terça-feira, 30 de junho de 2020

Javier Castillo - O Dia em Que Perdemos o Amor [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: O Dia Em Que Perdemos o Amor é o desfecho de O Dia Em Que Perdemos A Cabeça, uma obra muito pouco consensual na medida em que apresenta opiniões díspares. Eu pessoalmente gostei da obra de estreia do autor castelhano e, neste período de compasso de espera, equacionei, por diversas vezes, quando teria a oportunidade de ler o presente título. Mal o livro chegou a casa, nem hesitei em começar a sua leitura. Já esperava por este momento há mais de um ano.

Nas páginas iniciais, o autor apresenta, em linhas gerais, os factos importantes decorrentes do primeiro livro, pelo que tive uma percepção algo incomum. Estranhamente, lembrava-me da história de O Dia em que Perdemos a Cabeça com alguma clareza, pelo que, numa análise inicial, achei que a trama estava a ser algo repetitiva. Talvez este resumo alargado tenha como intuito a possibilidade de ler este título sem recorrer ao primeiro não obstante considerar pertinente a leitura do título antecessor. Desta forma temos um maior descernimento sobre as personagens e, principalmente, dos acontecimentos novamente narrados com um maior grau de pormenor.
Este sentimento, no entanto, rapidamente se desvaneceu e consegui render-me à obra. Devo confessar, no entanto, que considerei o primeiro título mais viciante. Creio que devo atribuir esta percepção ao efeito surpresa da primeira narrativa, realçando que o presente título serve para fechar a história. Já sabia, portanto, o que iria encontrar à priori.

Agrada-me muito o estilo do autor, a escrita, num registo noir e a forma como a narrativa se desenvolve, uma vez mais, sob a forma de alternância entre personagens e momentos temporais. Como referi anteriormente, desta forma o leitor tem um conhecimento simultâneo das várias subnarrativas. Parece-me que tal estrutura funciona como um puzzle, em que lentamente montamos as peças e esperamos, com grande expectativa, o resultado final. As subnarrativas, de facto, convergem para um final inquietante e foi ao encontro das minhas expectativas.

Para uma entusiasta do universo criado por Castillo, como eu, é delicioso rever algumas das personagens que tanto me intrigaram no primeiro momento em que as conheci embora não acredite que haja um maior desenvolvimento das mesmas. Este livro visa, sobretudo, atar algumas pontas soltas decorrentes da história anterior.

Algo que preciso de salientar na presente obra foi a forma como me soou mais emotiva. Realmente, se for a atentar no título, a narrativa pretende atender mais a um lado mais obscuro do amor. 
Devo confessar que nesta leitura até apontei algumas expressões, como a inicial, que considerei particularmente impactante: "No fim do caminho descobrirás que só há duas coisas que mudam na tua vida: o amor, porque a melhora e a morte, porque a termina". Note-se que não costumo, por norma, apontar passagens que considere mais inspiradoras pois, convenhamos, um thriller não atende muito a este estilo. Por consequente, não me recordo de fazer um levantamento de expressões aquando a leitura da primeira parte da história e dei por mim a fazê-lo agora.

Para quem é fã do autor, como é o meu caso, creio que a presente obra, estando na linha do livro antecessor, será de agrado geral. Como referi anteriormente, nem todos os leitores apreciaram o primeiro título, pelo que, creio, os mais descrentes não encontrarão, nesta narrativa, a sua redenção visto que estamos perante uma sequência da primeira obra.

Portanto e em suma, foi com bastante prazer que revi este autor cuja história, minha opinião, é munida de uma originalidade ímpar. Pretendo acompanhar as suas futuras obras, esperando, portanto, que estas sejam publicadas no nosso país. 


