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Opinião: Sem Regras é um thriller repleto de acção e diferente do habitual uma vez que a identidade do assassino é descoberta precocemente. Terá sido, certamente, um policial inovador para a época uma vez que foi escrito em 1989.
Regra geral, nas minhas leituras, dá-me bastante gozo acompanhar as investigações e no final ser surpreendida com a descoberta do vilão pelo que neste livro isso não aconteceu.
Ainda assim, a trama é bastante cativante na medida em que o cerco aperta-se em torno do assassino e este, extremamente inteligente, tenta sair das situações sem ser descoberto.
É portanto uma trama deveras hábil e cativante!
Sobre Lucas Davenport, protagonista da série que conta actualmente com 26 livros (e acabo por desta forma apelar à Marcador para continuar a apostar neste autor), devo dizer que achei algo similar a um outro protagonista de uma série também publicada por esta editora. Falo de John Corey criado por Nelson Demille. Davenport é também uma personagem algo irónica e promíscua, embora mantenha um certo brio profissional. A relação que este mantém com as mulheres é, regra geral, instável e precária. Durante a leitura do livro, recordei várias vezes o personagem John Corey.
Outro factor incomum é a forma como o antagonista se revela, desde cedo, ao leitor. O assassino é advogado, rompendo os preconceitos que um psicopata pertence a estratos sociais inferiores.
O retrato psicológico do assassino é bastante credível, convencendo que os crimes são levados a cabo para satisfazer um vício. Provavelmente será esta a motivação dos serial killers.
Sem Regras é, na minha opinião, um livro espectacular. O planeamento dos homicídios por parte do vilão à sua execução exímia sem denunciar a sua identidade é de facto muito inteligente e a forma como a acção se desenrola é bastante interessante. Devo confessar que quase que torci para que o antagonista se safasse, sentimento bastante invulgar quando me deparo com os vilões da literatura. Por isso, considero que Sem Regras é um livro que dificilmente se consegue parar de ler. Pessoalmente estava intrigada como o assassino se ia desembaraçando das situações.
Não dei conta que o livro foi escrito nos anos 80, constatei esse pormenor posteriormente. O livro é gráfico e rico em pormenores forenses (ainda que estes não abundem devido à consciência do assassino em não deixar pistas. Todavia denota-se já uma preocupação com as impressões digitais bem como a identificação dos indivíduos a partir do esperma.
Em suma, gostei bastante e faço votos que a série continue a ser publicada. Gostaria de acompanhar mais casos de Lucas Davenport.
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