Opinião: A Hora Solene é o derradeiro volume da trilogia Freelancer da autoria de Nuno Nepomuceno. Confesso que era um livro muito aguardado desde Maio uma vez que o desfecho de A Espia do Oriente tinha-me deixado em suspense (e creio que aos demais leitores também).
Os primeiros capítulos parecem confirmar o pior, conduzindo-nos a um funeral onde era notória a consternação por parte dos familiares do André. No entanto, esta é apenas a primeira falsa pista de tantas com que nos iremos deparar em A Hora Solene.
Este volume é particularmente repleto de revelações dentro da fórmula já conhecida do autor onde a acção se imiscui com o lado mais pessoal das personagens, em especial do espião português. Indubitavelmente, é uma personagem que conquista cada vez mais quem seguiu de perto esta trilogia.
No entanto, e desde o volume antecessor, que o protagonismo deixou de recair unicamente sobre o espião, passando a incidir também sobre a enigmática China Girl.
Em A Hora Solene, o leitor apercebe-se das motivações que levaram ao desfecho do volume anterior.
Mais uma vez deambulei por locais magníficos da Europa, onde a riqueza das descrições ditaram uma ida até aos mesmos, sem que saísse do sofá. E os pormenores alusivos à cultura dos países em questão reflectem uma pesquisa bem conseguida por parte do autor, o qual congratulo.
A trilogia Freelancer vai muito além de uma série de espionagem, subgénero que descuro nas minhas leituras habituais. É, como referi, uma trilogia envolvente na medida em que abraça a vida familiar de André com as missões do espião, esmiuçando uma relação plena com os pais e irmã (agora que o protagonista conhece o seu passado), bem como as aventuras com o seu cão Kimi e o recém chegado Tommy.
Gostei bastante do final da trilogia ainda que, à parte de algumas revelações que foram surpreendentes, o desfecho acabou por ser, na minha modesta opinião, algo previsível. Terminou como eu gostaria (e acredito veementemente que muitos leitores também). Esbocei um sorriso enquanto li o final e este permaneceu enquanto li os agradecimentos e reparei que o autor me mencionou. Eu é que agradeço, Nuno.
Em suma, estamos perante uma trilogia de elevada qualidade e é nacional. Muitíssimo bem escrita e de enredo envolvente. É pois uma saga que recomendo aos leitores de policiais.
Estou certa que fará as delícias dos amantes do subgénero Espionagem.
Quanto a mim, fico a aguardar mais obras por parte do autor Nuno Nepomuceno.
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