Joël Dicker - O Enigma do Quarto 622 [Divulgação Suma de Letras]


Data de publicação: 30 Junho 2020

               Título Original: L'Énigme de la Chambre 622
               Tradução: José Mário Silva
               Preço com IVA: 22,00€
               Páginas: 624
               ISBN: 9789897840357

Sinopse: Numa noite de Dezembro, um cadáver jaz no chão do quarto 622 do Palace de Verbier, um luxuoso hotel nos Alpes suíços. A morte misteriosa ocorre em plena festa anual de um prestigiado banco suíço, nas vésperas da nomeação do seu presidente. A investigação policial nada conclui e a passagem do tempo leva a que o caso seja praticamente esquecido.
Quinze anos mais tarde, o escritor Joël Dicker hospeda-se nesse mesmo hotel para recuperar de um desgosto amoroso e para fazer o luto do seu estimado editor. Ao dar entrada no hotel para o que esperava ser uns dias de tranquilidade e inspiração, não imaginava que acabaria a investigar esse crime do passado. Não o fará sozinho: Scarlett, uma bela mulher hospedada no quarto ao lado do seu, acompanhá-lo-á na resolução do mistério, ao mesmo tempo que vai decifrando a receita para escrever um bom livro.
O que aconteceu naquela noite de Inverno no Palace de Verbier? Que crime terrível teve lugar no quarto 622? E porquê? Estas são as perguntas-chave deste thriller veloz, construído com a habitual mestria de Joël Dicker, que pela primeira vez nos leva ao seu país para narrar uma história surpreendente. Um triângulo amoroso, jogos de poder, traição e inveja – nada falta a esta intriga magnética, em que a verdade é muito diferente do que imaginávamos.

Sobre o autor: Joël Dicker nasceu em Genève, Suíça, em 1985. Estreou-se na literatura com Os últimos dias dos nossos pais (Alfaguara, 2014). Mas foi a publicação do segundo romance que fez dele um fenómeno literário global: A verdade sobre o caso Harry Quebert (Alfaguara, 2013) foi publicado em trinta e três países, vendeu mais de quatro milhões de exemplares e venceu o prémio de melhor romance da Academia Francesa de Letras, o Prix Goncourt des Lycéens e o prémio da revista Lire para melhor romance em língua francesa.
Seguiu-se, em 2016, O Livro dos Baltimore e, em 2018, O desaparecimento de Stephanie Mailer. O mistério do quarto 622 é o seu quinto romance e confirma a mestria de Dicker no género do mistério literário.


segunda-feira, 29 de junho de 2020

Rachel Abbott - O Jogo do Crime [Divulgação TopSeller]


Data de publicação: 29 Junho 2020

               Título Original:
               Tradução:
               Preço com IVA: 18,79€
               Páginas: 336
               ISBN: 9789895640560

Sinopse: Os velhos amigos são assim…
Nunca nos deixam esquecer o passado.
Há precisamente um ano, todos nos reunimos para o casamento do nosso amigo Lucas, na sua luxuosa casa com vista para o mar, na Cornualha. Mas ninguém se casou naquele dia, pois o corpo da irmã do Lucas deu à costa poucas horas antes do início da cerimónia.
Agora, o Lucas convidou-nos a voltar a sua casa para comemorar. Mas comemorar o quê? O casamento que nunca aconteceu? Ou a terrível tragédia que todos queremos esquecer?
Ele disse-nos que tinha um jogo planeado. Que nos fará reviver tudo o que se passou há um ano. Chama-se O Jogo do Crime. Mas o que quer o Lucas de nós? O que nos estará a esconder? E o que nos irá acontecer quando este jogo doentio acabar?
Todos têm de jogar. E ninguém está a salvo.

Sobre o autor: Rachel Abbott viveu durante a infância no Norte de Inglaterra e trabalhou durante muitos anos numa empresa de media. Foi aí que ganhou o gosto pela escrita, escrevendo todos os dias vários tipos de conteúdo, desde manuais de utilização até copy. Mas foi ao escrever guiões interativos para jogos de Cluedo que verdadeiramente se apaixonou por escrever.
Os seus livros já venderam para cima de três milhões de exemplares e todos foram bestsellers da Amazon.

Imprensa
«Rachel Abbott é a rainha do thriller imprevisível.» 
Daily Express
 
«Sombrio e de leitura compulsiva.» 
The Times

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Ragnar Jónasson - A Escuridão [Opinião]



Sinopse: AQUI

Opinião: Estou em falta para com o autor islandês. Li apenas o primeiro livro protagonizado por Ari Thor, Neve Cega, um policial com um estilo muito similar ao de Agatha Christie, numa linha mais clássica: o protagonista recorre ao raciocínio e a lógica para deslindar o crime.

