Sinopse: As gémeas Melina e Gillian Lloyd são praticamente iguais, ambas empresárias de sucesso e solteiras. Mas numa coisa são diferentes: Melina é impulsiva enquanto Gillian gosta de ponderar bem as suas decisões. Além disso, Gillian quer um filho. Sentindo o relógio biológico a avançar inexoravelmente, opta por se submeter a uma inseminação artificial, utilizando esperma de um dador anónimo. A história começa no dia em que ela faz a inseminação.
Nesse dia, Melina acompanha, na sua qualidade de relações públicas, o coronel da NASA Christopher "Chefe" Hart à cerimónia de entrega de um prémio. Mas terá sido mesmo Melina?
A vida do coronel choca, depois interliga-se, com a das gémeas. Uma partida aparentemente inofensiva acaba em catástrofe. Na manhã seguinte a terem trocado de identidades, Melina recebe uma notícia terrível: a irmã fora brutalmente assassinada - e o coronel, apesar de inocente, é o principal suspeito.
O que parece de início ser um homicídio de fácil resolução acaba por conduzi-los às montanhas do Novo México, onde um louco, cujos planos diabólicos requerem a substituição de Gillian por Melina, está a criar uma «nova ordem mundial». Mesmo que seja apenas parcialmente bem sucedido, as consequências serão catastróficas e afectarão o mundo inteiro.
Opinião: Ganhei este livro num passatempo do blogue D´Magia aquando a sua publicação. Apesar de ser fã da autora, sinceramente não tenho explicação para o facto deste livro ter ficado na estante dois anos a aguardar leitura. Este título era o único que me faltava ler desta autora.
Apesar da fórmula de Brown não variar de livro para livro, é garantido que em Vidas Trocadas fosse encontrar um caso criminal (que digamos, achei-o mais sórdido do que os apresentados em livros anteriores) com uma pitada de romance. Em Vidas Trocadas, achei que a vertente do romance estava diminuta, comparando com outros livros da autora.
O caso centra-se no assassinato de Gillian, uma morte acidental visto que toda a gente desconhecia da troca combinada pelas gémeas na noite anterior. Uma brincadeira tão típica de crianças, que achei improvável ser praticada em idade adulta. Uma coisa é certa: o amor incondicional entre as irmãs é notório embora achasse que o luto de Melina se arrastasse mais.
A partir daqui existe uma sucessão de acontecimentos, alguns improváveis e que me deixaram presa ao livro durante alguns dias. O perfil das personagens mostram que os gémeos, apesar da semelhança física, não têm necessariamente que ter personalidades semelhantes. Melina e Gillian não poderiam ser mais diferentes.
Ainda que a temática sobre a troca de gémeos seja recorrente, achei a história algo original principalmente pelo desfecho. Apanhou-me completamente desprevenida!
Nas suas novelas, Brown disseca alguns temas que são analisados até ao limite, o mais improvável, originando as ditas situações que deixam o leitor incrédulo. Neste caso particular, em Vidas Trocadas, as temáticas fulcrais são os cultos religiosos e os tratamentos de fertilidade. Surpreendeu-me muito a dimensão dos ditos cultos religiosos associados a uma megalomania tal que gerou toda uma situação, a meu ver, pouco verossímil.
Relativamente à componente sensual do livro, devo dizer que estranhei a química entre o casal, o Chefe e Melina que se envolvem apesar deste ainda estar enfeitiçado pela irmã que faleceu. Era previsível que o casal fosse precisamente este, apesar de sabermos desde o início que o astronauta tivera um caso com Gilian na noite anterior. Não menosprezando claro, a evidente semelhança física entre as irmãs, pormenor que pode aparentemente explicar também a troca de interesses por parte do Chefe.
Em comparação com os outros livros da autora, as cenas de sexo entre o casal são escassas. No que atende aos pormenores, estes estão lá e captam a essência de uma tórrida noite de paixão.
Se houver algum ponto negativo a apontar, devo dizer que há um, ínfimo, inerente à tradução portuguesa. Encontrei um lapso referente à sigla da Defesa dos Índios Americanos (DIA) que estranhamente a meio do livro é referida como DNA. Certamente um lapso insignificante visto que a entidade volta a ser designada como DIA. Também já me expressei anteriormente que não gosto de ver traduzidas algumas terminologias americanas como por exemplo cowboy, que vejo nestes livros escrito como cóboi.
Sandra Brown é sem dúvida a autora a que recorro para desanuviar das minhas leituras habituais por ter livros que associem o ligeiro policial ao romance. Gostei do livro mas continuo a eleger como preferidos Uma Voz na Noite, Obsessão e principalmente Letal. Com este livro a fasquia ficou demasiado alta.
Fico a aguardar por um próximo livro da autora!
Nunca li nada desta autora, mas tenho na estante o Calafrio. Talvez seja desta...:)
ResponderEliminarCarmo
Experimenta que pode ser que gostes ;) Os livros dela são policiais muito levezinhos e tem muito romance mas até que gosto, especialmente para desenjoar dos livros mais pesados. Depois diz se gostaste ;) Beijinho e boas leituras!
EliminarEngraçado teres dito que é a autora a que recorres para desanuviar... eu também preciso disso! Por vezes acabo de ler um livro tão pesado e 'absorvente' que não consigo pegar noutro igual... preciso de algo mais leve!!
ResponderEliminarAtenção que quando digo algo mais leve não é no sentido depreciativo!!
Bjs e boas leituras!