segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dan Buthler & Dag Öhrlund - Mord.Net [Divulgação Editorial Presença]




Data de Publicação: 2 Outubro 2012


Título Original: Mord.Net
Tradução: Gonçalo Gama Pinto
Páginas: 432
Preço sem IVA: 18,60€/ Preço com IVA: 19,50€
ISBN: 9789722347341

ROMANCE DE ESTREIA
45.000 EXEMPLARES VENDIDOS NA SUÉCIA
(edição em papel e audiolivro)

  • Direitos de tradução vendidos para os seguintes países: Alemanha, Dinamarca, Noruega e Islândia;
  • Direitos audiovisuais adquiridos pela Hollywood Gang Productions, que produziu Shuter Island, de Martin Scorcese, com Leonardo de Caprio e Everybody is Fine de Robert de Niro.    
Que aconteceria se alguém encontrasse a fórmula do crime perfeito? Nenhuma testemunha, nenhum motivo, nenhum vestígio do autor. As forças policiais de todo o mundo veem-se intrigadas quando diversos homicídios inexplicáveis, aparentemente sem ligação entre si, se sucedem um pouco por todo o globo sem deixar quaisquer pistas que possam seguir. Cada vez mais impotentes face à escalada de violência, os detetives cruzam os poucos dados de que dispõem e descobrem que o crime organizado ligado à máfia russa poderá ser responsável por estes acontecimentos. Mas conseguirão travá-los?
 
Sobre os autores: 
Dan Buthler nasceu em 1965 em Rønne, na Dinamarca. Licenciou-se em Economia e define como seus principais interesses o marketing e a internet. Trabalhou como business developer para o Dagens Byheter, o maior jornal matutino da Suécia, e foi também consultor.

Dag Öhrlund, sueco, é jornalista há 35 anos, fotógrafo e escritor. Os seus trabalhos estão publicados em mais de 150 revistas, em mais de 20 países. Dá ainda palestras sobre escrita, bem-estar e segurança tecnológica, em escolas, empresas e organizações.


Eric Giacometti & Jacques Ravenne - O Ritual da Sombra [Opinião]

Eric Giacometti e Jacques Ravenne são um verdadeiro sucesso em literatura na França. Um afamado thriller que assim suscitou o meu interesse desde que tive conhecimento que a editora Publicações Europa América iria publicá-lo.

Sophie Dawes, uma arquivista do Grande Oriente, é assassinada numa festa na embaixada francesa, cumprindo um ritual que evoca a morte do fundador da Maçonaria, Hiram. Nessa noite, em Jerusalém, no Instituto de Estudos Arqueologicos, Marek, um arqueólogo que possui uma enigmática pedra gravada, morre de forma semelhante.

A trama desenvolve-se a partir da investigação destes homicídios que têm um fio condutor denotado pela semelhança dos crimes bem como a existência de uma organização, a Sociedade Thule, que opõe-se à Maçonaria. 
E por falar nesta... Quem melhor do que um mação para descrever ritos relacionados com a Maçonaria. Pois os rituais estão de facto extremamente bem caracterizados, satisfazendo quem, como eu, acha estimulante a leitura sobre a temática de organizações secretas. Explicação para tal? O próprio do Jacques Ravenne, por intermédio de um pseudónimo, é mação, tendo chegado ao grau de Mestre no Rito Francês. Por outro lado, Giacometti, um jornalista que terá investigado a Maçonaria nos anos 90. Dois entendedores da supra referida organização secreta que mantêm assim, uma base real na trama fictícia.

Algumas ilustrações alusivas ao tema bem como breves instruções para o terceiro grau simbólico de Mestre no rito maçónico intensificam a seriedade da temática a ser debatida, ainda que por meio ficcional.
A Maçonaria tem um impacto tão forte que os autores propõem como protagonista o comissário Antoine Marcas, ele próprio mação, desvendando uma panóplia de costumes maçónicos, outrora considerados como ocultos e respondendo discretamente às perguntas que possamos achar intrusivas no âmbito do tema.
Um glossário maçónico consta do anexo, por exemplo, afim de desmistificar termos que poderão ser confusos para o leitor no decorrer das páginas d´O Ritual da Sombra.

Achei as personagens pouco estereotipadas. Nunca encontrei na literatura um personagem que fosse assumidamente mação, com um carácter importante na resolução dos vários crimes como é o cargo de comissário. Sem explicações sobre se tal cargo terá sido uma influência de favores dentro da Maçonaria, claro está.
Restringindo as características ao indispensável, este tem uma relação extremamente interessante com Jade Zewinski, responsável pela segurança da embaixada, cenário da morte de Dawes.