O que mais me cativou no presente título, A Escuridão, foi a protagonista, Hulda. A inspectora, no final de carreira e pressionada a abandonar a investigação, fez-me lembrar, de certa forma, a Jessica Fletcher de Crime Disse Ela. Confesso que não tenho bem presente a experiência de vida da personagem da série dos anos 80 pelo que Hulda cria uma inevitável empatia com o leitor devido não só à sua reticência em sair da polícia e dedicar-se ao trabalho apesar da sua idade, bem como o seu passado.

Hulda Hermannsdóttir é realmente muito especial. É viúva e não tem problemas de assumir que se sente só, que procura alguém com quem partilhar os momentos da sua vida. A pouco e pouco vai desvendando certos aspectos familiares e aí apercebi-me o quão se adequava o título do livro. A interacção dela com os colegas é convidativa a reflectir sobre o preconceito que existe sobre as pessoas mais velhas que se querem manter profissionalmente activas.
Confesso que, em certo momentos, já dava por mim curiosa em saber mais pormenores sobre Hulda, a ponto da minha afeição pela personagem ser tão intensa quanto o interesse que tinha sobre o crime.

Tenho um certo fascínio pela Islândia. Já no livro antecessor do autor, senti-me a viajar para a ilha, tal o grau de pormenor na descrição do país, um cunho muito pessoal do autor. Voltei a ter a mesma percepção nesta leitura e instalou-se, novamente, a vontade de viajar até lá.

No que concerne ao caso criminal, este assenta sobre o homicídio de uma mulher russa que estava clandestinamente na Islândia e aparece morta em circunstâncias suspeitas.
Sendo uma mulher estangeira, o crime começa por não ter uma atenção devida contudo, os indícios de tráfico de mulheres e máfias de leste envolvidas na exploração sexual das mesmas fazem com que este homicídio comece a ser levado mais a sério. Apesar do desenvolvimento da investigação ter contornos interessantes, não creio que sejam inteiramente originais.

Reitero que o especial da obra, para mim, recai sobre a protagonista e, acima de tudo, como este título, o primeiro da série, termina. É absolutamente chocante e inovador o desfecho que o autor nos propõe para A Escuridão, fazendo-me ansiar pela leitura do próximo livro da série, que entretanto já foi publicado por cá, A Ilha.

Não poderei estender-me sobre pormenores, afim de não dar qualquer spoiler, mas esta narrativa tem uma particularidade que nunca vi em nenhuma outra série, destacando-a das demais e dando um toque de originalidade e até de grande genialidade. 

Em suma, ainda que não tenha lido a série anterior na íntegra, atrevo-me a dizer que esta nova, protagonizada pela personagem feminina, supera a saga anterior do autor. A protagonista é mais carismática, o desfecho da trama é arrebatador e estou genuinamente curiosa em perceber o desenvolvimento da série, ainda que já tenha algumas teorias sobre como a mesma se desenrola, entretanto já confirmadas pelos leitores do novo livro.
Para os entusiastas de países escandinavos, este autor é mesmo a ter em conta!


terça-feira, 23 de junho de 2020

Niklas Natt Och Dag - 1794 [Divulgação Suma de Letras]



Data de publicação: 23 Junho 2020

               Título Original: 1794
               Tradução:
               Preço com IVA: 19,90€
               Páginas: 494
               ISBN: 9789897840524

Sinopse: 1794, Estocolmo. Uma mãe chora a filha brutalmente assassinada na noite de núpcias.
Desesperada, sem ninguém que atenda o seu pedido, acaba por bater à porta do vigia com um só braço e que chora amargamente a morte do amigo. No hospital de Danviken, nos arredores da cidade, um jovem nobre é atormentado pelo crime repugnante que cometeu. A investigação de Cardell leva-o de novo ao abismo de Estocolmo e à descoberta de que a cidade está mais perversa e perigosa do que nunca.
Neste novo episódio, o leitor reúne-se com Mickel Cardell e Anna Stina Knapp no seu mundo barulhento e depravado, onde o que fica do esplendor gustaviano está prestes a entrar em colapso. Estocolmo verá os seus dias tornarem-se mais sombrios e o antigo esplendor dará lugar à escuridão escondida nos cantos e recantos da corrupta cidade.

