Uma Punhalada no Escuro de Lawrence Block, é um livro que integra a nova colecção de livros policiais da editora Cotovia intitulada Colecção Gato Preto, protagonizada pelo detective Matthew Scudder. Os livros são pouco maiores que os livros de bolso standard, o que os torna bastante práticos para transportar, sendo também bastante ecológicos, uma vez que são impressos em papel reciclado e a capa é em cartão. Além da capa colorida, lateralmente os livros também têm cor, o que os torna bastante cativantes e apelativos!
Apesar de ser a minha estreia, sei que esta é a 4ª aventura protagonizada por Scudder. Ainda assim, consegui entrar totalmente na narrativa, visto que os livros relatam histórias independentes. Neste livro, o detective é contratado por um homem cuja filha, Barbara, foi supostamente morta por um serial killer com um picador de gelo à nove anos antes. O assassino foi recentemente capturado, e confessa os assassinatos, excepto o de Barbara. Dado que o homicida tem um álibi irrefutável, quem terá morto então Barbara Ettinger?
Escrito em 1981, Uma Punhalada no Escuro apresenta-se quase como um clássico, intemporal!
Scudder não tem ao seu alcance computadores com os seus bancos de dados ou telemóveis, recorrendo às ferramentas clássicas da intuição e perspicácia subjacentes nos interrogatórios habituais dos suspeitos, tal como faz a nossa querida personagem criada por Agatha Christie, Hercule Poirot.
Apesar do livro ser escrito na primeira pessoa, sob o ponto de vista de Scudder, o autor raramente dá uma introspecção directa do detective, cingindo-se a acção apenas à evolução dos acontecimentos. Tirando os problemas com o álcool, o leitor desconhece a vida pessoal do detective, apenas deduzindo alguma incapacidade em manter relações sérias com o sexo oposto. Portanto Block apenas se preocupa com o enredo, sob o ponto de vista do mistério e da investigação. A narrativa é composta por um número bastante restrito de personagens que atingem graus de complexidade bastante elevados, como por exemplo Janice Keane.
A escrita do autor é muito fluída e sóbria, carregada de mistério e repleta de descrições das ruas escuras e becos de Nova York extremamente realistas. Os diálogos são bastante intensos como frequentes em toda a narrativa. Após ler as primeiras páginas, o leitor fica de tal modo intrigado com o crime, que não consegue deixar de acompanhar a investigação de Matthew Scudder. Apesar da história ter já 30 anos, não deixa de abordar temas ainda explorados na actualidade, nomeadamente serial killers, a necessidade de um pai em respeitar o leito de morte da filha, buscando incessantemente a identidade do criminoso e até a temática da bissexualidade (que acredito ter sido uma abordagem chocante na altura!)
Um livro que recomendo sem reservas a qualquer público-alvo, em especial fãs de policiais old fashoned way, como os protagonizados por Poirot ou Sherlock Holmes.
Apesar de ser a minha estreia, sei que esta é a 4ª aventura protagonizada por Scudder. Ainda assim, consegui entrar totalmente na narrativa, visto que os livros relatam histórias independentes. Neste livro, o detective é contratado por um homem cuja filha, Barbara, foi supostamente morta por um serial killer com um picador de gelo à nove anos antes. O assassino foi recentemente capturado, e confessa os assassinatos, excepto o de Barbara. Dado que o homicida tem um álibi irrefutável, quem terá morto então Barbara Ettinger?
Escrito em 1981, Uma Punhalada no Escuro apresenta-se quase como um clássico, intemporal!
Scudder não tem ao seu alcance computadores com os seus bancos de dados ou telemóveis, recorrendo às ferramentas clássicas da intuição e perspicácia subjacentes nos interrogatórios habituais dos suspeitos, tal como faz a nossa querida personagem criada por Agatha Christie, Hercule Poirot.
Apesar do livro ser escrito na primeira pessoa, sob o ponto de vista de Scudder, o autor raramente dá uma introspecção directa do detective, cingindo-se a acção apenas à evolução dos acontecimentos. Tirando os problemas com o álcool, o leitor desconhece a vida pessoal do detective, apenas deduzindo alguma incapacidade em manter relações sérias com o sexo oposto. Portanto Block apenas se preocupa com o enredo, sob o ponto de vista do mistério e da investigação. A narrativa é composta por um número bastante restrito de personagens que atingem graus de complexidade bastante elevados, como por exemplo Janice Keane.
A escrita do autor é muito fluída e sóbria, carregada de mistério e repleta de descrições das ruas escuras e becos de Nova York extremamente realistas. Os diálogos são bastante intensos como frequentes em toda a narrativa. Após ler as primeiras páginas, o leitor fica de tal modo intrigado com o crime, que não consegue deixar de acompanhar a investigação de Matthew Scudder. Apesar da história ter já 30 anos, não deixa de abordar temas ainda explorados na actualidade, nomeadamente serial killers, a necessidade de um pai em respeitar o leito de morte da filha, buscando incessantemente a identidade do criminoso e até a temática da bissexualidade (que acredito ter sido uma abordagem chocante na altura!)
Um livro que recomendo sem reservas a qualquer público-alvo, em especial fãs de policiais old fashoned way, como os protagonizados por Poirot ou Sherlock Holmes.
Não conhecia este livro e fiquei interessado depois de ler a tua esplêndida opinião. ;o)
ResponderEliminarBoas leituras!
Bjs
Guerreiro, eu estava a ler um outro livro e li as primeiras páginas deste, ñ sei pq mas fiquei presa! E parei o outro para ler este ehehe Há poucas personagens, o enredo é super simples mas gostei imenso! Boas leituras! Beijinhos
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