Este foi para mim um critério que aliado às sucessivas mortes, tornaram o enredo aliciante. Certo é que tantos momentos de acção também os há, mais parados. Numa outra perspectiva, o autor cria um fundo histórico, nomeadamente a Segunda Guerra Mundial, encadeando com a acção na corrente actualidade.

Uma parelha improvável de autores que resultou num livro extremamente interessante expresso numa escrita inteligente e simbólica. Embora seja um livro aclamado como semelhante ao Código Da Vinci, achei-o diferente dos thrillers que tenho lido ultimamente.
Congratulo a editora Publicações Europa América pela publicação deste livro! Gostei e recomendo! 



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

John Katzenbach - O Psicanalista [Opinião]

Terminei ontem este livro brilhante que me cativou verdadeiramente de uma forma que poucos o fizeram. E passo desde já a explicar porquê neste post.

No seu 53º aniversário, o psicanalista Frederick Starks recebe uma missiva: se em duas semanas, este não adivinhar a identidade de Rumplestiltskin, um a um, dos seus entes queridos familiares morre e no limite, Ricky é obrigado a cometer suicídio. Ricky é obrigado então, a incorrer numa verdadeira luta contra o tempo e rever o seu passado para se manter vivo neste jogo macabro.

Este é o mote de um livro com um rápido arranque que desde cedo desperta curiosidade e ânsia em percorrer as várias páginas do livro. E mais, este é de facto, um livro extremamente inteligente. Desde os enigmas que Rumplestiltskin lança a Ricky mesmo na fantástica tradução para português (e com isto congratulo a Editora Esfera dos Livros, que manteve o texto em verso, não perdendo contudo, a essência da mensagem que Rumplestiltskin quis transmitir). E desta forma, toda a acção tem um encadeamento muito inesperado, ágil, cheio de acção e muitas, mas muitas reviravoltas e como não podia deixar de ser, muito enigmático.

Ricky, o nosso protagonista, conhece melhor que ninguém todos os mecanismos complexos da mente humana, tais eram os incontáveis pacientes que se deitavam no divã diante si, terá ele próprio que lidar com a pressão e a destruição faseada da sua própria vida. Um personagem que sem dúvida, alcança uma brilhante evolução e à medida que o jogo avança. ele próprio confude-se quase como um vilão, ripostando contra Rumplestiltskin. E este é sem dúvida, um dos melhores vilões que encontrei na literatura: extremamente inteligente, vingativo, complexo. As provações a que submete Ricky assim o demonstram. 
E mais, é desafiante descodificar as mensagens de texto que Rumplestiltskin deixa, associando-as à realidade num requintado registo freudiano. E claro, uma personagem tão forte como ele (e de nome tão simbólico, uma vez que Rumplestiltskin é uma personagem criada pelos irmãos Grimm nos seus famigerados contos) cuja identidade deixará o leitor simplesmente rendido.
A trama conta ainda com uma participação activa de Merlin e Virgil, aliados de Rumplestiltskin, cujas motivações serão também um enigma.

Se por um lado, a história assenta numa base psicológica muito intensa, então diria que esta entrelaça-se sobretudo no poder da vingança, que pode ser, em alguns casos, verdadeiramente exacerbado, acarretando consequências que poderão mudar todo o rumo de uma vida. E ao falar de sentimentos tão fortes, muita da história assenta na base da psicanálise, um dos ramos da psicologia, uma ciência que acho deveras interessante.

Por isso, o autor insiste muito em pormenores, detalhes estes que se focam muito em sentimentos. E conseguimos sentir o pânico, a confusão e moldagem da personalidade de Ricky face aos desafios de Rumplestiltskin, trespassando talvez este turbilhão de emoções para o leitor que avidamente lê página após página, de forma a responder às mesmas perguntas que são colocadas a Ricky.

O único senão que encontro é o facto de O Psicanalista ser um livro de capa dura, com o tamanho standard, não sendo muito fácil de transportar para quem, como eu, lê muito fora de casa. E por experiência própria, quem opta por ler este em casa e um outro no exterior, o Psicanalista, história desafiante como é, leva a sua avante, e torna-se a leitura número 1.

