domingo, 18 de setembro de 2011

Divulgação ASA - Pedro Garcia Rosado: Vermelho da Cor do Sangue

Porque há que apoiar o que é nacional... um policial de um autor lusófono, com uma sinopse irresistível!

Sinopse: Quando um mercenário ucraniano conhecido por Gengis Khan assalta a casa do banqueiro Ramiro de Sá, além de um segurança morto e das jóias roubadas, deixa atrás de si um problema inesperado: do cofre do banqueiro foi também levado o passaporte de Valentim Zadenko, um emissário do partido comunista da União Soviética que entrou em Lisboa no dia 24 de Novembro de 1975 e aí desapareceu misteriosamente. Enquanto o inspector Joel Franco, da Polícia Judiciária, investiga o homicídio do vigilante, o passaporte torna-se uma relíquia que muitos querem deitar a mão: não só o próprio Ramiro de Sá, mas também o chefe da máfia russa, um inspector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, um veterano do PCUS que foi camarada de Zadenko e ainda Svetlana, a filha do operacional desaparecido, que vem para Lisboa à sua procura, alertada por um angolano que estudou em Moscovo e participou no assalto. Na busca do documento, todos os caminhos acabarão, mais tarde ou mais cedo, por ir dar a Ulianov, um ex-KGB especialmente treinado que em Portugal se tornou dirigente de um grupo criminoso. Joel terá de contar com a sua ajuda para desenterrar uma conspiração criminosa que nasceu no PREC e envolveu militares revolucionários, banqueiros, assassinos … e várias garrafas de Barca Velha.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sandra Brown - Ricochete [Opinião]

Sandra Brown é uma autora no mundo do policial que se caracteriza como bastante peculiar. A forma como ela arquitecta enredos providos de um misto entre o romance e o policial propriamente dito, é sem dúvida diferente do que é habitual. Devo dizer que ainda não li Karen Rose nem Julie Garwood e consta que estas também escrevem num estilo que se coaduna com o suspense romântico. Gostei de ler Calafrio e Uma Voz na Noite, por serem livros mais leves, são adequados para qualquer público mesmo quem não aprecie o género de policial (ainda que me pareça que estes livros satisfaça mais o público feminino, por enfatizarem a parte do romance, numa onda dos célebres livros Harlequin).

Então neste livro basicamente passa-se o seguinte: o detective de homicídios Duncan Hatcher e a sua parceira DeeDee Bowen são chamados à casa do juiz Cato Laird e a sua esposa Elise. Esta baleou um intruso (tendo consequentemente morrido), e alega ter sido em auto-defesa. Duncan e DeeDee têm dúvidas sobre sua história e começam a investigar. Quem será o intruso? Que iria fazer ele à casa do juiz àquela hora? O problema é que Hatcher já teve alguns desentendimentos com o juiz, tendo mesmo parar à prisão por se manifestar contra o julgamento do vilão Robert Savich. A esposa do juiz, a atraente mas calculista Elise, não parece estar a contar a verdade em relação ao que se passou. Curiosos? Mais do que isto não posso desvendar! Apenas posso dizer que a história segue caminhos altamente imprevisíveis.

A história que Sandra Brown nos apresenta em Ricochete tem alguns pontos expectáveis. Nomeadamente qual será o interesse amoroso de Hatcher. Havendo apenas duas personagens femininas, torna-se óbvio a partir do momento em que o leitor lê a sinopse. E falo em interesses amorosos porque é já familiar a anteriormente falada relação suspense-romance que a autora publicamente desenvolve em todos os seus livros. No entanto, devo desde já acrescentar, que denotei um conteúdo romântico mais discreto neste Ricochete face a Calafrio e Uma Voz na Noite. Não querendo impor que o melhor policial está desprovido de cenas de cariz sexual, e denotando o tom dissimulado deste na narrativa, achei que este livro está por um lado mais sóbrio do que os outros que li. Porque há menos personagens e o final pode ser qualquer coisa. Em Calafrio e Uma Voz na Noite, o objectivo era conhecer a identidade do assassino (Calafrio) ou do stalker (Uma Voz na Noite). Aqui buscamos mais do que um assassino, queremos conhecer a verdade, se Elise terá realmente baleado o homem e porquê, e as consequências deste acto na sua vida e na do esposo. Portanto as únicas surpresas do enredo, prendem-se apenas com o rumo que as personagens irão tomar ao longo do livro.

