-a para lojas de antiguidades, estações de comboio, casas de jogo, e até mesmo ao passado da sua família.
Achei que este livro representa um olhar penetrante na China moderna. Assim o enredo contempla aspectos como a relação entre a intervenção do Estado e rebeldes, tanto quanto os oportunistas, os camponeses que são mal vistos pela os moradores da cidade e os vícios de jogo. Através da história da família de Mei, o leitor aprende sobre este país e as suas muitas normas culturais que são tão diferentes daquelas com os quais estamos familiarizados no Ocidente.
Nos primeiros capítulos, a autora tem uma necessidade de enquadrar a personagem Mei ao tipo de vida que ela tem, dando ao leitor uma imagem clara da agência, da sua família, e até mesmo dos seus amigos. O mistério só é realmente introduzido no sexto capítulo, mas porque os capítulos são relativamente curtos, não achei que a introdução se arrastava, antes pelo contrário, foi neste seguimento que o leitor estabelece uma relação de empatia com Mei. Além disso, devo dizer que gostei particularmente de "assistir" ao casamento de Lu, a irmã de Mei, com Lining.
Diane Wei Liang tem uma escrita bastante fluída e clara, e para primeiro livro, penso que mostra muita habilidade em conectar dois enredos bastante característicos: uma componente dramática no seio da família de Mei e outra mais relacionada com o mistério, na busca do artefacto de jade, abraçando-os com o rico panorama cultural chinês.
Os leitores que esperam um suspense cheio de pistas falsas e twists no enredo podem ficar desapontados com este Olho de Jade. No entanto o livro é mais do que um mero drama familiar, pela exposição cultural da China com uma pitadinha de acção, o livro constitui-se numa agradável leitura, rápida e que entretém. Daí recomendar a quem procura um mistério light e claro, aos ávidos curiosos em culturas orientais!
Ainda assim, fiquei curiosa em ler o segundo livro da autora, intitulado "Borboleta de Papel", uma vez que o enredo sugere ser mais abrangente, em toda a China, contendo um mistério ainda mais interessante.
Olá Vera!
ResponderEliminarGostei da tua opinião, embora seja uma obra mais leve, parece interessante, por nos mostrar um pouco da China, que pessoalmente não conheço muito bem, tendo algumas ideias pré-concebidas, que gostaria de explorar. Por isso, irei experimentar ler a obra.
Mais uma vez obrigada pelo link. Beijinhos. :)
Rita, experimenta ler o livro. Lê-se bastante bem, é leve, tem poucas páginas e é interessante. Tem alguma acção e um pano de fundo cultural bastante rico.
ResponderEliminarEu é que agradeço o feedback! Um grande beijinho, boas leituras!
Puxa, como eu queria ter gostado do livro como você...! Ele me decepcionou.
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