Sobre o autor: Niklas Natt och Dag (n. 1979) estreia-se como autor com o thriller histórico 1793. Tem uma inegável ligação com a história sueca, sendo membro da mais antiga família nobre da Suécia. Quando não está a escrever ou a ler, gosta de tocar violão, bandolim, violino ou flauta de bambu japonesa, a shakuhachi.
Vive em Estocolmo com a esposa e os dois filhos.

Imprensa
«Extremo e extremamente bom.»
Dagens Nyheter

«A prosa inigualável deste romance transportará o leitor para uma época completamente diferente, mas muito tangível. E a história, embora seja uma das mais vis que li, é totalmente irresistível.»
Vi Läser

«1794 é um retrato maravilhosamente misantropo sobre o sofrimento de uma Estocolmo violenta.»
BJT

«Niklas Natt och Dag encanta os leitores com a sua representação do século XVIII. O que faz o leitor continuar a ler é a história moral no mundo moralmente decadente que o autor retrata. No meio de toda aquela escuridão, resta uma trémula luz para o guiar.»
Gefle Dagblad

«Como aconteceu com o seu romance de estreia, em 1794, o leitor é imediatamente absorvido pelo enredo habilmente construído.»
Göteborgs-Posten


Brigitte Aubert - A Morte da Branca de Neve [Opinião]


Sinopse: Não há nada de comum entre Léonard “Chib” Moreno – um bastardo filho de um qualquer marinheiro desconhecido – e Jean-Hugues e Blanche Andrieu, um casal da alta burguesia católica e financeira. Nada, a não ser o corpo da jovem Elilou, que ele tem de embalsamar. O jovem Léonard – embalsamador de profissão – sofre o estigma de ser fruto da violação da mãe por um qualquer marinheiro desconhecido. Felizmente para a sua saúde mental, o seu melhor amigo, Gregory, sai frequentemente com ele para o distrair. Tudo corre bem até ao dia em que uma certa Blanche Andrieu lhe pede para embalsamar a filha, Elilou, cujo corpo tenciona expor na sua capela privada. Ainda que reticente, Léonard acaba por aceitar a proposta, mas, ao proceder ao embalsamamento, apercebe-se de que a menina fora sem dúvida vítima de abusos. Intrigado, interroga-se e, seduzido por aquela mãe terrivelmente desequilibrada, inicia uma investigação onde o horror e a incompreensão de um meio estranho são uma presença constante.

Opinião: Sou fã acérrima das produções cinematográficas francesas. Escolho escrupulosamente os filmes que vejo, na sua grande maioria, de terror e no que concerne aos oriundos de França, nenhum me defraudou. Já na literatura assumo-me mais inexperiente: só conheço o Jean Christophe Grangé, Pierre Lemaitre e recentemente, Maxime Chattam. Gosto dos quatro autores e acabei de acrescentar à minha lista, Brigitte Aubert.

Esta leitura não foi programada. Foi um desafio de leitura conjunta a que me propus sem pensar. E que livro! Foi uma verdadeira surpresa! Tenho gostado de descobrir os livros esquecidos na estante que mostram ter qualidade ímpar. Confesso que estou sempre tão deslumbrada pelas novidades editoriais que me esqueço de enveredar por verdadeiras pérolas literárias que estão já na minha estante.

Quando iniciei a sua leitura não sabia grande coisa sobre a obra, afinal de contas, esta consta na já extinta colecção da Asa, Noites Brancas e caiu em esquecimento. Reitero o que tenho afirmado ultimamente sobre edições esgotadas, também este livro é digno de uma reedição.

É uma obra escura e pesada que tem como protagonista um taxidermista. Acaba, desta forma, por ser um thriller muito sui generis por não ser protagonizado por uma personagem directamente ligada às forças policiais ou à investigação criminal.

Fiquei rendida logo nas primeiras páginas, altura em que ele está na sua actividade profissional, no processo de embalsamamento de uma pessoa e vai relatando o procedimento. Apesar das tiradas de cariz mais humorístico por parte de Chib. que acabam por desanuviar um pouco do ambiente mais pesado pois a narrativa possui várias passagens marcadas pela violência explícita de alguns acontecimentos. Sou fã de tramas de natureza mais mórbida mas compreendo que a história possa ser demasiado tensa para leitores mais susceptíveis: a trama centra-se no taxidermista quando este se envolve num trabalho de embalsamamento de uma criança, o que é, a meu ver, bastante controverso.