Elise é uma femme fatale, aparentemente não muito leal e sincera. Ela tem muito a esconder, incluindo segredos do seu passado. Além disso é casada com o juiz Cato Laird, um homem mais velho do que ela, mas pelo que parece, com um aspecto ainda jovial e no auge da sua sexualidade. Pela ambiguidade das situações face ao que é relatado sobre Elise, esta é uma personagem por quem nos sentimos sempre na dúvida. Não apresenta provas concretas que podemos confiar no que ela diz.
Por sua vez, Duncan é um homem justo, honesto e comedido. Esta combinação antagónica de personagens, o cenário e a própria conjuntura dos acontecimentos, tornam a probabilidade de sucesso deste affair como bastante reduzidas. Pelos vistos eu sou demasiado racional, e não achei assim tão convincente o romance entre estas personagens, dadas as conjunturas. Ou talvez para mim seja mais clara a distinção entre luxúria e amor. Mas no que concerne à parte romântica ficará à consideração de cada um se o amor pode surgir a partir de uma relação sexual isolada, embora, pessoalmente, tal não me pareça verosímil.

Como tem sido habitual também, a autora aplica uma fórmula, cujos resultados são válidos de livro para livro. Falo portanto da descrição do protagonista masculino. Quase que a leitora se sente atraída por um homem assim: viril, atraente... A imagem de um homem perfeito está constantemente a ser usada em qualquer que seja o romance de Sandra Brown. E a vantagem? Empatia imediata (e em demasia) com o protagonista masculino, neste caso concreto, Hatcher Duncan.

Já tinha denotado a forma como a autora escreve nos livros anteriores. A metodologia do romance aliado ao policial faz com que o leitor core ao ler certas passagens mas ao mesmo tempo o desfolhar das páginas é contínuo, só pela ânsia de saber um pouco mais e mais da história. A autora não recorre a elementos violentos, aquando na descrição dos crimes, mas por outro lado não tem qualquer pudor em explorar a linguagem erótica.

No entanto achei interessante o mistério e a desconfiança intrínsecos à história e a curiosidade de conhecer o seu desfecho. Pistas falsas e intrigas várias levam o leitor a estar confuso por diversas vezes. Afinal Elise será vítima de uma conspiração ou estará a contribuir para o afundamento de Duncan. E este sucumbirá aos encantos ainda que superficiais de Elise? O desenrolar da acção carece de momentos previsíveis mas achei que o desfecho que estava dentro dos parâmetros expectáveis: ou Elise contava a verdade ou não. A meu ver, não fugiu muito ao que se esperava.

Uma excelente leitura, que não só agrada aos fãs do policial como também aos que apreciam romances apimentados. Por isso, não deixo de recomendar este livro. Está a venda a partir de hoje, dia 12 de Setembro.


Passatempo "Harlan Coben - Falta de Provas" - Resultado

Com a colaboração da Editorial Presença, a menina dos policiais tinha um exemplar deste livro para sortear. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 223 participações, das 209 quais são válidas.

Desta forma, as respostas correctas eram:

1. Que tipo de adolescente era Haley McWaid?
Um adolescente que NÃO se mete em sarilhos (fiquei extremamente desiludida com esta questão, reparei que houve 9 respostas erradas e 5 não considerei certas pois eram plagiadas da minha opinião do livro)

2. Quantos meses se passam sem notícias de Haley?
Três

3. Como se chama o alvo recente da jornalista Wendy Tines?
Dan Mercer

4. A que colecção da Editorial Presença pertence este livro?
Minutos Contados

5. Enumere dois livros de Harlan Coben publicados pela Editorial Presença?
Morte no Bosque e Não Contes a Ninguém, por exemplo. Havia várias opções.

