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Opinião: O Crime de Paragon Walk foi o livro com que encerrei o ano de 2015. Escolhi-o pois gosto de alternar as minhas leituras de thrillers mais gráficos com policiais clássicos. Este foi o mais recente título a integrar a colecção Crime à Hora do Chá, tendo sido publicado no Verão. Confesso que tenho algumas saudades desta colecção e faço votos que retomem agora em 2016.
Falando sobre a obra em questão, tal como o Estrangulador de Cater Street, este é um policial cuja acção se passa no período vitoriano. Portanto, estamos perante uma trama com um riquíssimo background histórico. Recordo-me que o início do livro antecessor fora algo moroso, na presente obra é precisamente o oposto: na primeira página é-nos descrita a descoberta do cadáver de Fanny Nash, embora, na minha opinião, desprovido de descrições chocantes.
A investigação é, como é usual neste tipo de livros, baseada em inquéritos ao círculo de personagens que interagem com a vítima. O número de suspeitos é elevado uma vez que estes têm segredos e que são gradualmente desvendados. Numa sociedade onde se vive da aparência, as personagens podem tornar-se irritantes, dando importância a pormenores banais.
Ainda assim, adoro descobrir aqueles pequenos segredos sobre estes.
Notei que O Crime em Paragon Walk é o terceiro livro protagonizado por Thomas Pitt que entretanto casou com Charlotte e já têm um bebé. Recordo-me que em Estrangulador de Cater Street, o inspector fazia a corte à jovem (uma sedução muito diferente das que ocorrem nos dias de hoje). Portanto há um lapso temporal entre as acções do livro anterior e este.
A destacar que, a meu ver, o mais interessante nas obras de Anne Perry é a forma como a autora mescla a investigação policial com a recriação da sociedade vitoriana. E claro, a investigação tão bem conduzida até à identificação da personagem mais insuspeita e com os motivos mais sombrios.
É, indubitavelmente, um romance recomendado aos fãs da escola do policial clássico como os livros de Agatha Christie. Encontro bastantes semelhanças entre o Inspector Pitt e Poirot que recaem num raciocínio e lógicas apuradas.
É, indubitavelmente, um romance recomendado aos fãs da escola do policial clássico como os livros de Agatha Christie. Encontro bastantes semelhanças entre o Inspector Pitt e Poirot que recaem num raciocínio e lógicas apuradas.
Em suma, O Crime de Paragon Walk é bastante intrigante, na medida em que os suspeitos têm todos algo a ocultar e interessante pois aprendo sempre imenso sobre os costumes sociais desta época.
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