Com isto, gostaria que sublinhar que John Katzenbach é um grande contador de histórias. O autor acaba de ter mais um livro publicado em português, com o nome O Professor, sob a chancela da editora Edições Esgotadas, o qual muito me desperta vontade em ler.

Em suma, O Psicanalista é um excelente thriller que junta a acção de uma história intrincada aos já complexos mecanismos da psicologia e comportamentos humanos num plano literalmente perverso. Um livro que recomendo. Decididamente, um dos melhores e mais desafiantes que li em 2012.



segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sophie Hannah - Intimidade Perigosa [Opinião]

Intimidade Perigosa é o segundo livro publicado em português da britânica Sophie Hannah. Sucede a O Pesadelo de Alice, que tive oportunidade de ler à uns anos (ainda o blog não existia), tendo sido uma leitura até bastante agradável no que concerne ao género de thriller psicológico.

Intimidade Perigosa é a história de Naomi Jenkins. Ela tem como actividade profissional, a criação de relógios de sol mas no campo pessoal é menos sucedida. Afinal de contas, Naomi tem um amante, Robert Haworth, um homem casado que se encontra com ela apenas às quintas feiras, três horas.
Uma certa quinta feira, Robert não aparece e Naomi fica apoquentada, recorrendo à polícia, dizendo que algo de mal aconteceu ao amante. Afinal de contas, na pior das hipóteses, este terá sido morto... pela própria mulher.

Este é um típico pesado thriller psicológico, onde é debatido uma temática difícil de digerir: a violação. E se por si, a violação já é algo traumático, a autora intensifica o acontecimento com pormenores macabros quase como a tão conhecida cena do filme Eyes Wide Shut, focando-se em violações em grupo, homens com mascarilha, cenários incomuns. E como dar um toque ainda mais dramático? Através da dupla narração do livro, em que há um narrador directamente participante, a própria da Naomi, em contraponto com um narrador na terceira pessoa.
Mas Intimidade Perigosa vai além disso. É uma verdadeira reflexão sobre as várias relações humanas e a dissecação da complexidade das mesmas.

Particularmente gostei da história mas a autora prende-se com pormenores que pouco adiantam ao enredo, explicando as extensas 400 e poucas páginas do romance psicológico. Salvam-se as constantes reviravoltas e a brilhante caracterização das personagens, embora claramente Naomi não tenha um perfil de quem tenha sido violada. É demasiado forte e resiliente face ao meio que se encontra, o que se torna invulgar. 
Logo por aí desconfio. Aliás, não seja este um thriller psicológico, onde cada segredo é dissecado com algumas revelações surpreendentes à mistura num timing adequado. 

Devo confessar que o primeiro contacto que tive com este livro não foi o melhor. Achei o início do livro demasiado parado e só após algumas recomendações é que voltei a insistir no mesmo.
Embora tenha achado que o livro tem muitos momentos mortos, não desgostei da história de todo. É uma história com potencial e tem todos os ingredientes necessários para que o leitor se deixe levar, nomeadamente mistério e revelações surpreendentes. E claro, a carga emocional das personagens. Afinal de contas, estamos assombrados com algumas dúvidas: estará Naomi a mentir? O que terá de facto acontecido a Robert? E porque Juliet, a esposa de Robert, conhece tão bem Naomi se ninguém sabia do caso? E todas as pontas soltas são explicadas num desfecho lógico. Sim, lógico. Não diria surpreendente pois à medida que a narrativa toma forma, é quase expectável o que acontece nas páginas finais do livro.

Por ter lido o romance anterior da autora à uns tempos, também não me recordo exactamente se tem algum fio condutor, nomeadamente nas personagens das entidades policiais. No Goodreads, Intimidade Perigosa é catalogado como o segundo da saga Spilling CID, o que remete para a grande probabilidade de haver um encadeamento (pelo menos das personagens).
É certo que a autora elabora um grande perfil, com grande foco em Charlie Zalier. Esta mostra uma preocupação desmesurada com Olivia, a sua irmã, sentimento que terá quase certamente explicação em O Pesadelo de Alice.
Ainda assim, as histórias são perfeitamente independentes, podendo-se ler Intimidade Perigosa sem se ter lido previamente O Pesadelo de Alice.

Para me certificar se gosto realmente da autora precisaria possivelmente de ler um terceiro livro da autora, o que infelizmente, penso que não será possível, pelo menos a curto prazo. É que Sophie Hannah é mais uma das publicadas pela extinta GÓTICA e até à data desconheço se as actuais editoras apostarão na autora.
Apesar de não me ter enchido as medidas por completo, Intimidade Perigosa é um livro interessante que recomendo aos fãs do género.