Após um sorteio no random.org, a vencedora é:



82 - Manuela Leitão (Matosinhos)

Muitos parabéns à vencedora! A todos os que tentaram e ainda não conseguiram, não desistam, terei todo o gosto de voltar a fazer passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!

Passatempo "Sandra Brown - Ricochete" - Resultado

Com a colaboração da Quinta Essência, a menina dos policiais tinha um exemplar deste livro para sortear. Desde já agradeço à editora e aos participantes que contribuíram para o sucesso deste passatempo. Com 243 participações, das quais 242 são válidas.

Desta forma, as respostas correctas eram:

1. Como se chama o detective protagonista neste livro?
Duncan Hatcher

2. Quem é Cato Laird?
Um juíz/ casado com Elise Waird/ detentor da mansão onde ocorreu um homicídio (1 resposta errada)

3. Elise convence o detective que é...
manipuladora

4. Em que ano Sandra Brown publicou o seu primeiro romance?
1981

5. Onde vive a autora?
Em Arlington, no Texas.

Após um sorteio no random.org, a vencedora é:



228 - Maria Lopes (Coimbra)

Muitos parabéns à vencedora! A todos os que tentaram e ainda não conseguiram, não desistam, terei todo o gosto de voltar a fazer passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Harlan Coben - Falta de Provas [Opinião]

Aquele que é um génio do thriller, Harlan Coben consegue pegar nos mesmos ingredientes e formular diferentes mas intrincados enredos que acabam sempre por render o leitor. Ora vejamos... a temática do desaparecimento: verifica-se; a acção na primeira pessoa: apenas no prólogo mas está lá; doses maciças de adrenalina e twists inesperados: verifica-se e de que maneira...! Devo confessar a minha falha, em ter lido apenas dois livros deste autor, Não Contes a Ninguém e Morte no Bosque, lacunas estas que serão brevemente compensadas pois irei dar uma maior prioridade ao autor, sem qualquer margem para dúvidas.

Um factor igualmente aliciante na leitura dos livros de Harlan Coben é a sua escrita. É fluída, simples e bastante objectiva. Também será justo dizer que esta é bastante versátil. E porquê? Além da extensa componente dramática, o autor sabe inteligentemente, incorporar passagens espirituosas, ainda que breves, servindo para descomprimir de toda a tensão criada pelo enredo.

Haley McWaid, uma adolescente saudável e equilibrada, desaparece da sua casa em New Jersey. Ela é o tipo de miúda que não se mete em sarilhos, é estudiosa e acima de tudo, é uma desportista que ganha vários troféus e ordena-os no seu quarto arrumado. A jornalista Wendy Tynes, uma mulher na casa dos 30s mas já viúva e com um filho adolescente, dedica-se profissionalmente a denunciar pedófilos. E Dan Mercer é um homem que trabalha numa instituição para jovens. O seu maior erro é responder a um e-mail de um adolescente problemático...
Esta é uma armadilha que introduz a leitura de uma história equiparada a uma volta numa montanha russa: grande velocidade, picos bastante intensos e uma larga gama de emoções.

À semelhança de outros livros do autor, a forma como Coben compõe os enredos resulta de uma mistura de ingredientes como a descoberta de segredos obscuros do passado, nos timings e doses perfeitas; tumultos emocionais de personagens complexas (e que frequentemente tentam ultrapassar um trauma do passado), na introdução de novas figuras nos momentos críticos e constantes reviravoltas na trama. Enfim, quem lê um livro de Harlan Coben espera de tudo menos previsibilidade. Este factor torna os livros do autor extremamente aliciantes. E devo falar por mim, que sempre que pousava este livro, ficava a matutar no que se seguiria. Quando retomava a leitura, os acontecimentos iam além do que eu tinha equacionado. O autor não segue uma ordem dos factos, que a nós é perfeitamente lógica, arquitectando alternativas completamente diferentes mas igualmente viáveis.

