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Opinião: Bolha é o derradeiro volume da trilogia O Jogo, que coaduna a conspiração e espionagem com o avanço tecnológico, um conceito muito próprio actualmente, distanciando-se, desta forma, dos policiais escandinavos convencionais.
Depois da leitura de O Jogo e Vibração, este livro foi dos mais aguardados por mim em 2014, tendo sido publicado apenas em Abril deste ano. Foi uma longa espera, diria.
Dado que é o desfecho da trilogia, obviamente que não poderá ser lido sem a leitura prévia dos livros anteriores.
Desde o final de Vibração que Henrik Petterson é perseguido pelo Senhor do Jogo e o próprio Jogo passou a ter uma dimensão mais alargada. A teia de intrigas cada vez mais se adensa fazendo com que o protagonista Henrik Petterson, mais conhecido por HP, deixasse de saber em quem confiar.
À semelhança dos dois volumes anteriores, Bolha é pautado por muita acção. Confesso que não esperava que o rumo da saga convergisse para aquele que nos é apresentado nesta obra, explorando o lado familiar de Rebecka e HP. Depois de algumas revelações destas personagens, eis que a intriga se intensifica sobre as mesmas.
Apesar de ser a terceira vez com que nos deparamos com Rebecka e HP, senti que o autor quis aprofundar a relação entre ambas.
Como já referi, creio que um dos ingredientes que mais gostei da trilogia foi precisamente a peculiaridade do protagonista HP e a caracterização psicológica antagónica que se verifica entre este e Rebecka. Escuso de tecer grandes considerações quando já mencionei nas opiniões dos livros antecessores o quão diferente é esta personagem face aos protagonistas comuns de thrillers.
Bolha não foi o meu volume preferido da trilogia (na minha opinião foi o segundo, Vibração) mas o autor conseguiu pegar naquele universo complexo e expandi-lo a uma escala maior, onde impera a conspiração política. Muito embora, este ingrediente não é do meu agrado, facto que explica a minha preferência pelo segundo volume.
Recordo-me da entrevista que fiz ao autor em Setembro do ano passado e este ter mencionado as suas próximas publicações, nomeadamente o MemoRandom, uma obra que desejo ver publicada no nosso país. Fica a vontade em rever este autor por cá!
Em suma, estamos perante uma trilogia de bastante qualidade e inovadora dentro do género. Uma trama bastante actual que recorre aos novos gadgets, repleta de muita acção.
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