Sinopse: AQUI
Opinião: Já tive conhecimento deste autor, recomendado pelos amigos audazes que lêem frequentemente em inglês. Nunca li, até então, uma obra do famigerado Håkan Nesser, por isso devo começar a minha opinião por congratular a editora TopSeller por ter investido neste autor e, por conseguinte, me ter dado a oportunidade em ler uma obra do mesmo na minha língua materna. Espero que a série protagonizada pelo Inspector Van Veeteren seja bem aceite em terras lusas.
Pessoalmente, sendo uma fã acérrima de novelas criminais nórdicas, considero que O Olhar da Mente é um típico policial, tornando-se mais especial devido ao ambiente onde está inserido (que posso fazer? Eu e o meu fascínio pela Escandinávia...).
Começa por um invulgar crime: uma mulher afogada na própria banheira. O marido confuso, sem qualquer lembrança da noite passada, recaindo sobre ele as suspeitas de ter assassinado Eva. Rapidamente se instala a dúvida sobre a sanidade mental do professor de História, Janek Mitter, ainda que este afiance a sua inocência.
Dada a natureza incomum deste crime, senti-me, desde o primeiro instante, bastante intrigada com este homicídio, interesse que foi intensificando com o decorrer da leitura. Não esperava um acontecimento em particular, que redobrou a minha curiosidade em conhecer o desenlace deste quebra-cabeças.
Creio que, além da história, um outro aspecto digno de realce é o cenário. Apesar da trama se situar num local idealizado pelo autor, pareceu-me que a cidade de Maardam poderia bem existir. O autor descreve, com mestria, a localização das variadas instituições onde decorrem os inquéritos e pareceram-me bastante verosímeis. À semelhança de outros policiais nórdicos que atiçam a vontade (pelo menos, a título pessoal), em conhecer as cidades que servem de cenário, tive exactamente a mesma percepção com Maardam.
Não posso deixar de tecer algumas considerações sobre o invulgar inspector Van Veeteren. Este destaca-se devido à sua personalidade inconstante, é rabugento, fruto de um casamento falhado e tece, na grande maioria das vezes, alguns comentários sarcásticos.
O desenvolvimento da trama, a meu ver e como afirmei anteriormente, é intrigante contudo desconfiei de uma personagem que estava ligada ao sucedido. Não obstante reconhecer que existe alguma complexidade em torno desta estranha morte, aquela ligação das personagens torna-se, a meu ver, algo óbvia.
Em suma, gostei de revisitar a Suécia, ainda que a cidade em questão seja imaginária. O Olhar da Mente apresenta um homicídio bastante particular com um desenvolvimento muito satisfatório. Gostei de conhecer o inspector Van Veeteren e apreciaria ler mais casos desvendados por este.
Eu também adoro os policiais nórdicos. Tenho dois autores favoritos: Jo Nesbo e Lars Keppler (esse é o pseudônimo de um casa sueco que escreve juntos de forma magistral. Pelo seu blog já percebi que vc leu inúmeras obras desses autores. O que me faz escrever este comentário e que os autores que li, têm suas tramas nas capitais. Então quando uma trama é no interior, eu uso o google imagens. Mas como essa cidade não exite, eu gostaria de solicitar-lhe que, se souber, me passe o nome de um cidade similar a Maardam. Para mim é importante eu conseguir imaginar os cenários do livro. Mesmo que descritos é muito difícil imaginar porque nunca fui em nenhum país nórdico.
ResponderEliminarOlá livrospoliciais_viagens, já percebemos que temos inúmeros gostos em comum. O que me pede, infelizmente, não sei como fazê-lo pois só fui à Suécia uma vez, estive lá cerca de 24h numa ilha em Sandhamn, pelo que não consigo fazer o exercício que me pede. Maardam é um local imaginário e, como tal, o autor descreveu-a como imaginou. Eu simplesmente deixo-me levar pelas descrições dos autores. Em norma, os autores nórdicos também descrevem os locais de forma exímia, de forma a que nos transportem para as suas tramas. Um beijinho e boas leituras
Eliminar