As personagens são complexas e desconcertantes. Podem ser altamente enganadoras...ou não. A sensação que me dá, de uma forma geral, é que nunca consigo conhecer a fundo todas as personagens de Coben, Todas têm um ou outro pormenor que me deixa na dúvida em relação à verdadeira natureza do seu carácter. Mas o fantástico nisto tudo é que Coben constrói as personagens como pessoais reais encaixadas em situações perfeitamente credíveis. A preocupação dos pais de Haley bem como a tendência natural de Wendy face ao seu filho Charlie (e estando este numa fase menos fácil da adolescência), relembram o quão aconchegante é o instinto de offspring em relação aos filhos. Sentimentos que verificam o quão plausível é a história num plano mais emotivo. Até Dan Mercer, que fugindo ao estereótipo de um pedófilo, coloca-nos sempre na dúvida do que poderá ter feito.

Um aspecto interessante foi a forma invulgar como o autor inicia o livro, na primeira pessoa e sob o ponto de vista do vilão, Dan Mercer. Achei curiosa a re-introdução da personagem Paul Copeland na trama, o protagonista de Morte no Bosque (se bem que neste livro tem um papel meramente de figurante).

Um livro que cria algum desconforto, nomeadamente através do tema abordado, a pedofilia, e principalmente quando reflectimos sobre situações em que são comuns a normalidade e proximidade das vítimas por parte dos pedófilos. Um assunto perfeitamente actual que ajuda a caracterizar a história como bastante credível. E depois nada mais real do que a abordagem estranhamente familiar do mundo dos blogues e do Facebook. Até porque, vistas bem as coisas, haverá situação mais real do que a permanência de pessoas mal intencionadas em redes sociais?

Explora os limites alcançados por uma boa causa e o quando estes, inadvertidamente, põem em cheque a vida de alguém, e mais, dá que pensar o custo da redenção de um ser humano face a um possível erro. Analisa as vulnerabilidades das pessoas, quando demasiado expostas na Internet e as consequências que isso pode acarretar. Controverso e completamente inesperado, este é um livro que satisfaz os fanáticos por pura acção. Recomendo vivamente!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Passatempo "Harlan Coben - Falta de Provas"


Desta vez, e em parceria com a Editorial Presença, a menina dos policiais tem para sortear um exemplar do livro Falta de Provas de Harlan Coben. Para participar no passatempo, tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes:

Regras do Passatempo:

-O passatempo começa hoje dia 05 de Setembro de 2011 e termina às 23.59h do dia 11 de Setembro de 2011;

-O participante vencedor será escolhido aleatoriamente;

-O vencedor será contactado via e-mail;

-Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.

- Se precisarem de ajuda, podem consultar aqui e aqui

Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!!


Novidade Editorial Presença para Setembro


"Falta de Provas" de Harlan Coben
Título Original: Caught
Tradução: Lucinda Santos Silva
Páginas: 304
Colecção: Minutos Contados Nº 34
PREÇO COM IVA: 17,90€
ISBN: 978-972-23-4607-8
Código de Barras: 9789722346078


Data de Publicação: 6 Setembro 2011

UM GRANDE AUTOR DE POLICIAIS BESTSELLERS


«Coben é um dos melhores autores contemporâneos a criar níveis de suspense que fazem de cada um dos seus livros um page-turner.»
Chicago Sunday Times

Haley McWaid não é o tipo de adolescente que se meta em sarilhos. Por isso, quando uma noite não regressa a casa e três meses se passam sem que haja notícias suas, toda a gente na comunidade teme o pior. Wendy Tines é uma jornalista que desmascara predadores sexuais no seu programa de televisão. O seu alvo mais recente é Dan Mercer – que, ao que tudo indica, está envolvido no desaparecimento de Haley McWaid. Mas o instinto de Wendy diz-lhe que algo não bate certo. E se tiver denunciado o homem errado?

