terça-feira, 5 de maio de 2020

Mary Higgins Clark - Lar Doce Lar [Opinião]


Sinopse: Liza Barron tinha dez anos quando matou acidentalmente a mãe e disparou contra o padrasto. Mas dessa tragédia que abalou a pacata cidade de Mendham muito ficou por explicar. Passaram-se 24 anos e Liza Barton é agora Celia Nolan, uma mulher bem sucedida e apaixonada que tenta esquecer o seu terrivel passado e levar uma vida normal. No entanto, tudo muda quando recebe, como presente de aniversário, a casa da sua infância - o último lugar do mundo onde quereria morar.

Opinião: Já há algum tempo que não lia um livro da autora. Optei por este título por considerar as primeiras obras mais desafiantes do que as mais recentes e achei interessante a premissa desta trama. Contudo, e a meu ver, Lar Doce Lar apresenta uma narrativa que é bastante linear e sem grandes surpresas de maior. 

Analisando meramente a história, creio que é de fácil entendimento que existe uma personagem que conhece a verdadeira identidade de Celia, ou simplesmente tê-la-á reconhecido mesmo passado todos estes anos, e que pretende aterrorizá-la. O motivo poderá simplesmente estar ligado a uma vingança pessoal.
Após alguns anos a ler exclusivamente este género, acabo por ficar um pouco mais exigente e acompanhei, portanto, o desenvolvimento desta história com esta percepção presente. Acabei por considerar que a trama peca por se tornar óbvia e nem fiquei surpreendida com o desfecho. Já vi inúmeras conclusões similares noutras obras do género. 

Embora seja um enredo relativamente fácil de descodificar, sem sombra de dúvida, que o desenvolvimento da trama é cativante: rapidamente há uma ligação entre o leitor e as personagens que são caracterizadas de forma exímia e a acção desenvolve-se com grande fluidez e convidativa a ler mais um capítulo. 

A estrutura também é interessante pois apresenta-se sob o ponto de vista da protagonista, dando-nos acesso ao seu estado de espírito, fragilizado devido ao acidente que envolveu a sua mãe, alternando com capítulos relativos a outras personagens com quem a Celia convive. 
É inevitável emocionarmo-nos com a relação desta com o pequeno Jack, o seu filho. Creio que a criança acaba por ser um elemento importante na caracterização de Celia, além de protagonizar momentos ternos e que me fizeram esboçar um sorriso. 

Em suma, embora seja um livro envolvente, como a grande maioria da bibliografia da autora, não creio que tenha trazido um fôlego ao género. É, no entanto, um simpático mistério para ler e disfrutar numa tarde de ócio. 


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