Van Curtt - Tabuleiro [Divulgação de autor]

Do Brasil, vem este thriller psicológico que me parece ser extremamente interessante... ora espreitem lá a sinopse. Fico à espera que seja publicado em Portugal.

Sinopse: Denso, ágil, profundo e ético, o Tabuleiro é um thriller psicológico muito além da criminologia: também é uma fábula romântica. Óbvio acusar um cidadão albino, adotivo e disposto ao suicídio de ter assassinado uma mulher que o chacoteou, ainda pelo encontrar de uma luva idêntica a que ele calçava quando clicado por uma jornalista, enquanto discutia com a vítima. Mas, e sobre aquela que ele dizia ter apreço? Sua primeira confidente fora encontrada sem os globos oculares, acompanhada por outro cadáver masculino, enunciando sua autoria. A mídia não dizia tudo sobre os atos, e os submissos da imprensa se dividiam em dois grupos pelo período eleitoral: os que acusavam o governo de descaso, e outros que apoiavam a reeleição de Hermes com matérias floreadas, mas a ABIN ainda exigia explicações. Quando o jornalista da CN se une a estatística de nove assassinados no Tabuleiro, trás consigo a evidência de uma rede de conspiração política, que pode mudar o rumo da corrida à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Resta agora, apenas o êxtase pela vitória e o desejo de manter-se vivo. 

Podem ler o primeiro capítulo aqui.
 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Lisa Gardner - Minha Até à Morte [Opinião]

Ter lido Diz Adeus de Lisa Gardner no mês passado deu-me a certeza que iria continuar a ler as restantes obras da autora. Desta forma, foi com muitas expectativas que escolhi Minha Até à Morte, o primeiro da saga protagonizada pelo agente especial do FBI Pierce Quincy e Rainie Connor, uma agente da polícia.

Tess é muito jovem quando se casa com o polícia Jim Beckett, descobrindo que este é na realidade um controlador, maníaco, abusivo, psicopata (só qualidades, portanto!). Mas esta é uma faceta que apenas Tess conhece, sendo um policia socialmente bem aceite na comunidade onde vive. Mas Tess consegue denunciar o role de abusos e Jim é preso. Quatro anos depois, consegue evadir-se da prisão, com um enorme desejo de vingança. É então que Tess, sob uma entidade falsa, pede ajuda a um ex mercenário solitário, J.T. Este tem vários problemas associados ao álcool que derivam da sua condição social e da vida quase eremita que este leva.

Esta é, à semelhança de Diz Adeus e O Vizinho, uma história extremamente envolvente. A autora prima pela descrição dura dos vários maus tratos a que Tess é submetida, ultrapassando a barreira da ficção/realidade. Afinal de contas, Jim é uma personagem deveras bem caracterizada e acima de tudo credível, pois infelizmente violência doméstica é uma temática controversa mas até frequente na sociedade actual.

Apesar de suscitar uma história de amor entre uma personagem tão fragilizada como Tess e outra tão carente e isolada como J.T., a relação remete sobretudo para a aprendizagem da confiança e da auto estima que tão bem é retratada ao percorrer as páginas do livro. Contudo, esta relação é igualmente munida por uma carga sexual e uma sensualidade muito fincadas. Existem algumas passagens mais sexuais, que talvez se enquadram mais num género de romance sensual, subtilmente narradas, dentro de uma voluptuosidade que eu própria desconhecia da autora. Afinal de contas, O Vizinho e Diz Adeus, são livros que integralmente pertencem ao género de thriller.
A par, J.T. tenta estabelecer laços mais fortes com a sua irmã. Estes estão fragilizados devido a fantasmas do passado e que, a pouco e pouco, voltam para desorientar Marion. Daí que este livro tenha uma carga emocional particularmente forte, debatendo não só questões do foro romântico como fraternal.