Harlan Coben foi o primeiro autor a vencer os três prémios mais prestigiados da literatura policial nos EUA, o Edgar Award, o Shamus Award e o Anthony Award, encontrando-se atualmente traduzido em 37 línguas e contando com mais de 20 milhões de exemplares vendidos. A crítica, desde o New York Times, ao Wall Street Journal ou ao Le Monde, tem-lhe dispensado as mais elogiosas referências.

TOP USA: Publicado nos Estados Unidos em 2010, "Falta de Provas", esteve 19 semanas no Top do USA Today, onde chegou a ocupar o 4º lugar.

CITAÇÕES IMPRENSA ESTRANGEIRA:

«A constante atmosfera de terror intensifica-se de repente em reviravoltas vertiginosas do princípio ao fim.»
Nora Roberts

«Se ainda não foi apanhado pelos inteligentes e fascinantes thrillers de Harlan Coben, este vai definitivamente agarrá-lo.»
The Mirror

«O novo thriller de Harlan Coben – possivelmente o autor de policiais que, no mundo inteiro, maior prazer proporciona aos seus leitores.»
Heat Magazine

«Em toda a sua complexidade, a ação é muito rápida e, apesar do ritmo, as personagens são bem caracterizadas e os diálogos cheios de espírito… Profundo, avassalador e divertido – não se pode pedir mais de um thriller».
The Morning Star


sábado, 3 de setembro de 2011

James Patterson - A Conspiração da Aranha [Opinião]

O mais bem pago autor James Patterson não é um nome incomum nas lides da literatura thriller ou policial. Dele li dois livros do Clube das Investigadoras, Primeira a Morrer e 3º Grau, livros de que gostei e apelaram à curiosidade de ler mais obras do autor. No entanto e por sugestão de várias amigas, optei por ler A Conspiração da Aranha, um registo diferente de Patterson e que me cativou por completo!

Um pormenor que reparei após ler apenas dois capítulos foi a escrita do autor, que face aos livros do Clube das Investigadoras, é notória uma maior dureza, objectividade e profundidade. Embora munida destas características, penso que a escrita do autor é bastante simples e fluída, sendo também de um tom crú, narrando os factos sem qualquer tipo de eufemismo. Organizado em pequenos capítulos, o livro representa uma fácil e rápida leitura. Porque é empolgante, excitante e deveras emocionante (até os adjectivos rimam... ;)) E a história tem como tema fulcral algo que aflige naturalmente as pessoas: o rapto de crianças.

Um enredo que acaba por ser "original" na medida em que desde o início conhecemos o raptor e a história de vida das duas crianças raptadas, filhas de figuras públicas norte-americanas. E sabemos também o paradeiro destas, pelo menos num estado inicial. Dada a importância deste caso, a investigação do homicídio brutal de uma família num bairro pobre bem como o assassinato de duas prostitutas, a quem lhes cortaram os seios, resumem-se a casos deixados um pouco em stand-by.
E perguntam-me vocês: estas informações deveriam ter sido mantidas secretas pois assim não há aquele gosto em desvendar o vilão. Acreditem que não é isso que tira a adrenalina e o fôlego deste livro! É que depois todo o seguimento do rapto segue contornos menos usuais...

O que pode ser ser à primeira vista, dois acontecimentos sem relação, são explorados ao longo do livro. Falo portanto do rapto dos miúdos e do assassinato de Charles Lindbergh Jr, há 60 anos antes, relatado no prólogo do livro, de uma forma simplesmente aterrorizante! E não, o raptor não é idoso! O livro descreve desta forma, uma verdadeira caça ao homem, onde o leitor teme pelas vidas das crianças Michael Goldberg e Maggie Rose Dunne.