A história aborda alguns aspectos sobre estes procedimentos no Antigo Egipto, que eram bastante comuns e que acabaram por se tornar obsoletos nos dias de hoje. No entanto, como aficionada da cultura que sou, achei particularmente interessante que o processo tenha sido mencionado, ainda que por breve instantes.

Quando Chib conhece os familiares de Elilou, ficamos com a nítida sensação de que o seu nucleo familiar é disfuncional. A percepção de desconfiança começa a instalar-se, à qual sucede uma sensação de desconforto quando o taxidermista descobre sinais de abuso no corpo da menina. Fiquei perplexa com o desenvolvimento da história. Atrevo-me a dizer que estes segredos familiares são, possivelmente, os mais bizarros que alguma vez li.

Ao contrário da grande maioria dos livros, esta trama não tem um crescendo de acontecimentos. Julgo que a acção se desenvolve sempre com o mesmo interesse, alicerçada sobre alguns episódios de cariz mais chocante. Adianto, por isso, que a narrativa desperta um imediato interesse logo nas primeiras páginas e esta sensação mantém-se até ao final do livro.

Só acuso como ponto menos positivo uma dificuldade em reter o nome e identidade das personagens, o que particularmente estranhei dado que não me acontece, por exemplo, com a literatura escandinava que é mais exigente no que concerne à nomenclatura.

Em suma, ainda que A Morte da Branca de Neve não seja uma novidade, vale bem a pena ser descoberto. Lamento que seja um livro que não esteja já em circulação. Desconheço se teve um merecido destaque aquando a sua publicação mas merece ser atentado! Tenho mais alguns títulos da autora desta colecção que pretendo ler em breve.
No entanto, creio que não será um livro adequado para todos os leitores, apenas aquelas que se sintam confortáveis com alguns episódios de cariz mais chocante. Gostei mesmo muito deste título!

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Charlie Donlea - A Rapariga do Lago [Divulgação Editorial Presença]



Data de publicação: 17 Junho 2020

                Título Original: Summit Lake
                Colecção: Grandes Narrativas #733
                Tradução: Alberto Gomes
                Preço com IVA: 17,90€
                Páginas: 320
                ISBN: 9789722365352

Sinopse: AUTOR BESTSELLER INTERNACIONAL
THRILLER DE GRANDE SUCESSO NO BRASIL
Um dos livros mais vendidos no mercado brasileiro em 2019

Nenhum suspeito. Nenhum motivo aparente. Apenas uma rapariga que inesperadamente é encontrada morta. Alguns lugares parecem demasiado belos para serem tocados pelo horror. A pequena cidade de Summit Lake , aninhada nas montanhas de Blue Ridge, na Carolina do Norte, é um desses lugares. Mas, há duas semanas, Becca Eckersley, uma estudante universitária de Direito, filha de um advogado poderoso, foi aí brutalmente assassinada. A cidade está em estado de choque e a polícia não dispõe de qualquer pista relevante.
De início, a repórter de investigação Kelsey Castle pensa que este é um caso simples de resolver. No entanto, a brutalidade do crime e os esforços para o manterem longe do mediatismo prenunciam algo bastante mais sinistro do que um crime aleatório perpetrado por um estranho. À medida que Kelsey investiga, apesar dos avisos e dos perigos que surgem no horizonte, ela começa a sentir uma crescente ligação à rapariga assassinada. E quanto mais descobre sobre as amizades de Becca e a sua vida amorosa - bem como sobre os seus segredos -, mais Kelsey se convence de que reconstituir os passos da vítima poderá ajudá -la a superar o seu próprio passado sombrio...


