quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mons Kallentoft - Sangue Vermelho em Campo de Neve


É com muito gosto que acabo de ler o primeiro da nova tetralogia sueca. Apesar de ser um bom policial, apresenta uns pontos fortes e fracos que gostaria de discutir.

À semelhança do conterrâneo Stieg Larsson, este livro transmite a sensação de estarmos em plena Suécia, tais são as descrições daquele clima frio. Contudo, na minha opinião, estes autores não são comparáveis. A trilogia Millennium tem uma trama bem mais rápida do que a história que Mons Kallentoft apresenta, uma vez que o autor incorpora elementos alusivos às descrições do morto enquanto entidade espiritual. Também é descrito os laços de família entre a protagonista e a sua filha pré-adolescente Tove, com toda a problemática que implica esta fase etária com a progenitora.

No que diz respeito à resolução do crime, focando apenas nessa parte, tenho a afirmar que tem várias surpresas até ao desenlace final, que obedece à receita do Assassino é quem menos se espera. Como a acção é de si lenta, o clímax revelou-se nas demais várias paginas do final, que tornou um vício ler o fim do livro!

No global considero um livro com um qb de complexidade na medida em que existem demasiadas personagens, com nomes suecos, sendo que muitas delas superficiais, tendo tido alguma dificuldade inicialmente, de associar quem é quem. Gostei menos das descrições do morto, estarem ali ou não são indiferentes. Adorei a investigação do crime e o facto do autor ter relacionado este mesmo com aspectos outsiders, tendo tido um desenlace inesperado! Foi interessante ler sobre a relação Malin Fors e filha e chegar à conclusão que afinal os pré adolescentes suecos são em tudo semelhantes aos portugueses.

Apesar de tudo é um bom policial, recomendável a quem gosta de emoções fortes! Estou ansiosa pelos restantes 3 livros :)

8 comentários:

  1. Boas tardes. Citei o seu blogue nos "DETETIVES SELVAGENS" via facebook.
    http://www.facebook.com/group.php?gid=100170336690902
    Votos de boas "investigações".

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  2. concordo com a parte de haver muitos nomes suecos e ser dificil de associar ao inicio, ainda nao posso falar muito pois ainda vou na pagina 145. Mas estou a gostar bastante, a perspectiva do morto tem o seu quê de interessante apesar de nao ser fulcral. Ja ali algumas criticas em que punham o livro de lado e levavam os outros a fazer o mesmo, acho que nao esta certo pq a opiniao de cada um é que conta, eu estou a achar o livro bem interessante e pretendo ler tudo ate ao fim dos 4 livros, é um pouco diferente de Stieg Larsson e da Camilla lackberg? Talvez um pouco no q toca a perspectiva do morto, mas de resto a investigaçao na historia parece desenvolver-se da mesma maneira cos outros, o que acho de bom neste livro é de facto a relaçao da mãe co a filha, nao sei se vai haver romance mais a frente, mas neste aspecto Mons Kallentoft e Camilla Lackberg sao muito melhores que o Stieg Larsson pois neste as relaçoes entre as pessoas na minha opiniao eram descritas de maneira mais fria, quando eram descritas sequer.

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  3. Obrigada José Leandro. é sempre bom ver que as pessoas apreciam a crítica a este maravilhoso género de literatura. Jei de seguir este grupo no Facebook. Um grande obrigada :)

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  4. Anónimo! Tens toda a razão. Também tinha visto críticas sobre desistir deste livro e para quê? O livro está bom. Se gostaste deste, então não percas o da Asa Larsson, Aurora Boreal, está formidável! Continuação de boas leituras :)

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  5. existem 4 livro??!!! pensava que eram só 3.
    qual é o 4º? podem me esclarecem por favor?

    já li os 3 e gostei muito.
    há muito que não lia policiais e estou adorar os da camilla e também a trilogia MIllenium

    dulce

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  6. Olá dulce

    Imagina tu que vai haver um quinto :D não faço ideia a que estação corresponde mas o autor teve tanto êxito que escreveu mais um. Flores Caídas no Jardim do Mal é o 4º livro e sai em Junho ;)

    Um beijinho, boas leituras!

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  7. Acabei de o ler esta semana e não sendo daqueles livros que me fascinaram, gostei. Confesso que levei algum tempo a adaptar-me ao tipo de escrita do autor e que no início me senti confuso com a mesma mas globalmente gostei. Até vou começar o segundo volume desta tetralogia hoje mesmo :).

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    1. é verdade! Ele põe em perspectiva o aspecto pessoal dos mortos, algo extremamente invulgar. Eu acho que à medida que vais lento a tetralogia, vais ficando mais fã do Mons ;) Beijinho e boas leituras!

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