Apesar de ser, como já referi anteriormente, o primeiro livro da saga de Rainie & Quincy, a primeira personagem não participa no livro. Sei de antemão que irá relacionar-se com Quincy num livro posterior. Resta-me portanto ler o resto da saga e os livros de Lisa Gardner estão todos na estante a aguardar a sua vez, que será para breve. 
Já Quincy tem um papel muito ligeiro na investigação e na caça ao homem a Jim Beckett. Afinal de contas, passa a ser este o enfoque de toda a acção, tendo como pano de fundo os planos e o treino a que se submete Tess para se defender do ex-marido. Portanto, em relação ao enredo, achei-o bastante simples e até algo básico. A envolvência da história dá-se através da forma como são apresentadas as personagens bem como os sentimentos que elas transmitem ao leitor. E claro, à adrenalina que se faz sentir através da sede de vingança de Jim e o sentimento de posse não só em relação a Tess mas sobretudo para com a filha de ambos, Samantha. E claro, tal sentimento tão poderoso vem provocar um número de homicídios, que não sendo propriamente dentro do chocante, as suas descrições estão dignas e repletas de emoções fortes.

Inquestionavelmente Lisa Gardner tornou-se uma das minhas autoras de eleição, prometendo tramas bem arquitectadas e emocionantes, fazendo com que cada livro seja um momento de leitura compulsiva e impressionante. Minha até à Morte está longe de ser o meu favorito da autora (e tendo em conta que com este livro, perfazem três os que li de Gardner), mas que, por tudo que anteriormente referi, proporcionou um bom momento de leitura. Gostei e recomendo!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

John Katzenbach - O Professor [Divulgação Editorial Edições Esgotadas]

Sob a chancela das Edições Esgotadas, o Professor promete ser um excelente thriller.

Sinopse:
O Professor é o último bestseller de um dos maiores escritores de suspense da atualidade, John Katzenbach, autor que conta, no seu currículo, com quase 1 milhão de livros vendidos em todo o mundo. Passado numa pequena cidade universitária a oeste de Massachusetts, o impressionante e emocionante thriller de John Katzenbach - O Professor - aborda temas como a demência, as angústias dos adolescentes, as redes de pedofilia, a perversidade sexual e o voyeurismo na Internet. Depois de receber um diagnóstico de demência degenerativa, uma sentença de morte lenta, mas inevitável, Adrian Thomas, um professor reformado de psicologia, testemunha o rapto de uma jovem de 16 anos.

Conheçam a página do Facebook alusiva a este livro aqui.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Spencer Quinn - O Estranho Caso da Rapariga Raptada [Opinião]

É inovadora a forma como Spencer Quinn narra aquela que é a minha estreia nas obras do autor. Afinal de contas, esta história é narrada por um cão, Chet, companheiro do detective privado Bernie Little. O Estranho Caso da Rapariga Raptada é a primeira aventura da série e conta a história da investigação de Bernie e Chet do desaparecimento de Madison, uma jovem aparentemente não problemática.

Sendo narrada por Chet, é abordada uma série de comportamentos caninos. Até porque roubar um pedaço de comida é normal bem como alçar a perna para fazer xixi nos mais diversos locais... e é com base nestas pequenas reflexões que o texto se enriquece de humor. São de facto hilariantes as considerações sobre os vários comportamentos caninos, que Chet facilmente apresenta, distinguindo a raça humana dos demais animais, menos complexos mas igualmente inteligentes e instintivos.
Contudo, as passagens em que Chet ou Bernie estão efectivamente em perigo, prendem-se mais com o suspense propriamente dito. Este factor é potenciado pela presença da máfia russa e dos actos a que se propõem para alcançar um determinado objectivo.
E claro, o próprio desaparecimento da rapariga representa o mistério, que subtilmente se adensa até ao final.
Evidentemente que o leitor está consciencializado que tanto Chet como Bernie sobrevivem em qualquer situação mais arriscada, afinal de contas este é o primeiro livro da série.

Não querendo subestimar o papel de um animal, foi bem conseguida a forma como o autor relaciona Chet a Bernie. Como tal, tanto o cão como o detective deparam-se com várias provações demonstrando o laço afectivo que caracteriza a relação entre cão e dono. Daí que achei extremamente bem conseguida a personagem de Bernie, enfatizando a dedicação para com Chet. E em relação a este, bem... as suas observações são mordazes mas que fazem todo o sentido tendo em consideração os instintos caninos. É portanto um livro, cujo narrador tem uma relação deveras empática para com o leitor, sentimento este que abrange o próprio do Bernie muito devido à já referida relação entre ambos.

Em relação à história, esta é relativamente simples, com algum mistério é certo, mas cedo se avizinha o possível destino de Madison dadas as conjunturas das personagens. Esta trama mais rapidamente se adequa num género de aventura do que propriamente um policial, não deixando de oferecer, como já anteriormente referi, a sua dose de mistério e acção.