Sobre o autor: Charlie Donlea é um autor bestseller internacional. Os seus thrillers, aclamados por todo o mundo, estão traduzidos em 12 línguas e publicados em mais de 20 países. Nasceu e cresceu em Chicago, onde vive com a mulher e os dois filhos.
Para mais informações sobre o autor: www.charliedonlea.com


Imprensa
«Um livro absolutamente assombroso.»
The New York Times

«Charlie Donlea pode vir a ser uma das mais importantes figuras no mundo do suspense.»  
Publishers Weekly

«Uma leitura impossível de interromper... Os fãs do suspense contemporâneo vão deleitar-se com esta leitura compulsiva.»
Booklist

«Um enredo enigmático, inteligente e envolvente... Para apreciadores do suspense permanente com reviravoltas surpreendentes.»
Library Journal


Para mais informações sobre o livro A Rapariga do Lago, clique aqui
Para mais informações sobre a Editorial Presença, clique aqui
 

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Lionel Shriver - Temos que Falar Sobre o Kevin [Opinião]


Sinopse: Eva nunca quis ser mãe, especialmente de Kevin, que há dois anos matou sete colegas da escola, um funcionário do bar e uma admirada professora que tentou compreendê-lo. Tudo isto dois dias antes de completar dezasseis anos, e agora o rapaz vive numa prisão temporária para jovens delinquentes. Ao contar a história do filho em cartas endereçadas ao marido, agora separado dela, Eva expõe os seus receios face à maternidade e à influência que pode ter exercido no desenvolvimento da personalidade de Kevin. Até que ponto poderá ela ser culpabilizada?

Opinião: Tão difícil quanto falar sobre o Kevin, é escrever sobre este livro e, consequentemente, sobre os sentimentos que a obra em apreço nos desperta. Creio que a sinopse é explícita, esta trama debruça-se sobre uma família que vive uma situação dramática: e complexa Kevin, o filho mais velho, foi responsável por um ataque a uma escola que vitimou uma professora e alguns colegas e está preso.

A trama acaba, desta forma, por nos ser apresentada de uma forma extremamente peculiar: ora, por um lado, o leitor tem conhecimento imediato sobre o final da obra, por outro, a narrativa apresenta uma invulgar estrutura, sob a forma de cartas da mãe, Eva, destinadas ao marido. Imediamente, a sensação que temos prende-se com a fragilidade da relação de ambos, fazendo um contraponto dos relatos iniciais, relacionados com algumas vivências com o pai de Kevin, ainda na fase de namoro, e como a relação evoluiu para o casamento. Pessoalmente, achei o início muito lento e de ritmo moroso. Estava sedenta de saber mais sobre o protagonista, Kevin, pelo que achei que o autor se perdeu nos ínfimos detalhes sobre Eva. Compreendo que estes visam enriquecer a personagem mas eu sou impaciente e queria chegar ao cerne da história. Será, portanto, uma percepção muito pessoal que se prende com o facto de eu ser entusiasta de tramas ágeis.

Estas introspecções traduzem-se num dilema que me parece ser algo comum e igualmente tabu: a decisão de uma mulher em recusar experienciar a maternidade. Pessoalmente acredito que nem todas as mulheres sintam necessidade de ter filhos muito embora haja pressão da sociedade para que isso aconteça. Eva não esconde, desde uma fase precoce da trama, que pertencia a esse grupo de mulheres.Talvez tenha sido este sentimento, embora camuflado, que tenha influenciado o Kevin a ser mau ou, simplesmente, a psicopatia já seja genética e esta revela-se desde tenra idade. Nunca saberemos e creio que o fascínio desta obra recai sobretudo a esta dúvida constante. 
Toda a história é escrita sob o ponto de vista da mãe pelo que me questionei se os factos descritos pela Eva correspondem totalmente à realidade ou se os terá exagerado. Sou sempre céptica quando ouço apenas um lado da história.

Através das cartas, Eva vai relatando alguns episódios protagonizados pelo seu filho, que vão progressivamente escalando para acontecimentos de cariz mais grave. A partir do momento em que Kevin nasce, comecei a sentir um maior interesse pela história. Não mencionei que alguns dos acontecimentos estão retratados no filme baseado nesta obra, não obstante considerar que o livro está munido de muitos mais pormenores e a história é, desta forma, ainda mais profunda. Aliás, como acontece na grande maioria das vezes que é feita uma adaptação cinematográfica a partir de um livro.

Em suma, esta obra revela uma intimidade muito peculiar. Se a trama mexeu muito comigo, que não sou mãe, acredito que a percepção de quem o seja, seja ainda mais intensa. Faz-nos questionar sobre inúmeros aspectos e, acima de tudo, merece ser atentada pois urge reflectir sobre o Kevin e aqueles que, aparentemente, são desprovidos de empatia.
Infelizmente este título está esgotado. É, portanto, digno de uma reedição!