A acção está narrada ora na terceira ora na primeira pessoa (contada pelo psicólogo e detective da Brigada de Homicídios, Alex Cross). Este é então o primeiro livro da série protagonizada por esta personagem. Para protagonista, achei Alex Cross um indivíduo muito inseguro. Sempre reflexivo com o tema da discriminação racial (visto que ele próprio é negro), este detective doutorado em psicologia numa faculdade de prestígio, ainda vive com a avó que o criou e os seus dois filhos! Cross é viúvo, e durante o livro há inúmeras passagens um tanto ou quanto nostálgicas sobre a mulher, referindo a forma cruel como esta morreu. Ainda assim, Cross consegue estabelecer uma relação com a loira Jezzie Flanagan, uma agente dos Serviços Secretos, relacionamento este um tanto ou quanto conturbado uma vez que nos anos 90 (o livro data de 1992, salvo erro) uma relação entre uma pessoa da raça negra e outra caucasiana mais dificilmente seria aceite do que actualmente.

Depois o fascinante raptor, que inicialmente conhecemos como Gary Soneji/Murphy, o pacífico professor de matemática do colégio privado de Washington. No seu intimo Soneji/Murphy ambiciona ficar para a história com algum feito invulgar. Ele aspira a ser tão famoso quando o sequestrador do bebé Lindberg. O livro revela a pouco e pouco que este é um homem que além de raptor tem uma mente perturbada, não tendo qualquer pudor em matar caso necessário. É de facto uma personagem extremamente complexa e a antítese quase simbiótica criada por Gary Soneji/Murphy (o psicopata) com Alex Cross (o psicólogo) é deveras brilhante! Tais confrontos por vezes relembraram-me da dupla Clarice Starling vs Hannibal Lecter.

Um livro muitíssimo bem escrito, que pela sua envolvência dramática e componente de suspense bem acentuada aliados ao enredo simples mas impressionante, faz com que Patterson se destacasse nos meus autores preferidos. Apenas a apontar os momentos de dispersão causados essencialmente pelas reflexões por parte de Cross sobre o racismo. Definitivamente fiquei com uma enorme vontade de ver a adaptação cinematográfica sobre o livro. Pessoalmente teria imaginado Alex Cross como Denzel Washington do que Morgan Freeman...

Um livro que destrona completamente o Clube das Investigadoras, não pela qualidade da história (um parâmetro presente na Primeira a Morrer), mas sobretudo como esta é escrita. Por vezes este livro faz-nos lembrar as histórias de Harlan Coben. A não perder, sem qualquer sombra de dúvidas!


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Passatempo "Sandra Brown - Ricochete"

Desta vez, e em parceria com a Quinta Essência, a menina dos policiais tem para sortear um exemplar do livro Ricochete de Sandra Brown. Para participar no passatempo, tem apenas de responder acertadamente a todas as questões seguintes:

Regras do Passatempo:

-O passatempo começa hoje dia 01 de Setembro de 2011 e termina às 23.59h do dia 11 de Setembro de 2011;

-O participante vencedor será escolhido aleatoriamente;

-O vencedor será contactado via e-mail;

-Apenas poderão participar residentes em Portugal e só será permitida uma participação por residência.

- Se precisarem de ajuda, podem consultar a sinopse aqui

Só me resta desejar boa sorte aos participantes!!!




Passatempo "Jeff Abbott - Adrenalina" - Resultado


Com a colaboração da Civilização Editora, a menina dos policiais tinha para sortear um exemplar deste livro. Desde já agradeço à Editora bem como aos seguidores e simpatizantes do blog pelo sucesso do passatempo, que contou com 278 participações válidas!

Desta forma as respostas correctas eram então:

1. Quem está a viver a vida dos seus sonhos?
Sam Capra

2. Que nacionalidade tem Sam Capra?
Americana

3. De quantos meses está grávida a sua namorada?
7 meses

4. Em que ano nasceu Jeff Abbott?
1963

5. Onde vive o autor?
Austin, Texas

Depois de um sorteio no random.org, o vencedor é:



52 - Marisa Costa (Turquel)

Muitos parabéns à vencedora! A todos os que tentaram e ainda não conseguiram, não desistam, terei todo o gosto de voltar a fazer passatempos! Boa sorte e boas leituras para todos