Sinopse: AQUI
Opinião: Já perdi o número de vezes em que referi que a área da Egiptologia me é muito especial e como tal, interesso-me muito pelos livros que abordem esta temática. Também não escondo que existiu um amor à primeira vista pela capa deste livro e muitas vezes, ao fechar o livro, por instantes fiquei a observar a imagem. Simplesmente adoro o cenário exótico, em que coexistem o sacerdote e o papiro.
Apesar da época ptolomaica não ser a minha preferida (esta corresponde a um período mais tardio na história do Egipto e por consequente, uma dispersão na identidade do país pois há uma grande influência grega), apaixonada que sou por livros, sempre pensara no mistério da biblioteca de Alexandria. Alguns historiadores afirmam ter sido destruída por um incêndio mas por diversas vezes pensara o que terá motivado este desaparecimento e os propósitos deste dito incêndio. Os livros são para mim, tão fascinantes, que não concebo que existam pessoas que não sintam apreço por este objecto. E acaba por ser precisamente este o ponto de partida para uma trama cheia de acção e elementos extremamente interessantes.
Como a contracapa o sugere, e eu própria concordo, confesso que foi impossível deixar de comparar O Bibliotecário a uma trama de Dan Brown, autor que, como se sabe, escreve thrillers onde o simbolismo assume um particular destaque, referindo o poder das sociedades secretas. Até constatei algumas semelhanças a nível de personalidade entre a protagonista, Emily Wess com o afamado Robert Langdon.
O aspecto que torna o presente livro alvo de uma leitura tão ávida, é sem dúvida a acção: as descobertas por parte de Emily que não são mais que descodificações de pistas que foram deixadas por Arno Holmstrand.
Contudo, a par da acção do livro, um outro ingrediente extremamente interessante: o conteúdo histórico. À medida que fui lendo, fui confirmando a veracidade dos factos, e grande parte deles são reais, contribuindo para uma maior veracidade do enredo. O autor confirma nas páginas finais, a distinção entre o que é a ficção e a realidade. Ainda que vá lendo qualquer coisa sobre o tema, confesso que sobre a biblioteca de Alexandria até era relativamente leiga, e após esta leitura aprendi mais uns aspectos deveras interessantes sobre o monumento que entretanto terá sido reconstruído e reaberto na década passada.
O autor conseguiu transportar-me primeiro, a Inglaterra e à universidade de Oxford (quem é que não gostaria de ter feito lá a sua vida académica?) e posteriormente ao Egipto e Istambul. Uma selecção de cenários exóticos, portanto, que não deixarão o leitor indiferente.
Para mim, o maior impacto foi de facto a viagem ao Egipto e as suas descrições. Um país que hoje em dia, infelizmente dotado de confrontos, fazendo-me adiar o sonho de viajar até lá, contudo, nunca me senti tão fascinada com uma cultura e um panorama histórico como me sinto em relação ao Egipto. Nunca lá fui, com muita pena, mas uma das particularidades do presente livro, foi a forma como a sua leitura me proporcionou uma viagem até lá, sem ter precisado sair de casa!
Confesso que não sou grande apreciadora do autor Dan Brown e do tipo de histórias que o mesmo escreve mas não pude deixar de me sentir fascinada com a história que A. M. Dean nos conta, pelos motivos que referi.
Em suma, O Bibliotecário apresenta um romance de conspiração bem arquitectado, em cenários exóticos com elementos históricos extremamente interessantes. É o livro ideal para os aspirantes ao estudo da Egiptologia e aos fãs de Dan Brown.
Olha Vera eu também já li o livro. Dou-lhe desconto porque é a primeira obra do autor. Por esse motivo falta-lhe o ritmo que um thriller tem de ter. Gosto muito de Daniel Silva e Dan Brown e este autor não se lhes compara.
ResponderEliminarSe gostas de histórias sobre o Egipto lê Christian Jacques.
Olá UmaMaria. Que pena não teres gostado :( Já tenho cá uns quantos do Christian Jacq, ainda não comecei a ler pois receio que sejam mais históricos e não tenham aquela vertente de mistério que tanto gosto. Mas hei de experimentar, sem dúvida ;) Obrigada pela sugestão!
ResponderEliminarUm grande beijinho e uma excelente Páscoa! Boas leituras!
Tenho curiosidade em ler este livro. Gosto muito de Dan Brown principalmente pelo seu conteúdo histórico e lugares reais com que é fácil identificarmo-nos além do ritmo de acção quase cinéfilo. Como o antigo Egipto também é algo que me fascina, estou a pensar em adquirir este.
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