Stephen King - Elevação [Opinião]

Sinopse: AQUI

Opinião: Elevação é uma novela - um conto mais extenso - que se lê numa penada.
Numa primeira análise, diria que esta história tem a mesma premissa de um outro do autor, "Thinner" - escrito sob o pseudónimo de Richard Bachman - alicerçando-se sobre uma desenfreada perda de peso que irá resultar, obrigatoriamente, no anulamento do mesmo. O caso é verdadeiramente bizarro porque este peso só é perceptível na balança, não sendo notado a nível físico. É este o processo pelo qual passa Scott Carey, o protagonista, habitante da cidade idealizada por Stephen King, Castle Rock.

Pessoalmente temia que as narrativas fossem demasiado semelhantes e congratulo o autor por enveredar por uma história completamente diferente da de "Thinner", ainda que com o mesmo denominador comum.

Confesso que não sou particularmente fã de contos por achar, em grosso modo, que estes são subdesenvolvidos. Apesar de não ter sentido fragilidades no enredo, tão pouco na descrição de personagens, teria apreciado que a leitura se arrastasse por mais páginas. A escrita de King é cativante e única e estou habituada que os seus livros me acompanhem por mais horas.
A história de Elevação não é de terror, e creio que já li trabalhos bem mais fascinantes do que este em apreço, uma percepção que é muito pessoal uma vez que este é o género que prefiro e que me leva a ler as obras do autor, ainda que nem todas se categorizem como horror. Ainda assim, a trama é pautada por uma carga sobrenatural, aspecto comum às narrativas de King.
Portanto, no decorrer da leitura fui estabelecendo comparações com múltiplas obras que li do autor e que tenho em grande consideração. O título em apreço poderá muito bem servir para primeira experiência do autor, se bem que rapidamente enumero algumas sugestões bem mais desafiantes.

No que concerne à presente história, centrada na perda de peso de Scott e a sua relação com duas vizinhas, lésbicas, alvo de discriminação em Castle Rock. Tal como nas diversas narrativas do autor, há uma moral que se prende, no presente caso, com a aceitação da homossexualidade. Sendo este, um dos assuntos que estão na ordem do dia, a presente história não poderia ser mais actual, com o próprio autor a tecer algumas críticas ao governo conservador de Donald Trump.

A essência da obra é, de facto, de louvar, mas devo confessar que esta leitura não me satisfez tanto quanto outros livros, a título de exemplo, A Coisa, Misery ou a trilogia do Senhor Mercedes que vão mais ao encontro do que habitualmente procuro na literatura. É, volto a reforçar, uma percepção altamente pessoal.

Em suma, Elevação é um título que se lê numa assentada mas não creio que esteja ao mesmo nível que muitos outras obras suas que li anteriormente. Vejo este título como um aperitivo: os fãs do terror sentir-se-ão como eu, impelidos a ler quanto antes um título que realmente nos arrebate.


quinta-feira, 4 de junho de 2020

Raymond Chandler - Perdeu-se Uma Mulher [Divulgação Colecção Vampiro]


Data de publicação: 4 Junho 2020

               Titulo Original: Farewell, My Lovely
               Tradução:
               Preço com IVA: 7,70€
               Páginas: 336
               ISBN: 9789897110634

Nesta história escrita em 1940, o engenho e a audácia do duro e carismático Marlowe são desafiados à medida que o detetive privado tenta deslindar um caso envolvendo tráfico de droga, joias roubadas, cartomantes e casinos ilegais. 
Em Perdeu-se Uma Mulher, a prosa corre tensa e veloz, deixando pelo caminho muitos corpos por enterrar. Assim é o quarto título de Raymond Chandler a integrar a Coleção Vampiro, depois d’ O Imenso Adeus, A Dama do Lago e À Beira do Abismo.

Sinopse: A meio de uma investigação rotineira, o destino de Philip Marlowe cruza-se com o de Moose Malloy, um ex-condenado acabado de sair da prisão, que tem uma única pretensão: descobrir o paradeiro da sua companheira Velma, uma bela ruiva, cantora em bares de Hollywood, com quem estava prestes a casar quando alguém o denunciou à polícia, oito anos atrás. Arrastado para este caso, Marlowe rapidamente verá uma busca conduzida pelo romance dar lugar a uma teia de violência e corrupção que parece estender-se ao topo da hierarquia social de Los Angeles.