Original e divertido, O Estranho Caso da Rapariga Raptada adequa-se perfeitamente para quem busca uma leitura rápida mas descontraída, ainda que dentro do género de um policial mais leve. Sobretudo aos amantes dos animais, adoptantes de cães ou não, irão render-se à astúcia e dedicação de Chet. É uma história típica do cão Rex ou do nosso português Max inserida contudo, num contexto mais espirituoso.
Fico curiosa em ler o restante da série.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Dean Koontz - O Marido [Opinião]

Dean Koontz é um autor muito falado hoje em dia devido à sua saga sobre Frankenstein. Embora tenha lido o primeiro livro da trilogia, gostei mas para ser sincera, o género não me fascina. Com O Marido, o autor foge do género da fantasia e incorre num thriller cheio de adrenalina que se lê num ápice. Eu por exemplo li este livro avidamente em duas tardes.

Um dos aspectos que me chamou a atenção foi a iniciativa da (extinta) editora, HF Books: os custos do livro revertiam a favor da Associação Sol. Com muita pena, não pude contribuir para este gesto tão solidário, pois este livro veio com um outro do autor, Contra o Tempo, num pack modestamente barato.

Ora posto isto, vamos então o que interessa: a capa engana sobre o conteúdo do livro, aparentando ser um romance. Estamos muito longe disso. Este é um bom thriller, onde nada é o que parece.
A única coisa que temos garantida é a forma como Mitch, um modesto jardineiro de poucos recursos, ama Holly e o que ele irá fazer quando a esposa é raptada e lhe é pedido um resgate de um valor exorbitante. Claro que Mitch não dispõe dessa quantia e fará de tudo para salvar Holly, até por a sua própria vida em risco.

Aquilo que poderia à partida ser uma história simples, sobre um rapto, complica-se quando a pouco e pouco vamos descobrindo as motivações, o que desencadeiam em várias mortes. Portanto é um livro com muita acção, muito mistério e pouquíssimos são os momentos parados. Posso dizer que a história tem uma única reviravolta, que condiciona tudo o que vem a seguir. De facto, inicialmente o autor mantem-nos na ignorância sobre este urdido rapto quando desvenda subitamente quem magistrou o plano. E aí é ler página, após página compulsivamente!

Embora seja a favor de finais felizes, este livro claramente estaria à altura de um final mais adequado pois é subtilmente sugerido que apesar de umas quantas contraordenações e outras acções desrespeituosas à lei, é possível sair-se imune. E claro, ainda que seja ficção, obviamente que não concordo.

Uma trama repleta de adrenalina cujas ilações se resumem essencialmente ao poder do amor. Esta trama dará que pensar sobretudo na forma como um ambiente disfuncional é preponderante na formação de um indivíduo, não sendo este o único factor para desvios mentais. Adorei este livro e recomendo. Dean Koontz veio mostrar-se pertinente na escrita de bons thrillers emocionantes e anseio ler mais três que tenho cá nas estantes: Contra O Tempo, Intensidade e O Olhar Oblíquo do Mal. Irei lê-los quanto antes, é certo!
Atenção fãs de Harlan Coben, encontrarão em Dean Koontz a adrenalina que vos encherá as medidas!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Marcello Simoni - O Mercador de Livros Malditos [Divulgação Editorial Clube do Autor]


Sinopse: O Mercador de Livros Malditos é uma história envolvente, marcada por intrigas, segredos ocultos durante séculos e mistérios que vão para lá do conhecimento de sábios e de alquimistas.
Ao longo das suas páginas o leitor viaja por Itália, França e Espanha no rasto do Uter Ventorum, um livro raro, desmembrado em quatro partes e protegido por intrincados enigmas que, uma vez resolvidos, permitem evocar os anjos e a sua divina sabedoria.
Armaros ensinou-lhes os feitiços; Temel, a astrologia; Kobabel, a leitura dos astros; Amezarak, as virtudes das raízes. E leva-o a questionar-se o que há de verdade, lenda, mitologia e superstição nas diferentes teorias sobre os anjos, a ousar possuir as suas capacidades, a procurar resolver as mensagens codificadas que completam o livro sagrado, a mergulhar em pleno ano de 1218 e a querer dividir com Ignazio de Toledo esta fantástica aventura medieval.

Nas livrarias a 13 de Setembro.