Proporcionando doses generosas de ação e perigo, bem como uma oportunidade única de conhecer a faceta mais sentimental do nosso herói, esta aventura já foi adaptada por três ocasiões para o grande ecrã, bem como para os palcos e a rádio. O livro resulta da combinação de três contos — Try the Girl, Mandarin’s Jade e The Man Who Liked Dogs —, um processo recorrente no estilo de Chandler e que o próprio autor denominava de "canibalização".

Sobre o autor: Raymond Chandler nasceu em Chicago em 1888. Aos oito anos, mudou-se com a mãe para Inglaterra, regressando aos Estados Unidos em 1912. Combatente da Primeira Guerra Mundial, fixou-se depois do armistício em Los Angeles, onde desempenhou funções como administrador em empresas petrolíferas. Aos 44 anos, em 1932, perde o trabalho na sequência da Grande Depressão e, inspirado pela leitura da revista Black Mask, decide escrever a sua primeira história policial, "Blackmailers Don’t Shoot", revelada naquela publicação em 1933. À Beira do Abismo, o seu romance de estreia, é publicado em 1939, apresentando a personagem do lendário detetive privado Philip Marlowe, herói também dos outros seis livros que publicou em vida, entre os quais se destacam A Dama do Lago (1943) e O Imenso Adeus (1953). Considerado um dos fundadores da escola hard-boiled a par de Dashiell Hammett, Chandler tornou-se referência máxima da literatura policial realista, teve as suas obras repetidamente adaptadas ao cinema e a sua escrita influenciaria as convenções do género até aos dias de hoje. Faleceu a 26 de março de 1959, em La Jolla, Califórnia.


Já na coleção Vampiro:
No. 1: Os Crimes do Bispo, de S.S. Van Dine
No. 2: Vivenda Calamidade, de Ellery Queen
No. 3: O Falcão de Malta, de Dashiell Hammett
No. 4: O Imenso Adeus, de Raymond Chandler
No. 5: Picada Mortal, de Rex Stout 
No. 6: O Mistério dos Fósforos Queimados, de Ellery Queen
No. 7: A Liga dos Homens Assustados, de Rex Stout
No. 8: A Morte da Canária, de S. S. Van Dine 
No. 9: O Grande Mistério de Bow, de Israel Zangwill
No. 10. A Dama do Lago, de Raymond Chandler
No. 11. A Pista do Alfinete Novo, de Edgar Wallace
No. 12. Colheita Sangrenta, de Dashiell Hammett
No. 13. O Caso da Quinta Avenida, de Anna Katharine Green  
No. 14. O Caso Benson, de S.S. Van Dine 
No. 15. O Impostor, de E. Phillips Oppenheim
No. 16. A Chave de Cristal, de Dashiell Hammett
No. 17. O Crime do Escaravelho, de S.S. Van Dine
No. 18. O Gato de Diamantes, de Dorothy L. Sayers 
No. 19. A Quadrilha de Rubber, de Rex Stout 
No. 20. O Enigma do Sapato Holandês, de Ellery Queen
No. 21. Um Crime em Glenlitten, de E. Phillips Oppenheim
No. 22. Estrada Para A Morte, de Margery Allingham
No. 23. O Crime Exige Propaganda, de Dorothy L. Sayers 
No. 24. A Porta das Sete Chaves, de Edgar Wallace 
No. 25. O Mistério do Ataúde Grego, de Ellery Queen
No. 26. O Enigma do Casino, de S.S. Van Dine 
No. 27. Mistério em Branco, de J. Jefferson Farjeon 
No. 28. Crime na Alta-Roda, de Margery Allingham 
No. 29. O Mistério do Quarto Amarelo, de Gaston Leroux 
No. 30. À Beira do Abismo, de Raymond Chandler 
No. 31. A Fera Tem de Morrer, de Nicholas Blake 
No. 32. Dez Dias de Mistério, de Ellery Queen
No. 33. O Assassinato da Minha Tia, de Richard Hull
No. 34. A Caixa Vermelha, de Rex Stout